sexta-feira, 9 de março de 2012

Cerveja no Brasil (Em Montagem)

Brasil



A Cerveja


A história da cerveja no Brasil
A Preferência Nacional
 

Cauim – Cerveja Indígena Brasileira

A Cerveja do Brasil

Base: Mandioca

Cauim é uma bebida alcoólica tradicional dos povos originários (indígenas) de Pindorama (Brasil) desde tempos pré-colombianos. Ainda é feito hoje em reservas indígenas da América do Sul.

“cauim” é feito através da fermentação alcoólica da mandioca ou do milho, às vezes misturados com sucos de fruta.

SALIVA

Uma característica interessante dessa bebida é que a matéria-prima é cozinhada, mastigada e recozida para a fermentação, de forma que enzimas presentes na saliva humana possam quebrar o amido em açúcares fermentáveis (este princípio também era originalmente usado no Japão para se fazer saquê).

 

Gravura de 1558 de André Thévet retratando a colheita de caju pelos tupinambás para a produção de cauim.

Gravura retratando a mastigação por mulheres da matéria-prima do cauim para a fermentação (André Thévet, Les Singularitez de la France antarctique, 1558, f. 46v) 

BEBIDAS FERMENTADAS

Os indígenas têm um amplo conhecimento sobre a produção de bebidas fermentadas a partir de tubérculos, raízes, folhas, sementes e frutos, como: - a abatiui (milho), beeutingui (farinha de mandioca), cachiri (mandioca, batata-doce ou inhame), cacimacaxera (mandioca), corote (mandioca e frutos), caoi (fruto de acaijba), catimpuera (milho), caxiri[1] (buriti), caviracaru (mandioca), caxiri (mandioca), cauim (nome genérico para várias bebidas fermentadas à base de milho, mandioca, caju, batata, amendoim, banana, ananás etc.), eivir (farinha de milho), giroba (mandioca), guariba (mandiocaba ou mandioca doce), ivir (milho), jetiuy (batata), manavy (ananás), mocororó (arroz ou (mandioca), nanaí (abacaxi), oloniti (milho), pacobi (frutos de pacobete e pacobuçu), pacouy (mandioca), pajauru (beiju), pajuari (frutos fermentados), tarubá (beiju), tepiocuy (beiju), tiborna (mandioca), tikira (beiju), tipiaci (farinha de mandioca), tucanaíra (mel de abelhas) e saburá (de favos e água).

ETIMOLOGIA

“CAUIM”provém do termo tupi kaûĩ.

CAUIM entre a nação TUPINAMBÁ

A descrição seguinte, em grande parte baseada no relato da viagem de Jean de Léry para o Brasil no século XVI, se refere especificamente aos nativos tupinambás que viveram ao longo da costa do Brasil central. É típico também de outras tribos em todo o Brasil.

TRABALHO FEMININO

A preparação de cauim (como outras tarefas de arte culinária) é um trabalho estritamente feminino, sem envolvimento dos homens.

Bebida da MANDIOCA

Pedaços finos de mandioca são fervidos até ficarem bem cozidos e se deixam esfriar. Então as mulheres e meninas se reúnem ao redor da panela; levam uma porção até a boca, mastigam bem, ensalivam e botam a porção em um segundo pote. Enzimas na saliva convertem essa pasta em açúcares fermentáveis (os homens acreditam firmemente que se eles fossem mastigar a pasta, a bebida resultante não seria boa). A pasta de raiz mastigada é reposta no fogo e é mexida completamente com uma colher de pau até cozinhar. Por fim, a pasta é colocada em grandes potes de barro, para fermentar.

- A bebida resultante é opaca e densa, com sedimentos, como o vinho e tem gosto de leite azedo.

- Há variedades claras e escuras de cauim.

- A bebida pode ser misturada com várias frutas.

Bebida do MILHO

O mesmo processo é usado para fazer uma bebida semelhante com milho. Considerando que a mandioca e o milho crescem abundantemente ao longo do ano, os nativo preparam a bebida em qualquer estação, às vezes em quantidades grandes. De acordo com registros contemporâneos, mais de trinta potes grandes de cauim podem ser consumidos em uma única festa; e "nem o alemão, nem o flamengo, nem os soldados, nem o suíço; quer dizer, nenhum desses povos da França, que se dedicam tanto ao beber, vencerá os americanos (da América) nesta arte".

CAUIM SOLENE

O cauim pode ser consumido quietamente por uma ou duas pessoas, mas é consumido comumente em festas com dezenas ou centenas das pessoas, frequentemente de duas ou mais aldeias. O cauim também era essencial em ocasiões solenes, como a matança cerimonial de um prisioneiro de guerra e seu devoramento.

O SERVIR

O cauim em festas também é tarefa das mulheres. Cauim é consumido preferencialmente morno e, assim, as mulheres colocam os potes em cima de fogo lento na praça central da aldeia. Enquanto mantêm a bebida bem mexida, elas servem a bebida em tigelas; os homens são servidos enquanto dançam. Enquanto os homens devem esvaziar as tigelas em um gole (e, geralmente, se consomem vinte porções em uma única festa), as mulheres devem bebericá-la, saboreando-a.

A FESTA

Uma festa dos indígenas poderia durar dois ou três dias, com música, dança, assobios e gritos o tempo todo. Às vezes, os homens vomitavam para continuar bebendo. Deixar a festa seria considerado uma grande vergonha.

CURIOSIDADE

Os Tupinambás não comem enquanto bebem, da mesma maneira que eles não bebem enquanto comem; e eles acham o costume europeu de misturar as duas coisas muito estranho.


JEAN DE LÉRY

Este relatou que ele e os companheiros dele tentaram preparar “cauim limpo”, moendo e cozinhando a mandioca ou milho, sem o processo de mastigação; mas não funcionou. Eventualmente, eles se acostumaram à bebida dos nativos. Depois disso, ele acrescentou no relato:

"Para esses leitores que repudiam a ideia de beber o que outra pessoa mastigou, deixe-me lembrá-los de como nosso vinho é feito pelos camponeses, que amassam as uvas com os pés, às vezes usando botas; algo que pode ser menos agradável que a mastigação de mulheres americanas. Assim como dizem que a fermentação purifica o vinho, podemos assumir que aquele cauim se limpa também".

Mudança do sentido do termo ``CAUIM`` no período colonial

No período colonial brasileiro (séculos XVI a XVIII), o termo tupi kaûĩ, que designava a tradicional bebida fermentada de mandioca dos indígenas brasileiros, passou a designar, por extensão, também o vinho trazido pelos europeus.

CERVEJARIA COLORADO

No Brasil, a Colorado produz uma marca de “cerveja” que utiliza fécula de mandioca em sua composição. Em referência à tradicional bebida fermentada de mandioca dos indígenas, a cervejaria a batizou como “Cauim”.

Referência:

 http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/ture/caxiri/Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628

 NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição revista e aperfeiçoada. São Paulo. Global. 2005. p. 236.

 Léry, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980. 311p.

Cerveja

A Preferência Nacional

 
- A “cerveja” é um produto com longa tradição no Brasil, surgindo já referências a esta bebida em documentos que datam do século XVII, quase todas as Províncias do Império e os Estados da República em um ou outro momento, tiveram sua fabricação de cerveja.

- A ascensão da “cerveja”  foi demorada e tortuosa, sendo que, no início do século XIX, a “cachaça e o vinho” eram as bebidas alcoólicas preferidas pelo povo.
Nessa época, a cerveja já era produzida, mas o seu consumo não se encontrava generalizado, antes permanecendo como uma produção caseira e típica de populações imigrantes.
Por outro lado, devido à pressão e influência portuguesas, o “vinho” era a bebida mais comercializada.

“Cerveja Marca Barbante” e da “Marca Barbante” foi à denominação genérica dada às primeiras cervejas brasileiras que, com sua fabricação rudimentar, tinham um grau tão alto de fermentação que, mesmo depois de engarrafadas, produziam uma enorme quantidade de gás carbônico, criando grande pressão,
“explodiam”.
A rolha era, então, amarrada com barbante para impedir que saltasse da garrafa (daí o nome de “cerveja marca barbante”, como seriam chamadas as primeiras cervejas do Brasil).

- Refrescante e de baixo teor alcoólico, a Cerveja foi aos poucos conquistando popularidade em nosso país tropical.
- Quanto a primeira fábrica, é difícil, pois as fábricas não produziam cerveja com marca alguma e geralmente vendiam, em barris, para os depósitos (comércio que nem sempre era só de cerveja), onde era vendida de várias formas, às vezes engarrafadas e com rótulos próprios.

Em 1808, tal situação seria modificada com a chegada a Colônia do Brasil da Família Real Portuguesa vinda de Portugal fugida do exército de Napoleão Bonaparte, primeiro aportou em Salvador e finalmente no Rio de Janeiro.

- Logo ao chegar, o Príncipe Regente Dom João decreta a “abertura dos portos às nações amigas”, abolindo o monopólio comercial luso.
A vida econômica muda radicalmente. O séquito real amplia a demanda de bens de consumo e aumenta as despesas públicas.
O comércio se diversifica com a inundação de produtos estrangeiros suntuários e o príncipe toma medidas de incentivo à indústria.

- Com a abertura dos portos às nações amigas de Portugal, a Inglaterra foi a primeira a introduzir a “cerveja” na antiga colônia.

Nota:
Consta que o rei, ainda Príncipe Regente D. João, apreciador inveterado de cerveja, não podia ficar sem consumir a bebida.

- Dom João revoga o alvará de 1785, que proibia as manufaturas brasileiras e autoriza a instalação de tecelagens, fábricas de vidro e de pólvora, moinhos de trigo e uma fundição de artilharia. Também facilita a vinda de artesãos e profissionais liberais europeus, inclusive médicos e farmacêuticos.

- A ativa indústria européia não hesitou em vender seus vidros ao Brasil.
Logo após a abertura dos portos às nações amigas, chegou um carregamento de caixas de cerveja de origem alemã, importadas da Inglaterra.
Portugueses e brasileiros de recursos consumiram tais importações e inaugurou-se, assim, no Brasil, o hábito de beber cervejas contidas em garrafas de vidro.

Influência inglesa na importação da cerveja

Até 1814, a abertura dos portos beneficiava exclusivamente a Inglaterra, que praticamente monopolizava o comércio com o Brasil.
Outros tratados firmados por Dom João em 1810, o Tratado de Amizade e Aliança e o Tratado de Comércio e Navegação, consolidaram ainda mais a presença inglesa na colônia.
- O Tratado de Comércio, por exemplo, fixava a taxa de 15% para todas as importações inglesas e de 24% para as de outras nações.
Estes fatos fizeram com que a cerveja consumida no Brasil, de qualquer origem, fosse introduzida com exclusividade pela Inglaterra.

Até o final da década de 1830, a “cachaça” era a bebida alcoólica mais popular do Império.
Além dela, eram importados licores da França e vinhos de Portugal, especialmente para atender à nobreza.
Nesse período a cerveja já era produzida, mas num processo caseiro realizado por famílias de imigrantes, principalmente alemães, para o seu consumo.

Passou-se algum tempo até que os brasileiros conhecessem a primeira cervejaria, fundada em 1834 no Rio de Janeiro.
O sucesso desta cervejaria despertou o interesse na produção local de cerveja.

Em 27 de outubro de 1836, surgiu a primeira notícia sobre a fabricação de cerveja no Brasil.
Esse anúncio, publicado no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, dizia o seguinte:

“Na Rua Matacavalos, número 90, e Rua Direita número 86, da Cervejaria Brazileira, vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Essa saudável bebida reúne a barateza a um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo”.

Pelo estilo do anúncio, a “Cerveja Brazileira” era totalmente desconhecida do público.

- Tal seria o ponto de arranque para o desenvolvimento da cerveja a um nível mais comercial.

Durante a primeira metade do século XIX, a cerveja ainda era restrita a uma pequena parcela da população e, praticamente, só havia marcas importadas por aqui.

Em 1846, Georg Heinrich Ritter instala uma pequena linha de produção de cerveja na região da atual Nova Petrópolis, na Província do Rio Grande do Sul, criando então a marca Ritter, uma das precursoras do ramo cervejeiro no Brasil.

- Poderíamos aqui incluir muitas outras, mas o nosso objetivo não passa por enumerá-las todas. Queremos apenas demonstrar a grande quantidade de fábricas e cervejarias que foram surgindo entre os anos 1840 e 1880, algo que permitiu uma grande expansão no consumo de cerveja, fato esse que levou a que esta bebida se tornasse a mais popular do Brasil.

- Curiosamente, até ao estabelecimento da Cerveja como “bebida rainha”, o produto mais procurado e consumido pela população era a “Gengibirra”, feita de farinha de milho, gengibre, casca de limão e água.
Após a mistura dos ingredientes, deixava-se a infusão descansar alguns dias, sendo posteriormente vendida em garrafas ou canecas, sendo então vendida em garrafas ou canecas ao preço de 80 réis.
A “gengibirra” era encontrada em botijas louçadas, que antes eram utilizadas na embalagem da cerveja preta inglesa.
- Também popular era a “Caramuru”, feita de milho, gengibre, açúcar mascavado e água.
A mistura costumava fermentar por uma semana antes de ser consumida, e custava 40 réis o copo.

- Estes produtos passaram a sofrer uma forte concorrência por parte da cerveja, sendo exemplo disso o pequeno bar “À Cidade de Berna”, local de grande sucesso onde era servida a Cerveja Bávara, então produzida pela Stupakoff & Cia.

- As famílias de imigrantes começaram a usar escravos e também a empregar trabalhadores livres para produzir a bebida e vendê-la ao comércio local.

- O Rio de Janeiro, capital do Império, já tem uma população de padrão médio formada por militares, oficiais de indústrias, proprietários de pequenas manufaturas, profissionais liberais e funcionários públicos. A cidade já era comparável a outras da Europa Central, e já possuía um mercado consumidor relevante.

- A venda de “cerveja” era feita no balcão e na própria cervejaria que atendia a particulares.
Convites eram espalhados pelos proprietários em bares próximos e festas eram realizadas dentro das cervejarias.
As entregas eram feitas por carroças ao comércio dos arraiais (bairros) próximos.

- É considerado que o desenvolvimento cervejeiro no Brasil foi devido aos primeiros imigrantes que chegaram à região.
A evolução ano a ano das indústrias, como exemplo na Colônia Blumenau - SC mostra que:
- De 1856 a 1860 havia somente uma fábrica de cerveja, em 1861 havia duas, de 1862 a 1865 eram três, em 1866 a quantidade duplicou, passando a seis, em 1867 a oito e em 1868 dez fábricas de cerveja.
- Em 1869, houve um declínio no número de fábricas de cerveja, chegando a não haver nenhuma fábrica e, a partir de 1870, reiniciou-se com uma.
- No período de 1871 à 1874 havia duas fábricas de cerveja, em 1877 já havia cinco, 1878 e 1879 contavam seis para encerrar a série em 1880 com nove fábricas de cerveja.

