sábado, 10 de março de 2012

Cervejarias Brasileiras (Em Montagem)

A s grandes Cervejeiras


Brahma.

Um imigrante suíço, Joseph Villiger, acostumado ao sabor das cervejas européias, resolveu abrir seu próprio negócio começando a fazer cerveja em casa.
Saboreada primeiramente entre amigos, sua cerveja acabou agradando a vários paladares.

Em 1888, a cerveja de Joseph Villiger era tão famosa que este inaugurou a Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia, na Rua Visconde de Sapucahi, 12, São Paulo.

- No início, a manufatura foi inaugurada com uma composição diária de 12.000 litros de cerveja e 32 funcionários.

- A palavra “Brahma” significa um deus da Índia cultuado, principalmente, junto ao lago de Pushkar, em cujas águas, quem se banha tem todos os pecados perdoados, por piores que sejam.

Em 06 de setembro de 1888, a Junta Comercial da Capital do Império concede à Villiger & Cia. o registro da marca Brahma.

Nota:
Neste documento, uma mulher envolta por ramos floridos de lúpulo e cevada simbolizava a principal imagem do primeiro rótulo da Brahma.

Em 1894, uma nova sociedade deu prosseguimento à precursora iniciativa de Joseph Villiger. No mesmo local onde havia nascido a Brahma, estabeleceu-se a empresa cervejeira Georg Maschke & Cia.

Em 1899, a cervejeira Georg Maschke & Cia. adquiriu a Cervejaria Bavária e registrou a marca Franziskaner-Bräu, apelidada de “franciscana”.

- A nova empresa aperfeiçoou o fabrico da cerveja, importou equipamentos, patrocinou bares, restaurantes, clubes e artistas ingressando, efetivamente, no mercado carioca.
 
Em 1902, depois da Franzikaner-Bräu, a Georg Maschke & Cia. já produzia as marcas:
- Ypiranga, Pilsener, München, Bock-Ale, Guarany e Brahma-Porter.

- Em pouco mais de uma década esta empresa viria a registrar quase uma dúzia de marcas, como são exemplos a cerveja:
- A Bier, a Crystal, a Pilsener, a Franziskaner-Brau, a Munchen, a Guarany, a Ypiranga, a Bock-Ale ou a Brahma Porter, para apenas nomear algumas.
A expansão da firma fazia-se também à custa da aquisição e fusão com outras empresas.

Em 12 de agosto de 1904, ano em que surgiu a Companhia Cervejaria Brahma, resultante da união entre a Georg Maschkle & Cia. – Cervejaria Brahma e a Preiss Haussler & Cia. – Cervejaria Teutônia (produtora, entre outras, das cervejas Excelsior, Teutonia e Munchen-Bock).

- A cerveja começou a fazer história no Brasil, com a produção de seu chopp em tonéis chegando a 6 milhões de litros e com 09 depósitos, todos no centro do Rio de Janeiro.

- A notoriedade da Brahma era também obtida através de fortes campanhas publicitárias e do patrocínio que dava a bares, restaurantes e artistas.
Para além do mais, a importação de novos equipamentos e a melhoria geral da qualidade da sua maquinaria proporcionou-lhe a obtenção de uma boa imagem junto dos consumidores.

- Nos jornais, a nova Companhia punha 25.000 ações à participação pública.

Em 1907, a Companhia Brahma, junto as novas marcas de cerveja, renova o registro da marca Excelsior para refrigerantes, que havia adquirido da Cervejaria Teutonia, e em 1909 registra a Agua Savoia.

Em 1914, foi registrada a Malzbier da Brahma, “saborosa e nutriente, recomendada especialmente às senhoras que amamentam”.

Em 1918, outra novidade com o lançamento de 06 “deliciosos refrigerantes para o calor, com óptimas qualidades tonicas e digestivas”, entre eles:
- Agua de Meza Crystal/Ginger-Ale/Berquis/Soda Limonada Especial/Soda Limonada/Sport-Soda.

Em 1919, junto ao sucesso das refrescantes bebidas sem álcool, reuniu-se a famosa:
- Água Tônica de Quinino.

Em 1921, é firmado contrato de promessa de venda da Cervejaria Guanabara à Companhia Cervejaria Brahma.

- A Cervejaria Guanabara, antes Cervejaria Germania, foi uma das mais antigas do país e, depois de adquirida pela Cia. chamou-se Filial São Paulo, também foi conhecida por Filial Paraíso, iniciando assim a fabricação de cervejas das cervejas Brahma em São Paulo.

Em 1922, a revista “Ilustração Brasileira”, confirma a identidade dos produtos Brahma:

“Os productos da Companhia impuseram-se nos mercados brasileiros pela excellência de seu sabor e aspecto, e pelo escrupulo de sua fabricação com matéria prima de superior qualidade, para cujo fim a Companhia possue laboratórios montados com todos os aperfeiçoamentos da ciência moderna.”

Em 1924, poucos anos da história dos refrigerantes Brahma, a Cia. registra seu primeiro guaraná:
- o Guaraná Genuino.

Em 1926, registra:
- o Guaraná Athleta.

Em 1927, registra:
- o Guaraná Brahma.

Em 1929, entre inúmeras marcas lançadas, a Brahma registra:
- a Cerveja Gambrinus.

No início da década de 1930, após algumas fusões e aquisições, a Brahma era uma empresa bem estruturada e virada para o futuro.
A aposta em novas tecnologias e publicidade criou uma grande afinidade entre a empresa e os consumidores.

Em 1930, lança sua primeira “Soda Laranjada”.
 
Em 1934, a Cia. Brahma foi o maior sucesso do carnaval, pois ela conseguiu vencer um grande desafio: - engarrafar seu chopp.

- De garrafa em garrafa a Brahma Chopp passou a ser a cerveja mais consumida no país.
Nesse ano, a produção alcançou os 30 milhões de litros de cerveja.
Ary Barroso e Bastos Tigre compuseram a marchinha “Chopp em Garrafa” que, cantada por Orlando Silva, propagou a grande novidade.

Em 1934, a Brahma Chopp era a cerveja mais consumida no país. Nesse ano, a produção alcançou os 30 milhões de litros de cerveja. Ary Barroso