- Mas o desenvolvimento cervejeiro não foi só exercido em fábricas.
O grande impulso foi sempre executado domesticamente e principalmente pelas “mulheres”, já que a atividade de fabricação da cerveja era uma atividade tida como “de cozinha”.
Este produto artesanal não era destinado ao comércio e sim para o consumo das famílias. Isto facilmente se comprova através da historia da imigração no Brasil.

- Empresa Brazileira fabricante de cerveja e a “primeira cervejaria” do país.

Em 1853, importante assinalar que as duas fábricas de Carlos Rey e Chedel produziam seis mil garrafas por mês e a metade da produção era consumida pelos 6 mil habitantes da época.

Foi fundada em 1853, pelo colono alemão Henrique Kremer, na época artista com o nome de Cervejaria Bohemia.
Quando ele faleceu em 1865, a empresa ficou com os seus herdeiros, que a rebatizaram de Augusto Kremer & Cia.
Pouco depois de uma década com a separação dos sócios, a empresa ficou a cargo de Frederico Guilherme Lindscheid.

Na época de sua fundação, a Bohemia preservou as características das cervejas alemãs da época, com uma produção inicial de seis mil garrafas por mês. O produto era distribuído através de charretes, carros puxados por animais etc., e as vendas eram feitas diretamente.
Mais tarde, as vendas passaram a ser feitas através de revendedores da região de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Em 1858, os colonos, ao término do dia de trabalho, buscavam distração, iam jogar bilhar na casa de João Descheper, na Praça das Diligências.
Ali tomavam “cerveja”, que era fabricada inicialmente por Carlos Rey & Cia., na Vila Teresa, e depois, também por Augusto Chedel (Luiz Augusto Chedel) e Henrique Leiden.
Timóteo Duriez e Pedro Gerhardt também fabricavam cerveja.

Em 1858, com o bom andamento dos negócios, já existiam 6 fábricas de “cerveja barbante” (de alta fermentação).

Por volta de 1860, as marcas estrangeiras “Guiness, Porter e Spatenbraü”, introduzidas pelo Rei D. João VI, começaram a enfrentar as pequenas concorrentes brasileiras Gabel, Guarda Velha e Logos, cervejas escuras e de alto teor alcoólico.

Em 22 de dezembro de 1869, segundo o Diário de Pernambuco, Henri Joseph Leiden, proprietário da grande fábrica de cerveja da Rua do Sebo, foi agraciado como “o Imperador” em referência ao fato dele ter sido o fundador da “primeira fábrica de cerveja” no Brasil no ano de 1842 e ao grande desenvolvimento que deu a essa indústria tanto na Côrte como em Pernambuco.

Até meados dos anos 1870, a “cerveja alemã” e dificuldades no mercado brasileiro, devido à grande influência comercial que a Inglaterra exercia sobre Portugal nessa época, as cervejas inglesas dominaram o mercado brasileiro.

Em 23 de setembro de 1877, em São Paulo, realizou-se a inauguração do jardim do estabelecimento denominado “Stadt Bern” (cidade de Berna), situado à rua São Bento número 73, antigo prédio térreo de seis portas, com caramanchões, jogos de bola, etc.. Por ocasião da inauguração do jardim, a orquestra do antigo Teatro São José executou, entre as escolhidas peças de seu repertório, a nova valsa Lungfrau, sendo a entrada no estabelecimento franca, tanto pela rua de São Bento como pela de São José (atual Líbero Badaró), passando a fazer forte concorrência à “Gengibirra” e à “Caramuru”, servindo em seu caramanchão florido a Cerveja Bávara (e não Bavária), então produzida por Heinrich Stupakoff & Cia., custando cada copo 160 réis.

Em 1882, formou-se uma sociedade que iria dar origem a uma marca que, ainda hoje, desempenha um papel de grande relevo na indústria cervejeira brasileira.
Assim, surge a expressão Antarctica, fruto da associação entre Louis Bucher e Joaquim Salles, este último proprietário de um matadouro de suínos com o nome de “Antarctica”, local onde possuía uma máquina de fazer gelo.
Tal fato revestiu-se de enorme importância, pois as fábricas não produziam cerveja com marca alguma, já que esta era vendida diretamente dos barris e, nos poucos casos em que era engarrafada, não possuía um rótulo próprio.
O passo seguinte para esta sociedade foi a criação da Antarctica Paulista - Fábrica de Gelo e Cervejaria, firma que, como o nome indicava, se dedicava à produção de gelo e produtos alimentícios.
No entanto, esta marca não ficaria por muito tempo, sozinha no mercado.

Em 1888, um imigrante suiço de nome Joseph Villiger, acostumado ao sabor das cervejas européias, e, inconformado com a má qualidade das cervejas fabricadas no Brasil, resolveu abrir o seu próprio negócio, começando a fazer cerveja em casa.

Em 06 de Setembro de 1888, é registrada a Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia, fundada pelo próprio Joseph Villiger, Paul Fritz e Ludwig Mack, sendo então comercialmente lançada a “Cerveja Brahma”.
A manufatura foi inaugurada com uma produção diária de 12.000 litros de cerveja e 32 funcionários.

- Começava aí uma luta que sobreviveu até aos nossos dias!

O crescimento de ambas as empresas é grande e quase imediato.

Em 1889, é publicado o primeiro anúncio de uma marca de cerveja brasileira:

“Cerveja Antarctica encontra-se à venda na Rua Boa Vista, 50 A”.

Podia ler-se no jornal A Provincia de São Paulo (atual “O Estado de São Paulo”).

No final do século, quando a importação voltou a crescer, a preferência passou a ser pela “cerveja alemã”, que vinha em garrafas e em caixas, ao contrário das inglesas, acondicionadas em barris.
A cerveja alemã se contrapunha à inglesa:
- era clara, límpida, conservava-se melhor e agradava mais ao paladar da época.
O período áureo da cerveja alemã não foi longo.

Em 1896, os impostos de importação foram quadruplicados. Com essas dificuldades, somadas ao desenvolvimento da indústria cervejeira no Brasil, praticamente cessaram as importações no início do século XX.

Em 1898, fundou-se a Companhia Bohemia em Lindscheid.

- O crescimento contínuo da Brahma foi acompanhado, durante os primeiros anos do século XX, do lançamento de novas marcas:
- A ABC, da Bock-Crystal, da Bramina, da Bull Bock, da Rainha, da Colombo.

- Pode parecer surpreendente o grande número de marcas lançadas por uma única empresa, neste caso a Brahma, mas o mercado cervejeiro do início do século XX, se encontrava em grande ebulição, com a fundação de inúmeras indústrias um pouco por todo o Brasil, sendo que cada empresa tratava logo de registrar um elevado número de marcas diferentes, por forma a assegurar uma determinada  fatia do mercado.

- Não querendo fazer um rol muito extenso de todas as marcas que foram sendo criadas, convém enumerar algumas, por forma a ficar-se com uma idéia da pujança da indústria cervejeira da época.

- As marcas que assumiram, não só, a liderança do mercado, mas também a vanguarda tecnológica.
E nestas áreas há que destacar duas empresas: - a Brahma e a Antarctica de São Paulo.

- Considerando que só a partir dos anos 1930, se começou a definir com alguma precisão o “conceito de marca”, já que, como referimos anteriormente, muitas cervejas eram lançadas para o mercado sem nome próprio.


Cronologia

Análise à história de cada cervejaria individualmente, utilizando como base o Almanak Laemmert editado:

- No período de 1844 a 1899, e reconhecido como o registro oficial das indústrias da época, suscita muitas dúvidas sobre a história da cerveja publicada no site da Ambev.

- As primeiras marcas reconhecidas como “marcas nacionais” foram:
- a Logos, Guarda Velha, Gabel, Vesosso, Stampa, Olinda e Leal da Rosa.  

Traçamos uma Cronologia da história da “cerveja” no Brasil.

Entre mitos, lendas e a história dita; a ocorrência de menções à cerveja ao longo da história brasileira, apresentados a seguir:

1667

- Nossa história começa com a chegada do governador holandês Maurício de Nassau ao Recife.
Ele veio rodeado de sábios, artistas, cientistas, astrônomos, principalmente médicos e artistas.

- Foi um período de prosperidade para a cidade do Recife que se desenvolveu rapidamente tornando-se o principal porto da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil, tendo também a primeira ponte, o primeiro observatório astronômico e a primeira “fabrica de cerveja” das Américas.
Junto com Nassau veio o “cervejeiro” Dirck Dicx com uma planta de cervejaria e os componentes para serem montados.

A partir de outubro de 1640, a cervejaria foi montada na residência chamada “La Fontaine” que Nassau deixou de utilizar após a construção do Parque de Vrijburg.

- Quanto à “cerveja” isto é bem pouco provável, já que numa carta descoberta por José Antonio Gonsalves de Mello, 82 anos, maior especialista sobre o Brasil holandês e autor do clássico livro “Tempo dos Flamengos”, um militar suplica:

“Depositamos todas as esperanças em prontas remessas de tantos víveres quanto VV.SSas possam imaginar; queiram enviar-nos um forte vinho francês tanto branco quanto tinto, alguma cerveja e especialmente favas turcas (milho), cevada, passas de Corinto e sobretudo grande quantidade de farinha de trigo.”

1808

- A cerveja chega ao Brasil, trazida da Europa pela Família Real Portuguesa.
Durante a primeira metade do século XIX, a cerveja ainda era restrita a uma pequena parcela da população quando só havia marcas importadas.

Marcio Luis Ferreira Nascimento, na parte “Breve História do Vidro”, retiramos o seguinte:

“... A ativa indústria européia não hesitou em vender seus vidros ao Brasil, logo após a abertura dos portos às nações amigas, chegou um carregamento de caixas de cerveja de origem alemã, importadas da Inglaterra. Portugueses e brasileiros de recursos consumiram à vontade e inaugurou-se, assim, o hábito de beber cervejas contidas em garrafas de vidro. Passou-se algum tempo até que os brasileiros conhecessem a primeira cervejaria, fundada em 1834 no Rio de Janeiro. O sucesso desta cervejaria despertou o interesse na produção local de cerveja”...

1836

- 27 de outubro - a primeira notícia sobre a fabricação de cerveja no Brasil é de um anúncio publicado no Jornal do Commercio, Rio de Janeiro.

“Na rua Matacavalos, número 90, e rua Direita número 86, da Cervejaria Brazileira, vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Essa saudável bebida reúne a barateza a um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo.”

1840

- A década de 1840, foi um período de grande desenvolvimento no fabrico e consumo de cerveja.
Para além da já mencionada cerveja “Ritter”, muitas outras aproveitaram o caminho anteriormente desbravado, como sejam os casos da firma:
- Vogelin & Bager, que abriu uma cervejaria no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro,
- Henrique Leiden e Cia, que deu origem à Imperial Fábrica de Cerveja Nacional, também no Rio de Janeiro.

O Almanak Laemmert dá-nos a conhecer muitas outras cervejarias que foram abrindo um pouco por todo o Brasil, desde Joinville - SC a São Paulo - SP, passando por Petrópolis - RJ e Niterói - RJ.

1846

- Georg Heinrich Ritter, natural de Kempfeld, de profissão tanoeiro, sua meta instalar uma cervejaria. Logo sua pequena linha de produção torna-se realidade em Linha Nova, hoje região de Nova Petrópolis - RS.
E com 22 anos, Introduz a marca “Ritter” como uma das precursoras do ramo cervejeiro.

Refere-se ao ano de 1846, a primeira estatística da Imperial Colônia de Petrópolis, bem elaborada e com preciosos dados, estando subscrita pelo escrivão Frederico Damack.
Interessa-nos agora em particular a vida profissional dos colonos que se acha muito bem determinada, inclusive com os locais de residência, em quarteirões.
A laboriosa população germânica engloba, além de 6 mestres de escola, 297 artífices, também denominados oficiais de ofício.

As profissões desdobram-se em 38 categorias:
- 54 carpinteiros, 44 marceneiros, 29 pedreiros, 28 ferreiros, 28 sapateiros, 20 alfaiates, 14 cobridores de casas (6 em taboinhas, 6 em telhas e 2 em zinco), 6 tecelões, 5 serralheiros, 5 carniceiros, 4 carvoeiros, 4 jardineiros, 4 cavouqueiros, 4 calceteiros e mais funileiros, torneiros, tanoeiros, fundidores, vidraceiros, fabricantes de cartas, idem de carroças, idem de pianos, oleiros, padeiros, ourives, moleiros, corrieiros, encadernadores, envernizadores, e até 1 fabricante de cerveja e uma parteira. (Centenário da Imperial Colônia de Petrópolis, de Guilherme Auler. Tribuna de Petrópolis de 1 de janeiro de 1961).

1847

Do relatório do Ministro do Império, lido na abertura da Assembléia Geral Legislativa, destaca-se o seguinte trecho relativo á ação da Provincia na Colonia de Petropolis:

“... Existem já na colonia dous engenhos de serrar; huma fabrica de cerveja”...

1848

Publicado no Almanak Laemmert de 1849:

- Vogelin & Bager fundam uma cervejaria no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro – RJ.

- É fundada a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden & Cia. na Rua de Matacavallos, 78, atual Rua do Riachuelo, no Rio de Janeiro – RJ, (este registro aparece pela primeira vez no Almanak Laemmert de 1851, a partir de 1857 passa a aparecer com a frase: - “fundada em 1848”).

1849

Publicado no Almanak Laemmert de 1850:

- João Bayer funda uma cervejaria na Lagoa de Freitas, no Rio de Janeiro – RJ.

Em 1849, a primeira menção oficial quanto ao fabrico de “cerveja” é do Almanak Laemmert (referente ao ano de 1848, era publicado no início do ano com referência ao ano anterior) onde aparece a fábrica fundada por Voegelin & Bager, no Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro.
O estabelecimento teve vida curta, pois não há mais nenhum registro dessa fábrica nos anos seguintes.

1850

Na década de 1850, apareceu uma nova leva de industriais interessados em investir neste negócio florescente.
Alguns exemplos:
- Fábrica de Cerveja Nacional de Alexandre Maria VillasBoas & Cia, no Rio de Janeiro - RJ,
- Fábrica de Cerveja de Thimóteo Durier, em Petrópolis - RJ,
- Fábrica de Jacob Nauerth no Rio de Janeiro - RJ,
- Fábrica de Cerveja Guarda Velha de Bartholomeu Correa da Silva, Rio de Janeiro,
- Fábrica de Cerveja de Friederich Christoffel, em Porto Alegre - RS.

No Almanak Laemmert (referente a 1849), aparece pela primeira vez o registro da fábrica de João Bayer, situada na Lagoa de Freitas (Rodrigo de Freitas).

1852

- O suíço Albrecht Schmalz decide se radicar com sua família às margens do ribeirão Mathias, na "Deutsche Pikade" (também conhecida como "Mathias Strasse", posteriormente Rua Saturnino Mendonça e atual Rua Visconde de Taunay), instalar seu maquinário e dar início a primeira cervejaria que se tem notícia em Joinville - SC.

1853

- É estabelecida a fábrica de cerveja de Jean-Jacques Oswald, pai do compositor Henrique Oswald, em São Paulo - SP, estabelecimento que teve curta duração.

Publicado no Almanak Laemmert de 1854:

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Carlos Rey & Cia., na Villa Thereza, como o primeiro a inaugurar, em Petrópolis - RJ, um estabelecimento para o fabrico de cerveja em escala industrial.

Referente ao ano de 1853, do relatorio do conselheiro Luiz Antonio Barboza, presidente da Província do Rio de Janeiro:

“... Continuão a trabalhar 3 fabricas de cerveja em grande escala, e...”

Em 1853, neste assunto de cerveja, é curioso assinalar que as duas fábricas de Carlos Rey e Chedal produziam 6 mil garrafas por mês e a metade da produção era consumida aqui mesmo pelos 6 mil habitantes, para não desmentir a fama da boa sede alemã.

1854

Publicado no Almanak Laemmert de 1855:

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Luiz Augusto Chedel, situada na Villa Theresa 143, em Petrópolis - RJ.

- Aparece pela primeira vez a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden (já existente no município da Côrte), situada na Rua dos Artistas 6 e 8 (depois Rua 7 de abril e atualmente Rua Alfredo Pachá) em Petrópolis - RJ.

- A propaganda de sua cervejaria, em 1857, diz ser ele o introdutor deste ramo de indústria no Brasil.

1855

- A Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden & Cia. neste ano conta com 10 operários livres, nenhum escravo, sendo 8 homens e 2 mulheres.

Publicado no Almanak Laemmert de 1856:

- Aparece pela primeira vez a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Alexandre Maria VillasBoas & Cia., situada na Rua de Matacavallos, 27 (atual Rua do Riachuelo) no Rio de Janeiro – RJ.

1856

Publicado no Almanak Laemmert de 1857:

- Aparece um depósito na Rua dos Latoeiros, 60 (atual Rua Gonçalves Dias) no Rio de Janeiro - RJ, que comercializa a Cerveja Nacional da Fábrica da Garganta de Petrópolis.
- Aparece pela primeira vez a fábrica pertencente a Jacob Nauerth, na Rua Nova do Conde 108 (atual Rua Visconde do Rio Branco), Rio de janeiro - RJ

1858

- A Imperial Fábrica de Cerveja de Alexandre Maria VillasBoas & Cia. neste ano emprega 18 operários livres, nenhum escravo, todos do sexo masculino.

- A Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden, em Petrópolis, passa a ter como responsável Henrique Kremer, passando a se chamar Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Kremer.

Publicado no Almanak Laemmert de 1859:

- A Imperial Fábrica de Cerveja de Alexandre Maria VillasBoas & Cia., passa a ter como responsável João Gonçalves Pereira Lima.

Em setembro de 1858, da palestra de Claudionor de Souza Adão (Viação, Indústria e Comércio - Geopolítica dos Municípios nº 12), tiramos o seguinte:

“... Henrique Krammer, com as suas taboinhas, fazia concorrência ás telhas, tendo Carlos Lange a disputar a mesma clientela, com as suas coberturas de zinco. Krammer, ainda, se encarregava de coberturas de vidro e fabricava cerveja...”
“... Os colonos, depois de um dia estafante, necessitavam distrair o espírito e, assim, em 58, iam jogar bilhar na casa de João Descheper, na Praça das Diligências”.

 Alí tomavam a sua cerveja, que era fabricada inicialmente por Carlos Rey & Cia., na Vila Teresa, e depois, também por Augusto Chedel (Luiz Augusto Chedel) e Henrique Leiden.
Timóteo Duriez e Pedro Gerhardt também fabricavam cerveja.

Em 1858, o negócio era bom, já existiam 6 fábricas de cerveja barbante (de alta fermentação).

1859

12 de novembro - CONVITE:
“Concêrto instrumental, na fábrica de cerveja, rua dos Artistas nº 8, dado pela banda de música que aqui chegou do Rio de Janeiro, sábado 12 do corrente, às 7 horas da noite. Entrada 1$000. (a) Henrique Kremer (O Mercantil de 12.11.1859)”.

Publicado no Almanak Laemmert de 1860:

- A Imperial Fábrica de Cerveja de João Gonçalves Pereira Lima passa a ter como responsável Antonio José Pereira Bastos.

- A fábrica de cerveja de Carlos Rey, em Petrópolis, passa a ter como responsável José Bernasconi.

- A Imperial Fábrica de Cerveja de Henrique Leiden, em Petrópolis, passa a ter como responsável Henrique Kremer.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Thimóteo Durier, situada na Rua do Imperador, Petrópolis - RJ.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Joaquim Chidal (seria Augusto Chedel?), situada na Rua de Dona Januária (atual Rua Marechal Deodoro) Petrópolis - RJ.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Pedro Gherard (Gerhardt), situada no Palatinado, Petrópolis - RJ.

1860

- O colono Herr Kunz instala a primeira cervejaria da Província de Minas, na Colônia São Pedro (atual Juiz de Fora), utilizando como matéria-prima milho ao invés de cevada.

1861

Publicado no Almanak Laemmert de 1862:

- A fábrica de Jacob Nauerth, na Rua Nova do Conde (atual Rua Visconde do Rio Branco) Rio de Janeiro – RJ, passa a ter como responsável Carlos Berenson.

1864

- Heinrich Ritter começa a fabricar a “primeira cerveja do Rio Grande do Sul”, no porão de sua casa.

Publicado no Almanak Laemmert de 1865:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Nossa Senhora da Glória de Joaquim Antonio Teixeira, situada na Rua da Pedreira da Glória 21 (atual Pedro Américo) no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Guarda Velha de Bartholomeu Correa da Silva, situada na Rua da Guarda Velha junto ao Circo Olímpico (atual Rua Treze de Maio) no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Nacional, de Fernandes & Brito, situada na Rua da Saude 139, no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez uma fábrica na Rua Matacavallos 19 A (atual Rua do Riachuelo) no Rio de Janeiro – RJ.

- A Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden & Cia. passa a ter como responsável Leon Leiden & Cia.

1865

- Com o falecimento de Henrique Kremer, foi constituída por seus herdeiros a firma Augusto Kremer & Cia.

1866

- É construída por Nicolau Neiss, em São Vendelino - RS, uma cervejaria.

- Na época, por falta de geladeiras, a cerveja era fabricadas em casas frescas e ventiladas, que eram meio-enterradas no chão.

Publicado no Almanak Laemmert de 1867:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Logos e Cia., fabricante da cerveja Independência Brasileira, situada na Rua do Riachuelo 84 (antiga Rua de Matacavallos), no Rio de Janeiro – RJ.

1867

- Surge a “segunda cervejaria” de Juiz de Fora - MG, a Cervejaria Kremer & Cia., no Morro da Gratidão (atual Av. dos Andradas), construída em terreno comprado da Cia. União e Indústria, desmembrado da Colônia D. Pedro II (correspondente a terrenos do atual bairro Jardim Glória) montada pela sua congênere Augusto Kremer & Cia. de Petrópolis - RJ..

Publicado no Almanak Laemmert de 1868:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Commercio, de Justino de Faria Peixoto, situada na Rua de São Pedro 322 A (esta rua desapareceu com a abertura da Av. Pres. Vargas) esquina da Rua do Núncio (atual Rua República do Líbano), no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Luzo-Brasileira, de Carvalho & Tavares, situada no Campo da Aclamação 47/49 (atual Campo de Santana) no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de T. A. Chaves e Cia. situada na Rua do Marquez d’Abrantes, 24, no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de F. Eppelsheimer, situada na Rua Aureliana, Petrópolis, Rio de Janeiro – RJ.

- A fábrica de Joaquim Chidal muda para a Rua dos Protestantes (posteriormente Rua Dona Isabel, atual treze de maio), Petrópolis, Rio de Janeiro – RJ.

1868

- Louis Bücher, cervejeiro, natural de Wiesbaden, Alemanha, abre uma cervejaria na qual utiliza arroz, milho e outros cereais em vez de cevada, em São Paulo - SP.

Publicado no Almanak Laemmert de 1869:

- A fábrica de T. A. Chaves e Cia. na Rua do Marquez d’Abrantes, Rio de janeiro – RJ, passa a ter como responsável Antonio Rigoard.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Cerveja Lusitana, de Costa Bastos e Carvalho, situada na Rua da Conceição 14, no Rio de Janeiro – RJ.

- Aparece pela primeira vez a fábrica de Cerveja Aurora, de Silva Guimarães & Cia, situada na Rua Estreita de São Joaquim 23 (atual Rua Marechal Floriano) no Rio de Janeiro – RJ.

- A Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Leon Leiden & Cia. muda-se para a Rua do Riachuelo 76/78 e passa a ser uma fábrica a vapor.

- A fábrica de cerveja de Luiz Augusto Chedel, na Villa Theresa, passa a ter como responsável João Becker.

1869

Publicado no Almanak Laemmert de 1870:

- A Fábrica de Cerveja Aurora, de Silva Guimarães & Cia, situada na Rua Estreita de São Joaquim 21/23 (atual Rua Marechal Floriano) passa a pertencer a Oliveira & Silva.

- Aparece a Fábrica de Cerveja Allemã de Carlos Bernsau

- A Fábrica de Cerveja Commercio, de Justino de Faria Peixoto, situada na Rua de São Pedro 322, passa a ter como responsável Pinto, Machado & Cia.

- A Fábrica de Cerveja Luzo-Brasileira, de Carvalho & Tavares, situada no Campo da Aclamação 47/49 (atual Campo de Santana) passa a ter como responsável José Diniz Tavares Linde.

Segundo o livro de Gilberto Freyre “Nós e a Europa Germânica: em torno de alguns aspectos das relações do Brasil com a cultura germânica no decorrer do século XIX”, editora Grifo, 1971, no prefácio:

“A 22 de dezembro de 1869 noticiava o Diário de Pernambuco que Henri Joseph Leiden (Henrique Leiden, era normal os estrangeiros aportuguesarem seus nomes), proprietário da grande fábrica de cerveja da Rua do Sebo; acabava de ser agraciado por S. M., o Imperador, com o hábito da Rosa, por decreto de 10 do corrente, em atenção a ter sido ele o fundador da primeira fábrica de cerveja no Brasil no ano de 1842 e ao grande desenvolvimento que deu a essa indústria tanto na Corte como em Pernambuco.”

1870

- Carlos e Frederico Ritter estabelecem-se em Pelotas - RS e fundam a Cervejaria Carlos Ritter & Irmão, estabelecida na Rua Tiradentes.

1871

Publicado no Almanak Laemmert de 1872:

- A Fábrica de Cerveja Lusitana, de Costa Bastos & Carvalho, situada na Rua da Conceição 14, passa a ter como responsável Duarte José Dias de Carvalho.

- A Fábrica de Cerveja Aurora, situada na Rua Estreita de São Joaquim 21, de Oliveira & Silva passa a ter como responsável Oliveira & Barboza e ainda neste ano passa a ter como responsável somente Custódio José de Oliveira Barboza que a muda para a Rua Theophilo Ottoni 168, no Rio de Janeiro – RJ.

- A Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Leon Leiden & Cia. passa a ter como responsável a viúva Leiden.

1872

Publicado no Almanak Laemmert de 1873:

- A Fábrica de Cerveja Guarda Velha de Bartholomeu Correa da Silva, situada na Rua da Guarda Velha junto ao Circo Olímpico, passa a ter como responsável Joaquim José Rodrigues Machado.

- A Fábrica de Cerveja Aurora de Custódio José de Oliveira Barboza, situada na Rua Theophilo Ottoni 168, passa a ter como responsável Custódio José de Oliveira Barboza & Cia.

1873

Publicado no Almanak Laemmert de 1874:

- A Fábrica de Cerveja Lusitana, de Duarte José Dias de Carvalho, situada na Rua da Conceição 14, passa a ter como responsável Paiva & Montebello.

1874

Publicado no Almanak Laemmert de 1875:

- A Fábrica de Cerveja Nacional de Fernandes & Brito passa a ter como responsável Antonio José Fernandes e ter como novo endereço Rua da Saude 109, Rio de Janeiro - RJ.

- A Fábrica de Cerveja Aurora de Custódio José de Oliveira & Cia. situada na Rua Theophilo Ottoni, passa a ter como responsável Cruz Machado & Pereira.

1875

Publicado no Almanak Laemmert de 1876:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja de José Luiz Miguel Fortes, situada na Rua da Princeza 50, em Nichteroy (Niteroi) – RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Minerva de João Pereira de Santa Maria, situada na Rua do Sacramento 12 (atual Av. Passos), Rio de Janeiro - RJ.

- A Fábrica de Cerveja Luzo-Brasileira, de João Henrique Alfredo Sampaio, situada no Campo da Aclamação 47/49 (atual Campo de Santana) passa a ter como responsável Ovidio, Correa & Cia. (Ovidio Saraiva de Carvalho e Antonio José Correa).

1876

- 31 de agosto - Na Cervejaria Augusto Kremer & Cia., separam-se, comercialmente, os sócios e cunhados, ficando Frederico Guilherme Lindscheid com a fábrica de Petrópolis

- RJ, que passa a se chamar Imperial Fábrica de Cerveja Nacional e Augusto Kremer com a fábrica de Juiz de Fora - MG, que passa a se chamar Imperial Fábrica de Cerveja e Águas mineraes de Augusto Kremer e Cia.

- A Cervejaria Carlos Ritter & Irmão é transferida para a Rua Marechal Floriano no encontro com a Marquês de Caxias (atual Santos Dumont), em Pelotas - RS.

1877

- Em São Paulo, o pequeno bar "À Cidade de Berna" passou a fazer pesada concorrência à "Gengibirra" e à "Caramuru", servindo em seu carramanchão florido a Cerveja Bávara (e não Bavária), então produzida por Stupakoff & Cia.

Publicado no Almanak Laemmert de 1878:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Guarany de João Ignácio Ferreira, situada na Rua Barão de São Félix 130, Rio de Janeiro - RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja de C. Schuman & Cia., situada na Rua do Passeio 15, Rio de Janeiro - RJ.

- A Fábrica de Cerveja Nacional de Antonio José Fernandes, situada na Rua da Saude 109, passa a ter como responsável Fernandes & Gomes (Antonio José Fernandes e Bento José Leonardo Gomes).

- A Fábrica de Cerveja Commercio de Pinto Machado & Cia, situada a Rua de São Pedro 322, passa a ter como responsável Manoel Joaquim Pinto Machado.

1878

- Em Juiz de Fora - MG, morre Augusto Kremer, ficando a firma sob a direção da viúva de Kremer, que mudou o nome da Imperial Fábrica de Cerveja e Águas mineraes para Cervejaria Germânia.

1879

15 de setembro - É inaugurada a Fábrica de Cerveja e Águas Minerais Weiss, na antiga chácara do barão de Pitangui localizada na Vilagem, Juiz de Fora - MG, por José Weiss após desligar-se da firma Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Augusto Kremer.

Publicado no Almanak Laemmert de 1880:

- Depois de dois anos sem aparecer registro, aparece no endereço da Rua Theophilo Ottoni 168 (Fábrica de Cerveja Aurora, de Cruz Machado & Pereira), a Fábrica de Cerveja Central de Carvalho & Pereira (Manoel Joaquim Gomes de Carvalho e Guilherme Porphirio Lopes Pereira).

- Aparece pela primeira vez a fábrica de cerveja de George Gruner e Otto Emil Muller, situada na Rua da Praia, Sete Pontes, Niteroi - RJ.

- A Fábrica de Cerveja Minerva de João Pereira de Santa Maria, situada na Rua do Sacramento (atual Av. Passos) passa a ter como responsável Santa Maria & Povoas.

1880

- É criada a fábrica de cerveja Borboleta, de propriedade dos irmãos Scoralick, em Juiz de Fora - MG.

Publicado no Almanak Laemmert de 1881:

- A Fábrica de Cerveja Central, de Carvalho & Pereira (Manoel Joaquim Gomes de Carvalho e Guilherme Porphirio Lopes Pereira) situada na Rua Theophilo Ottoni, passa a ter como responsável Pereira & Silva (Guilherme Porphirio Lopes Pereira e Joaquim João da Silva).

- A Fábrica de Cerveja Commercio, de Manoel Joaquim Pinto Carvalho, situada na Rua de São Pedro 320/322, passa a ter como responsável Manoel Joaquim Gomes de Carvalho (Manoel Joaquim Gomes de Carvalho, Francisco Pinto Mascarenhas e Domingos Maria Lopes Braga).

- A Fábrica de Cerveja Luzo-Brasileira, de Ovidio, Correa & Cia, situada no Campo da Aclamação 47/49 (atual Campo de Santana) passa a ter como responsável Oliveira & Cia. (Domingos Fernandes de Oliveira e Antonio José Correa).

1881

- É criada a fábrica de cerveja Poço Rico, em Juiz de Fora - MG.

1882

- Louis Bücher se associa a Joaquim Salles, proprietário de um abatedouro de suínos de nome "Antarctica" que possuía uma máquina de fazer gelo, localizado no atual bairro da Água Branca, São Paulo - SP.

Publicado no Almanak Laemmert de 1883:

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Nova Princeza, de Pereira Júnior & Cia, situada na Rua do Senado 152, Rio de Janeiro - RJ.

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Leal da Rosa, situada na Rua dos Arcos 10, Rio de Janeiro - RJ, de Leal da Rosa & Figueiredo (Antonio Leal da Rosa e João Maria de Figueiredo).

- Aparece pela primeira vez a Fábrica de Cerveja Princeza Imperial, situada na Rua Visconde de Itauna 13, Rio de Janeiro - RJ, de Alves, Bastos & Peixoto (Paulo de Souza Alves, Antonio Soares da Gama Bastos e Antonio Peixoto Cavalcante D'Orem).

1883

Publicado no Almanak Laemmert de 1884:

- A Fábrica de Cerveja Luzo-Brasileira, de Oliveira & Cia., situada no Campo da Aclamação 47/49 (atual Campo de Santana) passa a ter como responsável Silveira & Cia. (Antonio Machado da Silveira e Thomaz Basilio Martins).

- A Fábrica de Cerveja Leal da Rosa, situada na Rua dos Arcos 10, de Leal da Rosa & Figueiredo passa a ter como responsável somente Antonio Leal da Rosa.

1884

Publicado no Almanak Laemmert de 1885:

- A Fábrica de Cerveja Princeza Imperial, situada na Rua Visconde de Itauna, de Alves, Bastos & Peixoto passa a ter como responsável Peixoto, Guimarães & Cia. (Antonio Peixoto Cavalcante D'Orem, José Teixeira da Costa Guimarães, Manoel Antonio Pereira e Manoel Gomes Correa).

- A Fábrica de Cerveja Guarda Velha, de Joaquim José Rodrigues Machado, situada na Rua da Guarda Velha junto ao Teatro Pedro II (antigo Circo Olímpico) passa a ter como responsável Emilio Gabel.

- A Fábrica de Cerveja Leal da Rosa, situada na Rua dos Arcos 10, de Antonio Leal da Rosa passa a ter como responsável Leal da Rosa & Gonçalves (Antonio Leal da Rosa e Joaquim Gonçalves).

1885

Publicado no Almanak Laemmert de 1886:

- A Fábrica de Cerveja Guarda Velha, de Emilio Gabel, situada na Rua da Guarda Velha junto ao Teatro Pedro II (antigo Circo Olímpico) passa a ter como responsável viúva Gabel.

1886

- É criada a fábrica de cerveja Winter, em Juiz de Fora - MG.

1887

Publicado no Almanak Laemmert de 1887:

- A cerveja Luzo-Brasileira passa a se chamar Cerveja Attrahente Especial.

1888

- Um imigrante suíço, Joseph Villiger, acostumado ao sabor das cervejas européias e inconformado com a má qualidade das cervejas fabricadas no Brasil, resolveu abrir seu próprio negócio começando a fazer cerveja em casa.

- 6 de setembro - é registrada a "Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia", fundada por Villiger, o brasileiro Paul Fritz e Ludwig Mack, lançando comercialmente a Cerveja Brahma.
A manufatura foi inaugurada com uma produção diária de 12.000 litros de cerveja e 32 funcionários.

- A sociedade de Joaquim Salles e Louis Bücher cria a "Antarctica Paulista - Fábrica de Gelo e Cervejaria" (primeira fábrica do bairro da Água Branca em São Paulo - SP, fundada em 1885 e dedicada à fabricação de gelo e produtos alimentícios).

Publicado no Almanak Laemmert de 1889:

- A fábrica de cerveja de Leon Leiden passa a ter como responsável J. F. Stampa (fábrica de cerveja Derby).

1889

- 13 de março - é publicado o primeiro anúncio de uma "marca" de cerveja brasileira: "Cerveja Antarctica encontra-se à venda na Rua Boa Vista, 50 A", no jornal "A província de São Paulo" (atualmente o "Estado de São Paulo").

- Morre Georg Heinrich Ritter, dois de seus onze filhos, já prosseguiam a dinastia da cervejaria dos Ritter.
O primogênito Henrique e Carlos. Henrique estava instalado provisoriamente no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre - RS.
Seu irmão Carlos, já havia se desligado e começado a produzir cerveja em Pelotas - RS.

1890

- A Antarctica aumenta seu quadro de funcionário para 200 e sua capacidade de produção é de 40 mil hectolitros/ano.

1891

- 12 de fevereiro - a Antarctica Paulista - Fábrica de Gelo e Cervejaria se transforma em sociedade anônima, com 61 acionistas, passando a se chamar Companhia Antarctica Paulista S/A.
Dois desses acionistas: - João Carlos Antonio Zerrener e Adam Ditrik Von Büllow eram sócios numa empresa de importação, em Santos, que facilitaria a compra de máquinas e de matéria prima para a cervejaria e que colocaram a disposição da nova sociedade 860 contos de réis de seu próprio capital.

- 11 de maio - o Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, assina o decreto oficializando a Sociedade Anônima da Antarctica.

1892

- 20 de outubro - Inauguração e abertura da Cervejaria Bavária de Henrique Stupakoff & Cia.

- 5 de dezembro - a Bavária registra a cerveja “Babylonia – Braun”.

- É instalada, pelo alemão Friedrich Wilhelm Metzenthin, uma fábrica de cerveja na Rua Augusto Ribas em Ponta Grossa - PR.

- É inaugurada a Fábrica de Cerveja Augusto Mojola (águia bicéfala) - cerveja “Borboleta”, em Jundiaí - SP.

1893

9 de abril - Pelo decreto nº 122, o Presidente da República concede autorização a Domingos de Souza Carneiro para organizar uma sociedade anônima sob a denominação de Companhia Manufatora de Cerveja, Gelo e Aguas Minerais, em Petropolis - RJ.

- É fundada por colonos italianos a Cervejaria Mora, em Petrópolis - RJ, com método de fabricação totalmente artesanal, com processos bastante antiquados como a fermentação ambiente.

- Funda-se a Fabrica de Cerveja Commercio (Mora?) com a seguinte directoria:
- Pres. Alberto Móra, secret. José H. T. Land, thes. Antonio Joaquim Luiz Canedo - Conselho fiscal - dr. José T. da Porciuncula, dr. João Vieira Barcellos e Antonio Pereira Campos. Supplentes, José de Oliveira Motta Azevedo, João C. Ferdinando Finkenauer e Felippe Bretz, cujo capital seria 200:000$ financiados pelo Banco do Brasil.

- A Antartica está à beira da falência e a empresa Zerrener, Bülow & Cia., principal credora, assume o controle acionário da Companhia Antarctica Paulista, tendo como sócios majoritários os Srs. Antonio Zerrener e Adam Ditrik von Bülow, fundadores da Companhia Antarctica Paulista.

1894

- A Cervejaria Grossel abre uma filial, na Rua do Chafariz (atual Av. Vicente Machado), em Ponta Grossa - PR, logo Henrique Thielen passa a dirigir a fábrica, tornando-se sócio e posteriormente proprietário, alterando o nome para Fábrica de Cerveja Henrique Thielen.

- 1 de janeiro - É inaugurada a Cervejaria Dois Leões, na Rua Botanagua nº 127 em Juiz de Fora - MG, de propriedade de Carlos Stiebler.

- É criada uma fábrica de cerveja no Arraial do Curral del Rey (atual Belo Horizonte) por Fornaciari - natural de Toscana, fabricando também bebidas gasosas, como soda e guaraná.

- A Manufactura de Cerveja Brahma Villiger e Companhia é vendida a Georg Maschke, que a amplia e moderniza.
No mesmo local onde havia nascido a Brahma, estabeleceu-se a nova empresa, com o nome de Georg Maschke & Cia. - Cervejaria Brahma.

- 6 de dezembro - a Brahma registra a cerveja “Bier”.

1895

- Instala-se em Mendes - RJ a fábrica de cerveja Teutonia de propriedade da Preiss Haussler e Cia.

1896

- março - a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional, com a morte de Lindscheid, passa a pertencer a sua filha Carolina Lindscheid Kremer, casada com Henrique Kremer (neto do fundador).

1897

- 16 de setembro - a Brahma registra a cerveja “Crystal”.

- 6 de dezembro - a Brahma registra a cerveja “Pilsener”.

1898

- 26 de abril - a Preiss Haussler & Cia faz uma permuta com a Irmandade de Santa Cruz para acomodar o seu estabelecimento fabril.

- agosto - é criada a Cervejaria Bohemia que fica com todos os bens da antecessora, a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional e com os mesmos diretores: Henrique Kremer e Guilherme Bradac.

- É fundada por Henrich Feldmann Senior a Cervejaria Feldmann, em Blumenau - SC, onde produz as cervejas “Victória” e “Bock”.

1899

- Joseph Villiger, da Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia, adquire a Cervejaria Bavária, localizada na Moóca – SP.
A nova empresa aperfeiçoou a fabricação da cerveja, importou equipamentos, patrocinou bares, restaurantes e artistas.

- 16 de janeiro - a Brahma registra a cerveja “Pilsen”.

- 16 de janeiro - a Brahma registra a cerveja “Franziskaner- Bräu”, apelidada de "franciscana".
- É criada a Cervejaria Rio Claro, em Rio Claro - SP, pelo Major Carlos Roiz Pinto, lançando comercialmente uma cerveja preta, tipo stout, com marca Caracu.

1900

- Criada, na Vila Mariana - SP, a Cervejaria Guanabara (onde a maior parte dos empregados eram alemães que moravam próximo.  

1901

- 7 de outubro - a Preiss Haussler registra a cerveja “Excelsior”.

- 17 de outubro - a Preiss Haussler registra a cerveja “Teutonia”.

- 17 de outubro - a Preiss Haussler registra a cerveja “Munchen-Bock”.

1902

- É inaugurada, em Belo Horizonte - MG, a fábrica de cerveja Renânia.

- A Brahma passa a produzir as marcas "Ypiranga".

- 17 de abril - a Brahma registra a cerveja “München”.

- 25 de agosto - a Brahma registra a cerveja “Brahma Porter”.

- 25 de agosto - a Brahma registra a cerveja “Guarany”.

- 29 de agosto - o Jornal do Comércio publicou:

“Depois de diversas tentativas malogradas, no sentido de serem transferidas para um sindicato estrangeiro as ações da Fábrica de Cerveja Paraense, resolveu a diretoria da mesma continuar as obras do prédio em que vai funcionar o estabelecimento, já estando pronto o terceiro corpo do edifício. Todo o mecanismo está sendo montado sob a direção técnica do gerente Emilio Hofmann. A diretoria pretende inaugurar a Fábrica de Cerveja Paraense antes do fim do ano”.

1903

- 5 de janeiro - a Brahma registra a cerveja “Bock-Ale”.

- 1 de julho - A Cervejaria Mora formalizou-se como indústria, tornando-se a Fábrica de Bebidas Cascata, ganhou notoriedade pela produção das cervejas “Cascata Preta” e “Cascata Branca”, na Cascatinha - Petrópolis - RJ.

Em 1903, ano em que a Cervejaria Mora de Petrópolis – RJ, se tornou na Fábrica de Bebidas Cascata, produtora das cervejas “Cascata Preta e Cascata Branca”.

1904

- A Antarctica adquire o controle acionário da Cervejaria Bavária, localizada na Moóca - SP, onde instala a sede do grupo.

- 12 de agosto - nasce a Companhia Cervejaria Brahma, resultante da fusão entre a Georg Maschke & Cia. - Cervejaria Brahma e a Preiss Häussler & Cia. - Cervejaria Teutônia.

- A produção de “chope em tonéis” chega a 6 milhões de litros e a distribuição conta com 9 depósitos situados no centro do Rio de Janeiro.
Neste momento, foram disponibilizadas 25.000 ações à participação pública.

- 30 de agosto - através do decreto 5298 é dada autorização para funcionamento da Brahma.

- Caetano Carmignani, nascido em Monte Carlo na Itália, chegou ao Brasil em 1887 com 12 anos de idade indo residir nas proximidades de Pirassununga - SP, resolve instalar uma fábrica de cerveja e para isto adquire da Família Barão de Rezende uma área de 1.000 metros quadrados onde constrói a fábrica e a sua residência.

- A fábrica de Friedrich Wilhelm Metzenthin, em Ponta Grossa - PR, passa a se chamar Cervejaria Oceana.

1905

- 25 de setembro - a Brahma registra a cerveja “ABC”.

1906

- 29 de julho - a Cervejaria Kuhene, cujo gerente era Guilherme Walter e ficava na antiga Rua da Cerveja, lança a marca “Progresso 1906” em comemoração da inauguração da estação ferroviária de Joinville - SC. (primeira marca comemorativa)

- É constituída a firma H.Ritter & Filhos. Mudam-se para a Voluntários da Pátria em Porto Alegre – RS, em um prédio próprio e imponente.
Gozando de instalação elétrica e depósitos frigoríficos, a produção diária de 15.000 garrafas e 20.000 Kg de gelo, concorreria com a Cervejaria Cristoffel, então a maior. A cerveja “Capital” tornou-se a marca preferida da Ritter.

- Começa a funcionar a Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, em Campinas - SP.

1907

- 1 de abril - a Brahma registra a cerveja “Bock-Crystal”.

- A primitiva fábrica de cerveja de Caetano Carmignani, em Pirassununga - SP, com a aquisição de máquinas e equipamentos, começa a fabricar a cerveja preta Cavalinho e “refrigerantes naturais”.

- A Brahma desativa a fábrica da Teutonia em Mendes - RJ, por ser impraticável a comunicação permanente, e traz para o Rio de janeiro - RJ o seu maquinário.

Em 1907, a fábrica de cerveja Caetano Carmignani, em Pirassununga, começa a elaborar a cerveja preta “Cavalinho”, isto após adquirir novas máquinas e equipamentos.

1910

- 5 de janeiro - a Brahma registra a cerveja “Bramina”.

- 8 de agosto - a Brahma registra a cerveja “Bull Bock”.

- A Cervejaria Oceana, de Ponta Grossa - PR, lança a pedra fundamental da nova fábrica, na mesma Rua Augusto Ribas, número 245 e 251, em frente à antiga fábrica.

1911

- 3 de fevereiro - a Brahma registra a cerveja “Colombo”.

- A Antarctica inaugura, na cidade de Ribeirão Preto no interior de São Paulo, sua primeira filial.

- 25 de setembro - a Brahma registra a cerveja “Rainha”.

1912

- É instalada a Cervejaria da Ponte na Rua XV de Novembro, próximo à ponte do rio Monjolo em Palmeira - PR, pela Família Ristow, fabricando cerveja preta e branca da marca “Peixe”.

- 1 de setembro - falece, aos 58 anos de idade, o Sr. Pedro Antônio Freez, sócio-fundador da Cervejaria Poço Rico.

- 1 de novembro - é inaugurada a Cervejaria Tripolitana, fabricante da cerveja “Tripolitana”, instalada em ótimo prédio com todos os requisitos de higiene e capricho, em Cachoeiro do Itapemirim - ES, por Ângelo Maria Mignone, italiano que chegou ao Brasil em 1897, alfaiate de profissão e proprietário da Alfaiataria Internacional.

- 23 de dezembro - a Brahma registra a cerveja “Cavalleira”.

Em 1912, é inaugurada a Cervejaria Tripolitana, fabricante da “Tripolitana” e com sede em Cachoeiro do Itapemirim – ES.

1913

- 25 de abril - é fundada em Ribeirão Preto - SP a Companhia Cervejaria Paulista.

- O estado do Rio Grande do Sul já conta com “134 cervejarias”.

1914

- 16 de janeiro - a Brahma registra a cerveja “Carioca” e cerveja “Suprema”.

- 16 de julho - a Brahma registra a cerveja “Malzibier”.

- 20 de julho - a Brahma registra a cervja “Fidalga”.

- Inaugurada a fábrica da Companhia Cervejaria Paulista (fabricante das cervejas Niger, Poker e Trust).

Em 1914, a 1ª Guerra Mundial não trouxe grandes alterações ao panorama cervejeiro do Brasil.
O fato da guerra se desenrolar principalmente na Europa e de a importação de cerveja estrangeira ser diminuta ou mesmo nula, fez com que não só o consumo como também a produção, se mantivesse a níveis bastante elevados e em franco crescimento.

- Das poucas notícias que nos chegaram relativamente à influência que esta guerra teve na indústria cervejeira brasileira, há que destacar o fato da viúva Kremer, proprietária da Cervejaria Germânia, ter sentido a necessidade de alterar o nome da sua empresa para Cervejaria Americana.
Notou-se um ligeiríssimo abrandamento no lançamento de novas marcas no mercado.

- A Companhia Cervejaria Paulista passou a distribuir: - a Níger, Poker e Trust.

1916

- A Brahma vende ao Frigorífico Anglo as instalações da antiga fábrica da cerveja Teutonia de Mendes - RJ.

- Visita de Santos Dumont a fábrica da Antarctica.

1917

- É criada a Companhia Cervejaria Adriatica S.A., por Alberto Thielen, transformando em sociedade anônima a já existente Cervejaria Adriatica, antiga fábrica de cerveja de seu pai, Henrique Thielen, em Ponta Grossa - PR.

O fim da década de 1910, é atingido rapidamente, sem que aconteçam alterações substanciais no tecido empresarial e no mercado cervejeiro brasileiro.
Durante este período, assistiu-se à consolidação da Cervejaria Brahma como a mais influente e dinâmica da sua área.

1920

- A Cervejaria Oceana, de Ponta Grossa - PR encerra suas atividades.

1921

- É anunciado no jornal:

“A Companhia Cervejaria Adriática S/A ("palácio do néctar espumante"), à frente o dinâmico cel. Henrique Thielen, joga no mercado quinze mil dúzias de "Adriática Pilsen, Adriática Poschorr, Operária, Primor" e a muito afamada “Cachorrinha”, todas “leves e límpidas no seu amarello-topazio”.

Em 1921, a Cervejaria Brahma adquire a Cervejaria Guanabara, uma das mais antigas do país, confirmando assim a sua vocação expansionista.
O crescimento da Brahma era, logicamente, combatido por outras fábricas e marcas, quer isso se fizesse através do lançamento de novos produtos, quer através da utilização de meios publicitários.
Uma das firmas que se entregou a essa “luta” foi a Companhia Cervejaria Adriática, que anunciava nos jornais com relativa freqüência.
Num desses anúncios, a Adriática mencionava: - a entrada no mercado de 15 mil dúzias de “Adriática Pilsen”, “Adriática Poschorr”, “Operária e Primor”, assim como “da muito afamada Cachorrinha”, todas “leves e límpidas no seu amarello-topázio”.

1923

- É inaugurado o novo edifício da Companhia Cervejaria Adriatica, em Ponta Grossa - PR.

1924

- A Cervejaria Bopp se une à Cervejaria Sassen e à Cervejaria Ritter e criam a Cervejaria Continental (Cervejaria Bopp, Sassen, Ritter e Cia Ltda.)

1927

- É fundada por Otto Loeffler a Cervejaria Loeffler, em Canoinhas - SC, fabricando o chope claro de baixa fermentação marca “Jahú”, marca em homenagem a travessia do Oceano Atlântico feita por João Ribeiro de Barros em pequeno hidroavião chamado Jahú que saiu da cidade paulista de Jaú em direção à Europa.

1928

- A Companhia Cervejaria Adriatica, começa a fabricar refrigerantes, e engarrafar água mineral.

1930

- A Cervejaria Rio Claro (futura Caracu) passa a pertencer à Família Scarpa.

- A Cervejaria Loeffler começa a fabricar o chope escuro marca “Nó de Pinho”.

- Falece Henrich Feldmann Senior, seu filho assume a Cervejaria Feldmann e altera seu nome para Kranapel e passa a produzir também licores.

- É instalada a Fábrica de Cerveja Camponesa, em Capinzal - SC.

- A Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, lança a cerveja preta “Mossoró”, criada em homenagem ao cavalo que ganhou o 1º Grande Prêmio.

1932

- 7 de novembro - Caetano Carmignani (cerveja preta Cavalinho) veio a falecer, com sua morte a empresa passou a pertencer aos filhos com a denominação Carlos Carmignani e Irmãos.

1933

- 9 de setembro - falece em sua residência, na Rua Osório de Almeida no. 999, o Sr. Francisco Freez, um dos fundadores da Cervejaria Poço Rico.

1934

- A Cerveja da Brahma foi engarrafada e passou a se chamar “Brahma Chopp”.
No carnaval a grande novidade foi o lançamento da cerveja em garrafa.
A Brahma Chopp passou a ser a cerveja mais consumida do país e alcançou 30 milhões de litros de cerveja produzidos.

1938

- É iniciada a construção do prédio da Cervejaria Catarinense em Joinville - SC.

1939

- É fundada, na histórica cidade de Itu - SP, a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A. Que no início se limitou à produção de refrigerantes.

1940

- Os proprietários da Companhia Antarctica Paulista, Antonio e Helena Zerrener, alemães de nascença, faleceram e não deixaram herdeiros, a Companhia foi incorporada ao patrimônio da União e os diretores brasileiros compraram da União a companhia e fundaram a Cia. Brasileira de Bebidas e Conexos Antarctica, com fábricas no Bom Retiro (cerveja progresso e cerveja preta) e na Móoca (cervejas claras e conexos).

1941

- A Cervejaria Continental instala o primeiro campo experimental de cevada no Brasil em Gramado - RS.

- A Cervejaria Kranapel (Feldmann) é comprada por Claus Feldmann que também adquire a fábrica de cerveja Malta e Massarandubense.

1942

- É inaugurada a Cervejaria Catarinense, com a conclusão da construção de seu prédio em Joinville - SC, tendo Werner Metz como seu diretor-presidente.

1943

- Com extrato forte e encorpado, é lançada a “Brahma Extra”.

1945

- É constituída a Cervejaria Polar pela Companhia Antarctica Paulista de Bebidas.

- A Cervejaria Adriatica é vendida para a Companhia Antarctica Paulista de Bebidas.

1946

- A Brahma assume o controle do “maior grupo cervejeiro” do Rio Grande do Sul. Bopp, Sassen, Ritter & Cia. Ltda - Cervejaria Continental, cem anos de uma autêntica tradição, erguida e mantida por famílias imigrantes.

- A Sociedade Coletiva Mora & Cia., em Petrópolis - RJ é transformada em sociedade anônima constituindo a Fábrica de Bebidas Cascata S/A.

1953

- janeiro - É constituída a Cervejaria e Maltaria da Serra Ltda., em Getúlio Vargas - RS.

1954

- A Antarctica inaugura sua “Maltaria” no Jaguaré em São Paulo.

- A Brahma aos 50 anos já tem 6 fábricas e 1 Maltaria.

1956

- É constituída pela Antarctica a Dubar S.A. - Indústria e Comércio de Bebidas.

- É fundada, em Assis - SP, a Indústria de Bebidas Cristalina, no início dedicada somente a fabricação de refrigerantes.

1957

- A Antarctica adquire, em Campinas - SP, o prédio da antiga Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, transformando-a em depósito de sua fábrica ao lado.

- 24 de junho - A Cervejaria e Maltaria da Serra Ltda., lança a cerveja “Serramalte”.

1959

- A Família Ruschel cria a Cervejaria Polka, em Feliz - RS.

1960

- A Cervejaria Kranapel (ex-Feldmann) deixa de produzir cerveja e se dedica à produção de outras bebidas.

- A Antarctica, em 75 anos de história, a capacidade de produção de cervejas e refrigerantes cresceu cerca de 100 vezes, atingindo 3,9 milhões de hectolitros/ano.

- A Brahma inaugura sua nova filial em Agudos, interior de São Paulo, antiga Companhia Paulista de Cerveja Vienense.

1961

- O controle acionário da Cervejaria Bohemia é adquirido pela Companhia Antarctica Paulista, através dos Diários Associados, pelo jornalista Carlos Rizzini, então presidente da Cervejaria Bohemia que nessa época tinha uma produção de 10.000 dúzias de garrafas por mês.

1962

- A Brahma inaugura mais uma filial na cidade do Cabo, em Pernambuco.

1964

- A Cervejaria Continental é incorporada à Brahma, passando a ser filial Rio Grande do Sul.

- É criada na Europa a “Skol” por um grupo formado por seis cervejarias dentre elas a Sociedade Central de Cervejarias Portuguesas.

1965

- Iniciam-se os trabalhos das primeiras revendas exclusivas Brahma, constituídas em sua maioria por antigos funcionários da empresa.

1966

- Nasce a Cerpa (Cervejaria Paraense), instalada numa área de 157.633 m2, às margens da Baía do Guajará, em Belém - PA .

1967

- A Skol se associou ao Grupo S (Scarpa), dono de quatro cervejarias: - Rio Claro (Caracu), Santista, Cayru e Londrina, passa se chamar Indústrias Reunidas Skol-Caracu S/A e lança a “Skol Pilsen”.

1968

- É instalada a Companhia Alterosa de Cervejas, em Vespasiano - MG.

- A Brahma inaugura a sua Estação Experimental de Cevada no Rio Grande do Sul para testar as novas variedades de cevada cervejeira e estudar suas adaptações ao solo e clima da região.

- A Antarctica inaugura duas novas fábricas (Manaus e Minas Gerais).

1970

- A Skol passa seu controle acionário para BRASCAN, grupo de empresários brasileiros e canadenses.

1971

- A Brahma adquire a fábrica Astra S.A e conquista uma forte liderança para fabricação e distribuição de seus produtos no Norte e Nordeste do Brasil.

- A Skol lança a “primeira cerveja em lata” do Brasil em folha de flandres.

1972

- A Antactica adquire o controle acionário da Cervejaria Polar no Rio Grande do Sul, e a Cervejaria de Manaus S.A - Cerman.

- A Brahma associa-se à Fratelli Vita e introduz três marcas de bebidas sem álcool: - a Sukita, o Guaraná Fratelli e a Gasosa Limão.

- Foi nesse ano também que a Brahma Agudos lança a “Brahma Chopp e a Brahma Extra em lata” de folha de flandres.

1973

- A Companhia Antarctica Paulista fundiu-se com sua grande rival, a Companhia Cervejaria Paulista, tornando-se a Cia. Antarctica Niger.

- A Antarctica adquire a Cervejaria Pérola de Caxias do Sul - RS e a Companhia Itacolomy de Pirapora - MG.
São constituídas as filiais em Goiânia - GO, Montenegro - RS, Rio de Janeiro - RJ e Viana - ES.
Ainda, é criada a Sociedade Agrícola de Maués S.A, para processar sementes de guaraná e é formada a Fazenda Santa Helena, para pesquisa e plantio de guaranazeiros.

1975

- Construída pela Antarctica a sua filial no Rio Grande do Sul.

1976

- Construída pela Antarctica a sua filial em Teresina - PI.

1977

- A Brahma lança sua “linha de refrigerantes”.

- A Antarctica amplia a sua Maltaria em São Paulo e adquire uma área de 14,32 hectares em Paulo de Frontim - PR para pesquisa e experimentação agrícola com a cevada cervejeira.

1978

- A Brahma lança em Curitiba - PR o “primeiro Curso de Cervejeiro Prático” da América Latina.

- A “Brahma Chopp” é lançada em garrafa personalizada de vidro na cor âmbar (antes era engarrafada em vasilhames de qualquer cor).

- A Antarctica dá início a sua primeira franquia de refrigerantes e inaugura uma Filial no Rio de Janeiro - RJ.

1979

- A Antarctica inicia as suas exportações para a Europa, Estados Unidos e Ásia.

1980

- março - a Antarctica adquire o controle da Cervejaria Serramalte com suas fábricas de Getúlio Vargas e Feliz - RS.

- A Antarctica atinge 16,4 milhões de hectolitros/ano e adquire o controle da Companhia Alterosa de Cervejas, em Vespasiano - MG.
Iniciam-se as obras da fábrica associada Arosuco - Aromas, Sucos e Concentrados S.A, no Rio de Janeiro.

- É lançada a “Brahma Beer”, uma cerveja própria para exportação.

- A Brahma adquire o controle acionário das Cervejarias Reunidas Skol/Caracu S.A.

- Luiz Otávio Possas Gonçalves um dos principais acionistas do Grupo Gonçalves-Guarany proprietário, desde 1947, de duas grandes engarrafadoras de Coca-Cola no estado de Minas Gerais resolveu fabricar cerveja.
Arriscou todo o capital de que dispunha na construção de uma cervejaria (Cervejaria Kaiser), em Divinópolis - MG e em nove meses já colocava a sua primeira garrafa no mercado.

1982

- A Antarctica inaugura sua unidade de recebimento, armazenagem e beneficiamento de cevada cervejeira na cidade de Lapa - PR.

- A Brahma lança a “primeira cerveja Light” do Brasil com baixa fermentação e baixo teor alcoólico.

- 22 de abril - é lançada a Cerveja “Kaiser”.

- A Cervejaria Kaiser investe na aquisição da Cervejaria Mogiana, de Mogi-Mirim - SP, então fabricante da cerveja “Inglesinha”, esta fábrica foi comprada por Biagi quando era executivo da Companhia Ipiranga de Bebidas (engarrafadora de Coca-Cola em Ribeirão Preto), compra feita por telefone, sem conhecer.
“Era uma cervejaria tradicional, mas antiquada. A diferença foi a estratégia, pois, na época, convidamos os fabricantes de Coca-Cola da região Sudeste a serem sócios do empreendimento”.

- A Indústria de Bebidas Cristalina começa a introduzir a cerveja “Malta” (1000 litros/mês).

1983

- Início da produção dos produtos Antarctica na filial de Teresina - PI.

- É lançada, em Washington e Filadélfia, nos EUA, a cerveja “Brahma Beer”.

- final do ano - Início de produção das Cervejarias Kaiser de Mogi-Mirim - SP e Nova Iguaçu - RJ.
A Cervejaria Heineken da Holanda passa a dar assistência técnica à Kaiser.

- É fundada a Cervejaria Belco em Botucatu - SP, a empresa foi instalada onde antes funcionava a Belgiun Co. uma cooperativa de produção que reunia os remanescentes da colonização Belga na região.
A formulação do nome veio de forma natural com as sílabas iniciais da cooperativa.
A primeira unidade de produção tinha capacidade de 3.600 hectolitros/ano comercializados em barris de madeira na forma de chopp.

1984

- Firmado acordo da Brahma com a PepsiCo Internacional para fabricação, comercialização e distribuição do refrigerante “Pepsi Cola” no Rio de Janeiro, além de operar três fábricas no Rio Grande do Sul.

- fevereiro - a Brahma lança a cerveja “Malt 90”. Era uma cerveja clara, tipo “Pilsen”, de médio teor alcoólico, sabor suave e de excelente sabor.

- A Coca-cola Internacional compra 10% da Cervejaria Kaiser, entrando na sociedade.

- A Indústria de Bebidas Cristalina lança comercialmente a cerveja “Malta Chopp” (3.600 litros/mês).

1985

- O jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung” destaca a Brahma como a empresa de “cerveja” do mundo.

- Iniciam-se as construções da fábrica da Antarctica em João Pessoa - PB.

1986

- A Brahma Beer Brazilian Pilsener é lançada no mercado de Tóquio.

- A Cerveja Kaiser já está em Goiás, região de Brasília e Mato Grosso.

1987

- É inaugurada pela Brahma uma unidade piloto para o desenvolvimento de produtos no Laboratório Central no Rio de Janeiro.
É adquirida a Fábrica de Refrigerantes Refinco.

- setembro - entra em funcionamento uma nova unidade de fabricação da Cerveja Kaiser em Jacareí - SP.

- é fundada a Cervejaria Krill, em Estância do Socorro - SP, por um grupo de empresários paulistas que compraram, na década de 80, a Indústria de Bebidas Mantovani (fernet, licores, conhaques).

1988

- Inaugurada a fábrica Cebrasp - Companhia Cervejaria Brahma em Jacareí, São Paulo.

- Inaugurada a Fábrica de Cervejas Antarctica, no Rio de Janeiro com capacidade de produção de 3,5 milhões de hectolitros/ano.
Inicia-se a produção na fábrica Antarctica de João Pessoa - PB.

- Fevereiro - Lançada pela Amazon Inc., no mercado americano, a cerveja preta “Xingu”, fabricada pela Cervejaria Independente, em Toledo - PR.

1989

- São constituídas mais 4 unidades fabris na Antarctica: - Filial Jaguariúna - SP, Filial Canoas - RS, Filial Cuiabá - MT e Filial Rio Grande do Norte.

- A Skol lança a “primeira cerveja em lata de alumínio”.

- maio - A Schincariol passa a produzir a sua “primeira cerveja”, tipo “pilsen”.

1990

- O Grupo Brahma, incluindo a Skol, passa seu controle acionário para o Grupo GARANTIA.

A Brahma lança o “Projeto Brahma para Reciclagem” que foi pioneiro na abordagem da reciclagem frente à comunidade.

- A Indústria de bebidas Cristalina lança a nova “Malta”.

- A Skol lança a “Skol Fest”, cerveja em lata de 5 litros.

- A Antarctica lança a cerveja “Bavária Premium”.

1991

- Inauguração das fábricas da Antarctica do Rio Grande do Norte e Canoas - RS. É adquirida também, uma nova área de 40,2 hectares em Lapa - PR para incremento dos trabalhos de pesquisa com cevada cervejeira nacional.

- A Antarctica lança a “primeira cerveja sem álcool” do Brasil, a “Kronenbier”.

1992

- A Brahma Chopp é exportada para a Argentina.

1993

- É inaugurada a filial Jaguariúna da Antarctica e constituída uma nova filial no Ceará.

- A Skol lança a “Skol Pilsen” em embalagem descartável de vidro de 350 ml com tampa de rosca chamada de “long neck” e em “lata de alumínio com 500 ml” (o latão).

- A Skol desativa a fábrica de Rio Claro - SP, transferindo-se para a fábrica de Agudos - SP.

- É criada a Cervejaria Petrópolis S/A, em Petrópolis - RJ, por um grupo de empresários que se associaram e compraram algumas máquinas, equipamentos e um terreno às margens da Rodovia Br 040 - Km 51.

1994

- A fábrica Antarctica do Rio Grande do Norte é inaugurada.

- A Brahma inaugura uma filial em Lages - SC e a fábrica em Luján na Argentina e adquire a Companhia Anônima Cervecera Nacional na Venezuela.

- Mudança da Administração Central da Brahma do Rio de Janeiro para São Paulo.

- abril - A Skol lança sua cerveja “Bock”.

- 29 de julho - a Cervejaria Petrópolis realiza a festa de lançamento da cerveja “Itaipava” no Shopping Vilarejo contando com muitas pessoas da sociedade Petropolitana.

- 1 de agosto - saída do primeiro caminhão de entrega da cerveja “Itaipava” para os distribuidores previamente cadastrados.

- novembro - a Skol lança a “Skol Ice” em lata e long neck, uma cerveja refrescante produzida com o processo “ice process”, inventado pela Cervejaria Labatt, no Canadá, em 1993, onde parte da água da cerveja é retirada por congelamento.

- A Antarctica lança sua cerveja “Bock”. E também lança novas embalagens: - long neck e six pack para suas cervejas.

- É lançada a cerveja “Krill”, pela Cervejaria Krill, de Estância do Socorro - SP.

1995

- A Fornel e Cia. de Capivari - SP, a 40 anos no mercado de bebidas (bebidas Boite Show) lança a cerveja, o chopp e os refrigerantes da marca “Lecker”.

- Os produtos Antarctica passam a ser fabricados em mais duas novas fábricas: em São Luis - MA e em Cuiabá - MT.

- Na Antarctica ocorrem vários lançamentos: - a Cerveja Polar; a Cerveja Polar Pilsen, a Cerveja Antarctica Pilsen Extra em long neck; a Cerveja Antarctica Pilsen em long neck com rótulo metalizado, a Cerveja Kronenbier em embalagem long neck.

- A Miller Brewing Company faz uma “joint venture” com a Brahma para distribuir a “Miller Genuine Draft”.

- A Brahma lança sua cerveja “Bock”.

- A Kaiser inicia a operação de sua unidade de Araraquara - SP.

1996

- É inaugurada pela Brahma a “maior e mais moderna fábrica” da América Latina no Rio de Janeiro, com capacidade anual de 12 milhões de hectolitros. São iniciadas as construções de mais duas unidades: uma em Viamão - RS e outra em Aracaju - SE.

A Fratelli Vita (Brahma) adquire a Marca Marathon e passa a produzir e distribuir um novo isotônico no mercado.

- A Brahma lança a cerveja “Miller Genuine Draft”.

- É lançada a Cerveja Malzbier da Brahma em embalagem long neck.

- A partir de uma proposta de parceria entre a Antarctica e a Anheuser-Busch é constituída a Budweiser Brasil Ltda.

- A Skol fecha um contrato de licenciamento de marca com a cervejaria dinamarquesa Carlsberg.

- A Skol lança a super long neck de 355 ml de padrão internacional, para as cervejas pilsen e Caracu.

- A Kaiser inicia a operação de sua unidade de Ponta Grossa - PR.

- A Indústria de Bebidas Cristalina altera a sua razão social para Cervejaria Malta Ltda., e começa o envase da erveja “Malta” em latas.

- A Cervejaria Krill adquire uma linha de produção mais moderna, munida de centrais computadorizadas, dando início ao grande projeto da cerveja “Krill”.

- A surge a Cervejaria Kilsen

- 4 de outubro – surge a Cervejaria Borck

- A Cerpa lança a “Draft Beer”, que não passa pelo processo tradicional de pasteurização e sim, por um grande sistema de filtros de celulose.

1997

- É constituída a Subsidiária Integral Antarctica U.S.A Inc., sediada em Miami, para possibilitar a distribuição do “Guaraná Antarctica” nos Estados Unidos.

- A Antarctica lança a cerveja “Bavária Pilsen” em embalagens descartáveis de vidro de 600 ml.

- A Antarctica e Anheuser-Busch lançam no país a cerveja “Budweiser” em garrafa de 600 ml.

- A Antarctica fecha a fábrica de Feliz - RS.

- A Brahma adquire a concessão para fabricar, comercializar e distribuir a marca Lipton Ice Tea no mercado de bebidas não alcoólicas.

- A filial Brahma em Sergipe é inaugurada.

- A Skol passa a distribuir a “Carlsberg Beer” no Brasil e lança a latinha de boca larga.

- setembro - o Grupo CINTRA, com atuação em diferentes áreas como: - petróleo, imobiliária, energia eólica e água mineral compra da Cervejaria Kaiser a fábrica de Mogi-Mirim - SP.

1998

- A Brahma Chopp passou a ser exportada para a Europa, iniciando seu ingresso no mercado estrangeiro pela França.

- A Brahma inaugura a unidade fabril de Viamão - RS.

- A “Bavária Pilsen” é lançada em garrafa 600 ml descartável e também a “primeira cerveja com rótulo pirogravado”: - a long neck ACL (Applied Color Label).

- junho - surge a fábrica da Kaiser em Gravataí - RS.

- julho - a Cervejaria Petrópolis cria um novo rótulo e moderniza a logomarca da cerveja “Itaipava”.

- agosto - a Cervejaria Petrópolis é vendida a um novo grupo de investidores que investe na aquisição de novas máquinas e equipamentos e na expansão da fábrica.

- A Skol relança a cerveja “Caracu” em lata.

- outubro - A Cervejaria Independente, de Toledo - PR, lança a cerveja pilsen “Palma Louca Pale Pils”.

1999

- A Antarctica lança a lata “Festa” para a “Antarctica Pilsen” com 237 ml.

- A Brahma Chopp, em comemoração à chegada do novo milênio, lança embalagem comemorativa que lembra as garrafas de “Champagne”.

- A Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma comunicam a criação da Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV), resultante da fusão de ambas.

- setembro - a Companhia Cervejeira Schattemann de Montenegro - RS, passa a produzir a cerveja “Helles”.

- dezembro - lançada a cerveja “D'Ávila Beer” no interior da Bahia (Feira de Santana, Itabuna e Ilhéus), o novo produto representa a entrada da Dias D'Ávila, tradicional fabricante de água mineral - fundada em 1950 - do grupo paraibano Serigi, no mercado de cervejas.

2000

- fevereiro - A Cervejaria Belco NE inicia suas atividades na cidade do Cabo - PE.

- março - após 9 meses de uma longa trajetória, é noticiado o que todos aguardavam:
AMBEV nasce como a 5ª maior empresa de bebidas do Mundo”.
Mas permanecem as duas marcas no mercado (Brahma e Antarctica), associando, também, as cervejas Skol, Bohemia, Kronenbier, Caracu, Carlsberg, Miller, Polar e Serramalte.

A Bavária é vendida para a canadense Molson Inc. a mais antiga cervejaria da América do Norte e a maior do Canadá.

- Antarctica muda toda sua programação visual, nova cor, novo rótulo e nova campanha de comunicação cujo Slogan era: - “Mudou ou não mudou?”.

- São lançadas as “embalagens termossensíveis” da Brahma, que indicam se a cerveja está gelada no ponto certo para o consumo.

- A AMBEV adquire a Salus (em parceria com a Danone) e a Cimpay, no Uruguai.

2001

- janeiro - A Cervejaria Colônia de Toledo - PR lança a cerveja premium brasileira “Sambadoro”, que somente é vendida no exterior.

- 16 de fevereiro - é lançada a cerveja “Guitt's” pela Refrigerantes Convenção, a capacidade instalada da cervejaria é suficiente para produzir 300 mil hectolitros anuais.

- março - a Krones, maior fornecedora de máquinas para o segmento de bebidas do mundo, consolida uma parceria com a Casa di Conti, fabricante do tradicional vermute “Contini”, formando a Cervejaria Conti e ainda neste ano é iniciada a produção da cerveja “Conti” com uma capacidade de 300 mil hectolitros/ano.

- Foi oficializada durante a EXPOAGAS - Convenção Gaúcha dos Supermercados que a Montecarlo Indústria de Bebidas, de Flores da Cunha - RS, irá atuar no segmento de cervejas com a marca “Bonanza”.

- 11 de julho - a Antarctica passa a explorar um novo ícone de comunicação: - Sorriso. Desde então passa a assinar: - “Com Antarctica é mais gostoso”.

- A Kaiser anunciou uma nova marca de cerveja pilsen, batizada de “Santa Cerva”, para entrar em um segmento que movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano.

- A AMBEV adquire os ativos de uma cervejaria no Paraguai e inicia a produção de cerveja naquele país, faz o lançamento do “Guaraná Antarctica” em Portugal e Porto Rico.

2002

- 18 de março - a canadense Molson Inc. compra a Kaiser, por US$ 765 milhões. A operação envolveu a aquisição das Cervejarias Kaiser Brasil S.A, Cervejarias Kaiser Pacatuba S.A., Cervejarias Kaiser Nordeste S.A., Cervejarias Kaiser Goiás S.A., com a transferência de 100% das ações da Bavária Ltda., ficando somente a denominação Cervejarias Kaiser Brasil S.A.

- maio - É inaugurada a Cervejaria Sudbrack, produzindo as cervejas Eisenbahn, Dunkel, Pale Ale e Weizenbier.

- agosto - O grupo Tucabairros Bebidas, de Guarapuava - PR, lança a cerveja Spam.
- A AMBEV anuncia a aliança com a Quilmes, por meio da associação chega ao Chile e a Bolívia, faz parceria com a CabCorp, engarrafadora Pepsi na América Central. Começa a construção da Cervejaria Rio na Guatemala, relança o Guaraná Antarctica na Espanha e no Japão, durante a Copa do Mundo.

2003

- fevereiro - a Cervejaria Teresópolis, uma divisão industrial da tradicional Bebidas Comary, líder de mercado em compostos alcoólicos lança a cerveja Lokal Bier, após investir cerca de 40 milhões de dólares. O resultado de um trabalho que começou na aquisição de uma área de 160 mil metros quadrados na zona rural de Teresópolis - RJ e fez nascer um parque industrial de última geração, pode ser sentido ao se ver cerca de 40 mil garrafas serem enchidas por hora e mais de 1,5 milhão de litros de cerveja sendo preparados a cada 14 dias nos tanques de aço inoxidável. Inicialmente a cervejaria produzirá 120 milhões de litros de cerveja por ano, com previsão de chegar aos 360 milhões em dois anos, o que representa consideráveis 6% da fatia de mercado da região sudeste. Sem o formato de uma indústria clássica, a Lokal Bier ocupa as margens da BR 116, na localidade de Serra do Capim (2º Distrito de Teresópolis - RJ), a Lokal Bier já entra na disputa pela preferência dos consumidores com toda a linha de produtos, Long Neck (355 ml), lata (350 ml) e garrafa (600 ml), oferecidos por 130 mil pontos de venda em cinco Estados.

- 2 julho - A Frevo Brasil Indústria de Bebidas, de Recife - PE, antecipou o lançamento de sua cerveja pilsen. O produto era esperado pelos concorrentes para janeiro de 2004. A empresa investiu 20 milhões de reais para implantar a cervejaria, que funciona dentro da fábrica da Frevo em Recife.

O lançamento coincide com o aniversário de seis anos da Frevo, completados nesta terça-feira. A cerveja pernambucana será comercializada no Nordeste em garrafas retornáveis de 600 ml, long-neck e latas. As máquinas entram em funcionamento na semana que vem, e a expectativa de produção é de cinco milhões de litros de cerveja por mês. A empresa quer abocanhar 10% do mercado nordestino no primeiro ano do lançamento.
- A AMBEV inaugura a Cervejaria Rio na Guatemala, adquire os ativos da Embotelladora Rivera no Peru, adquire o controle da Cerveceria SurAmericana no Equador.

2004

- 12 de fevereiro - a AMBEV fecha parceria com a Embodom, da República Dominicana

- 23 de abril - é fundada a cervejaria Bierbaum, pelos sócios: os irmãos Karl, Rose Marie, Markus e Ricardo Bierbaum e Josef Suppan, na Rua Dr. Gaspar Coutinho 441, em Treze Tílias - SC, com capacidade de produção de 20 mil litros, produzindo cervejas nos tipos: pilsen, stout, bock e pale ale, sob a marca Edelbier.

- maio - é fundada a cervejaria Falken Bier, após 15 anos produzindo cerveja caseira para consumo próprio, pelos irmãos Marco Antonio, Juliana e Ronaldo Falcone que passam a produzir comercialmente a cerveja Falke em Ribeirão das Neves - MG.

- INBEV

- agosto - a Cervejaria Sul Brasileira lança a Cerveja Colônia Negra, uma cerveja escura, de baixa fermentação, do tipo stout (cerveja forte).

- agosto - Com a conclusão da montagem da fábrica da União das Devassas Cervejaria Ltda., na Rua Santo Cristo 70 e 74, na zona portuária do Rio de janeiro - RJ, é iniciada a fabricação das Cervejas Devassa, produzindo as cervejas Devassa Loira (pilsen), Devassa Ruiva (pale ale) e Devassa Negra (dark lager), antes fabricada pela Brewtech.

- 12 de setembro - Após um ano e meio de desenvolvimento, é lançada a Cerveja Coruja, dos sócios Micael e Jesael Eckert, Carlos Lança, Rafael Rodrigues e do mestre-cervejeiro Michel Yepes. Esta cerveja é produzida na Cervejaria Maspe (cerveja gool), em Teutônia - RS, produzindo a Coruja cerveja viva com 4,5% de alcool. A cerveja Coruja não é pasteurizada, por isso é chamada de "cerveja viva", é apresentada em garrafa de 1 litro parecida com um frasco de remédio antigo, não tem rótulo adesivado, o logo é impresso diretamente no vidro.

- 15 de setembro - É lançada no mercado do estado do Rio de Janeiro a cerveja Buena, pela fábrica de refrigerantes Pakera, fabricante do guaraná Tobi e do refrigerante Grapete. "Fica na Buena" é o conceito que foi desenvolvido para lançar o produto.

- 28 de setembro - a AmBev coloca no mercado a cerveja Serrana, com uma receita inédita elaborada a partir de várias fórmulas, datadas do início do século XX, encontradas na fábrica da cervejaria Antarctica durante a catalogação do Projeto Memória Viva da empresa. É o primeiro produto desenvolvido a partir destes documentos históricos. "O lançamento de Serrana está baseado em uma forte tendência nostálgica dos consumidores que busca resgatar valores e sabores de épocas em que as boas coisas da vida eram feitas devagar e à mão. É a procura por tempos mais calmos".

 - 05 de outubro - é iniciada a produção da Microcervejaria Stadt Bier, em Brasília - DF, produzindo a Stadt (cerveja pilsen não filtrada), Kristal (cerveja pilsen filtrada) e Schwarz (cerveja escura), em barris de 10, 15, 20, 30 e 50 litros.

- 20 de outubro - a Cervejaria Sul Brasileira (cerveja Colônia), lança a cerveja Donna's Beer, em Curitiba - PR, cerveja dedicada ao público feminino, com aroma e sabor delicados, suaves e refrescantes, com uma sensação levemente frutada no paladar final, As garrafas são envolvidas por um rótulo sleeve (sistema de rotulagem plástica impresso por rotogravura) importado da França. O rótulo é em tons de prata e vermelho, com detalhes em flores que se destacam na exposição à luz negra.

- 27 de outubro - A Kaiser fecha sua unidade no município de Queimados - RJ, a ação faz parte de um projeto da empresa para reduzir a ociosidade do parque fabril da companhia. O índice ideal de ocupação anual de uma cervejaria no Brasil é de 50% a 70% e a unidade fluminense estava com uma ocupação de apenas 30% ao ano. Parte dos funcionários da unidade desativada será transferida para outras unidades da Kaiser. A fábrica de Jacareí, que fica a pouco mais de 300 quilômetros de Queimados, passará a cobrir duas áreas. Para isso, receberá investimentos de R$ 10 milhões, utilizados para adaptações em sua planta e instalação de equipamentos.

- 08 de dezembro - a Cervejaria Sul Brasileira (cerveja Colônia), começa a distribuir a cerveja Donna's Beer em todos os mercados em que a empresa atua. O principal diferencial do produto, que teve como mercado teste Curitiba, é a suavidade.

- dezembro - Começa a produção da cervejaria Donau Bier, localizada na Colônia Cachoeira, no Distrito de Entre Rios, Guarapuava - PR, pelos descendentes de imigrantes Iugoslavos, Johann Reinerth e seu filho Harry Reinerth que se especializou na fabricação. Com equipamentos e tecnologia moderna, fez um alto investimento para a fabricação do melhor chopp da região segundo os consumidores.

- A AMBEV lança a Bohemia Royal Ale.

- A AMBEV lança a Brahma Liber.

- A AMBEV lança a Skol Big-neck, garrafa de 500ml com tampa de rosca.

- A Primo Schincariol lança a Cerveja NS2, a primeira cerveja aromatizada do Brasil com sabor tequila e limão.

- A firma Coelho & Arantes Ltda., de Águas de Lindóia – SP, que desde 2000 testava e aprimorava sua cerveja, altera sua razão social para Bruge Cervejaria Ltda., passando a produzir comercialmente a Bruge Stout, cerveja de puro malte, não filtrada, envasada em garrafas de 500 ml.

2005

08 de janeiro - a Cervejaria Teresópolis lança a Lokal Dunkel, é o nome do novo produto da planejado para chegar ao mercado mês que vem. Trata-se de uma cerveja escura (este é o significado da palavra dunkel em alemão). Inicialmente, a produção atenderá aos mercados de Rio, Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.

- 25 de Fevereiro - A Schincariol inaugura sua nova unidade em Igrejinha - RS, um investimento que totaliza R$ 170 milhões. A planta vai produzir 150 milhões de litros de cerveja e 50 milhões de litros de refrigerante e água mineral por ano, com geração de 300 empregos diretos e 2,4 mil indiretos. Esta é a sétima unidade do grupo.

- março - É fundada a Cervejaria Heimat, na Rua Marechal Deodoro da Fonseca 1498, bairro Tapajós, em Indaial - SC, região do Médio Vale de Santa Catarina, conhecida como Vale Europeu, devido a alta concentração de imigrantes alemães. Os proprietários são Georg Sigmar Nuber e sua irmã Elisabeth Nuber, descentes de alemães de Lindau, cidade ilha no lago Bodensee, região de Schwaben, na Alemanha. Georg resgatou a receita de seus familiares que já faziam cerveja nos porões das casas medievais, a 700 anos atrás como de costume na região e resolveu fabricar a cerveja aqui, a Heimat, que quer dizer "terra natal" em alemão. A Heimat inciou com capacidade para 6 mil litros e hoje ampliou as instalações, aumentando a produção para 9 mil litros por mês e produzindo cerveja pilsen clara e escura em barris de 50, 30, 20, 15 e 10 litros.

- março - O Grupo Allston Brew, de Jataizinho – PR, passa a produzir a cerveja Guaratuba Chopp.

- 02 de março - a AmBev reinaugura uma fábrica de malte na cidade uruguaia de Paysandú. A empresa investiu US$ 5 milhões na ampliação e modernização da fábrica, que terá sua capacidade de processamento de malte ampliada de 95 mil toneladas por ano para 130 mil toneladas por ano - volume que será praticamente todo exportado para o Brasil.

- 10 de março - a Cervejaria Sul Brasileira/Cerveja Colonia altera seu nome para INAB - Indústria Nacional de Bebidas.

- 03 de maio - A Cervejaria Devassa lança a versão escura de sua cerveja, a Devassa Negra (dark lager).

- Julho - A Kaiser lança versão em lata de sua cerveja Bavaria Premium, uma das mais antigas do Brasil datando de 1877.

- 9 de agosto - Os irmãos Halim e Munir Khalil, fabricantes do Chopp Backer, originalmente o chope oficial da Churrascaria Porcão de Belo Horizonte - MG, atualmente com uma fábrica no bairro Olhos DÁgua e 50 pontos de distribuição no Estado, lançam a Cerveja Backer em garrafa.

- 10 de agosto - É inaugurada a Cervejaria Premium, fábrica de cerveja do Grupo Aralco, em Frutal - MG. Com investimentos de R$ 76 milhões, o projeto implantado em tres etapa, tem capacidade de produzir 35 milhões de litros por ano. A cerveja chega ao mercado com a marca Fass, que significa barril em alemão.

- 4 de novembro - é inaugurada a Cervejaria Riopretana, dos sócios Sergio Reino Francisco, Ruth Elisa Mariano e Volmir Gava, na Vicinal João Parise 1200, em São José do Rio Preto - SP, a principio, produzindo três tipos diferentes da bebida: a pilsen, cerveja clara, de fórmula alemã e de baixo teor alcoólico; a amber, avermelhada de origem belga e a porter, cerveja escura de origens inglesas, ambas com alto teor alcoólico, sob a supervisão do cervejeiro Reynaldo Fogagnolli Jr.

- dezembro - A Cervejaria Premium, do Grupo Aralco, lança a cerveja Fass em lata.
- 5 de dezembro - A Cerveja Frevo é relançada com nova fórmula.

- 16 de dezembro - O Grupo Imperial, de Trindade - GO, fabricante de refrigerantes, após dois anos de de pesquisa e aprimoramento e um investimento de R$10 milhões em equipamentos e infraestrutura, lança uma pilsen escura, a Cerveja Mulata, a primeira cerveja goiana.

- A Primo Schincariol inaugura fábrica em Benevides - PR.

- É fundada a microcervejaria Brüder Bier, na cidade de Lauro de Freitas - BA.

2006

- janeiro - A Kaiser lança a Santa Cerva malzbier.

- 17 de janeiro - a empresa mexicana Femsa assumiu o controle da marca de cerveja, Kaiser, pertencente a Molson Coors. A Femsa pagou US$ 68 milhões por 68% do capital da Kaiser, mais dívidas de cerca de US$ 60 milhões. Outros 15% da empresa continuaram com a Molson e 17% pertencem a holandesa Heineken.
- 25 de janeiro - a Kaiser aproveita o aniversário de 452 anos de São Paulo para lançar na cidade uma nova cerveja de primeira linha, a Kaiser Gold, já existente desde 1995 na região sul. Do tipo pilsen, a bebida, que tem cor dourada e aroma e sabor mais fortes, em embalagens long neck e em garrafas de 600 ml.

- 30 de março - É inaugurada a Martignoni Bier Cervejaria, por Gilberto Martignoni, na rua Pio XII, 2809 esquina com rua Pernambuco em Cascavel - PR.

- 20 de abril - a Ambev anuncia a desativação da fábrica de cervejas de Estrela.

- 21 de maio - a Cervejaria Cintra investe R$2 milhões e lança a Cerveja Mulata, uma mistura de cerveja clara com escura.

- 08 de junho - é inaugurada a Cervejaria Schornstein, em Pomerode - SC, pelos sócios: Gilmar Sprung, Luiz Fernando Selke, Klaus Roeder, Mauricio Zipf, Marcio Kreusfeld e David Roeder que investiram R$500.000,00, com previsão inicial de produção de 6.000 litros por mês e produzindo as cervejas Trink Bier (pilsen cristal, fest e tradicional) e Schorn Bier (bock)

- 18 de julho - A Cervejaria Teresópolis lança a cerveja Therezópolis Gold com receita da cerveja Therezópolis produzida pela antiga cervejaria Claussen & Irmãos que funcionou de 1912 a 1918.

 - Julho - a Indústria de Bebidas Igarassu ltda. (IBI), pertencente ao grupo sergipano Albano Franco, localizada na BR-101 Norte, quilômetro 37, em Igarassu, região metropolitana do Recife - PE, inicia as operações de sua primeira fábrica de cervejas. A unidade foi implantada numa área total de 16 hectares, com 9 mil metros quadrados de área construída. A previsão é que a fábrica gere 170 empregos diretos, mais 300 outros indiretos. A área onde está implantada a indústria cervejeira pertencia à Usina São José e foi adquirida pelo Grupo Albano Franco em maio de 2005. A planta industrial, que representa investimentos de R$ 140 milhões (R$ 70 milhões nesta primeira fase), possui uma capacidade instalada para fabricar 420 mil hectolitros da bebida por ano. A escolha da área pelo empreendedor recebeu forte influência de qualidade e do potencial de vazão do aqüífero Beberibe, de onde será captado o insumo para a produção da IBI. Além disso, o terreno também tem uma localização considerada estratégica, às margens da BR-101, para a distribuição dos produtos da empresa na região.

- 02 de outubro - a Indústria de Bebidas Igarassu (IBI), pertencente ao grupo sergipano Albano Franco, localizada na BR-101 Norte, quilômetro 37, em Igarassu, região metropolitana do Recife - PE, lança a Nobel, sua primeira cerveja, em garrafa e lata.

- 10 de outubro – É fundada a Acerva Carioca - Associação dos Cervejeiros Artesanais Cariocas, associação que visa incentivar o desenvolvimento da cultura da cerveja artesanal, no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, promovendo encontros, palestras, cursos, concursos e degustações das mais variadas cervejas, em grande parte produzidas pelos próprios associados.

- Outubro - É criada a AICCA - Associação de Incentivo à Cultura de Cervejas Artesanais e Especiais com o intuito de incentivar a cultura de apreciação de cervejas artesanais e especiais, apoiando e divulgando os produtores, revendedores, eventos e meios de comunicação que tenham este fim em comum, com o objetivo de beneficiar todos aqueles que se interessam pela degustação e consumo de cervejas diferenciadas.

- 12 de dezembro - Em Florianópolis - SC, é registrado o estatuto da a AICCA - Associação de Incentivo à Cultura de Cervejas Artesanais e Especiais.

- 16 de dezembro - É inaugurada a Cervejaria Das Bier, na rua bonifácio Haendchen, 5311, no bairro Belchior Alto, em Gaspar - SC, com capacidade de produção de 12.000 litros, produzindo cerveja pilsen e a Braunes Ale, uma amber de cor avermelhada bem escura.

– A Bruge Cervejaria Ltda, de Águas de Lindóia – SP, lança a cerveja Bruge Ale.
- A Cervejaria Petrópolis lança a cerveja Crystal sem álcool e as cervejas Itaipava e Crystal pilsen em latas de 473 ml.

- A Cervejaria Teresópolis relança a cerveja Black Princess produzida pela antiga cervejaria Princeza que funcionou de 1882 a 2000.

2007

- janeiro - O Grupo Imperial passa a adotar o nome de Cervejaria Imperial e foca sua produção no segmento de cervejas. Na linha de bebidas fermentadas alcoólicas, a empresa produz as cervejas Mulata e Imperial, o chope Imperial e se prepara para o lançamento da versão long neck da Imperial Beer.

- janeiro - É iniciada a comercialização das cervejas produzidas pela Dana Bier, de propriedade de João Gonçales, o nome Dana surgiu da junção de partes dos nomes de seus dois filhos, Daniel e Ana Teresa, localizada em Aldeia da Serra, Barueri - SP. Tendo começado como hobbie, no dia 27 de maio foi feita primeira cerveja e com o conhecimento, a segurança e indo fundo na criação de receitas suas, no final de 2006 veio a decisão de transformar este hobbie em algo mais sério. Atualmente produzindo cinco tipos de cervejas: Mônica ale, Dani Weiss, Teresa Dunkel, Vivian Strong Ale e Cecília Lager.

- 17 de janeiro - A cervejaria Baden Baden, de Campos do Jordão, famosa por fabricar cerveja de forma artesanal, é vendida para a Schincariol, segundo maior grupo cervejeiro do País.

- 28 de março - A Ambev anunciou a compra das fábricas de Piraí - RJ e Mogi Mirim - SP, do grupo Cintra, por US$ 150 milhões. Na operação, a AmBev comprou a totalidade dos ativos da sociedade Goldensand Comércio e Serviços, controladora da Cintra. As unidades têm capacidade, juntas, de produzir 420 milhões de litros de cerveja e 280 milhões de litros de refrigerantes. Inicialmente, a Ambev não incorpora a marca Cintra e os ativos de distribuição. O grupo Cintra pode vender a marca até o dia 28 de outubro. Caso isto não ocorra, a Ambev pagará mais US$ 10 milhões para deter a marca.

- 4 de abril - A Refrigerantes Convenção/Cervejaria Guitt's lança as cervejas Guitt's Pilsen e Malzbier em garrafas long neck.

- 14 de abril - É inaugurada a Cerveja Concórdia Ltda - Fall Bier, na rua Vitor Sopelsa 2000, no Parque de Exposições, em Concórdia - SC, com investimento de cerca de um milhão de reais e capacidade instalada de 15 mil litros, produz 5 tipos de chopp: pilsen maturado e filtrado, bock, trigo e porter.

- maio - É inaugurada a Cervejaria Whitehead Ltda, em Eldorado do Sul - RS, pelos sócios: Alexandre Carminati, João Carlos Kerber e José Otávio Kerber, com uma produção atualmente limitada de 3 mil litros por mês. São fabricados quatro tipos de cerveja: Pale Ale (clara), Porter (escura), Irish Ale (avermelhada) e Witbier (trigo), em barris de 10, 20, 30 e 50 litros.

- 24 de maio - A Cervejaria Petrópolis (Itaipava e Cristal) incorpora a Cervejaria Teresópolis, fabricante das cervejas Lokal, Black Princess e Therezópolis.

- 31 de maio - A Schincariol anuncia a aquisição da Indústria de Bebidas de Igarassu (IBI), em Pernambuco, detentora da marca Nobel.

- 19 de junho - A Eisenbahn vende 49% das ações da cervejaria para o grupo dono da empresa têxtil Malwee - Dobrevê Empreendimentos e Participações, de Jaraguá do Sul - SC, o negócio faz parte de uma estratégia de expansão que prevê o aumento da produção sem perda das características da cerveja produzida em Blumenau - SC.

- 20 de junho - A AmBev começa a produzir cerveja na fábrica de Piraí - RJ, adquirida da Cintra no final de março. A produção começou com a marca Brahma, e será estendida para a Antarctica na próximo dia 25, ambas na embalagem de garrafa 600 ml. A produção da cerveja em lata terá início no mês que vem. A meta inicial é produzir 12 mil hectolitros destas marcas por mês na unidade, que abastecerá os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

- 25 de junho - O Grupo Femsa e a Heineken anunciaram que a parceria comercial no Brasil será estendida por mais 10 anos. Dessa forma, a Femsa Cerveja Brasil continuará a produzir, distribuir e vender, com exclusividade, a marca em nosso País até 2017.

- 25 de julho - A Bruge Cervejaria Ltda, de Águas de Lindóia – SP, lança a cerveja Bruge Bitter Ale.

 - 06 de agosto - O Grupo Schincariol, compra por 30 milhões de Reais 70% da União das Devassas Cervejaria - UDC (Cerveja Devassa). A empresa assume as marcas da UDC, a unidade de produção e a estrutura de distribuição. Os proprietários atuais da UDC, Marcelo do Rio e Cello Macedo, continuam como sócios e como gestores das franquias, que englobam três estabelecimentos próprios e 10 franqueados. A Devassa vai utilizar as 12 fábricas da Schincariol espalhadas pelo país para produzir o chope e a cerveja da marca. Como a produção é toda artesanal e as bebidas não são pasteurizadas, elas precisam ser fabricadas o mais próximo possível do local onde serão consumidas.

- agosto - A Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto coloca no mercado, as suas três primeiras marcas de cerveja. As bebidas terão em suas produções as misturas de rapadura, mel e farinha de mandioca. A empresa investiu cerca de R$ 200 mil (com a importação de equipamentos, confecção de rótulos, testes e garrafas). A Pilsen, que tem a farinha de mandioca entre os seus ingredientes e 4,5% de teor alcoólico, tem o nome comercial de "Cauim" - o rótulo tem uma folha de mandioca. A Weissbier, ou de trigo (a Colorado foi a primeira a fabricar chopp com esse produto no país), tem o incremento de mel e 5,5% de teor alcoólico, se chama "Appia" - o rótulo mostra uma abelha. E a India Pale Ale, que tem a mistura de rapadura e 7% de teor alcoólico, tem o nome de "Indica" - o rótulo tem a imagem do templo indiano Taj Mahal.

- 29 de setembro - É anunciada oficialmente a criação da Acerva Paulista - Associação dos Cervejeiros Artesanais Paulistas, associação que visa incentivar o desenvolvimento da cultura da cerveja artesanal, em São Paulo e em todo o Brasil, promovendo encontros, palestras, cursos, concursos e degustações das mais variadas cervejas, em grande parte produzidas pelos próprios associados.

 - 7 de novembro - A AmBev divulgou que assumirá e distribuirá a marca Cintra, uma vez que o prazo de seis meses, dado a José de Souza Cintra para encontrar um comprador para a marca, expirou. Seguindo o estabelecido no contrato, a AmBev desembolsou US$ 10 milhões para assumir a marca.

- 17 de novembro – É lançada a Cerveja do Gordo, um chopp do tipo Pilsen, produzido em uma recente fábrica instalada dentro da própria Cervejaria (antes não era produzido chopp, apesar do título de cervejaria, comercializava de outras marcas), após um ano de preparativos e desenvolvimento, com equipamentos adquiridos da MecBier e contando com o Mestre-Cervejeiro Celso Ehtnig, cervejeiro experiente formado na Alemanha e 35 anos de trabalho. Na realidade a Cervejaria do Gordo Dance Bar que foi inaugurada em agosto de 1997 pelos sócios Cássio Fonseca e André Nunes (o gordo) é uma casa de shows localizada na Via Dutra, km 57, Lorena – SP que resolveu fabricar sua própria cerveja.

2008

- 08 de maio - O grupo Schincariol anuncia a compra da Eisenbahn, de Blumenau - SC, sem divulgar o valor oficial, entre R$ 80 e R$ 100 milhões, a operação inclui a marca, um centro de distribuição em São Paulo, a fábrica e um bar temático em Blumenau - SC.

- 17 de maio - É fundada a Acerva Catarinense - Associação dos Cervejeiros Artesanais Catarinenses, em reunião realizada nas dependências da Cervejaria da Ilha (Fábrica do Chopp Ilhéu e Moçambique), no Rio Vermelho, em Florianópolis. A reunião contou com a presença de 20 pessoas, entre cervejeiros caseiros, cervejeiros profissionais e pessoas ligadas ao meio cervejeiro. Na ocasião foi aprovado o estatuto da ACerva e escolhida a diretoria

- 30 de julho - Nasce oficialmente a Associação das Cervejarias Artesanais de Santa Catarina (Acasc), com o registro do estatuto em cartório. Entre as finalidades da Acasc, está a integração das empresas, o fortalecimento da representatividade, o aprimoramento da produção e a organização de eventos culturais sobre o tema. Seis cervejarias já confirmaram adesão: Wunderbier, Das Bier, Zehn Bier, Heimat, Borck e Opa Bier.

Referências:

Textos adaptados:
- Algumas informações aqui contidas, utilizou como base o site Cervisiafilia:
   http://cervisiafilia.criarumblog.com/
- Wikipédia, História da Cerveja,
- História da Cerveja no Brasil p/ Carlos Alberto Tavares Coutinho, com a colaboração de Carlos Alberto Silva e Quintella e Márcio Maso Panzani







 

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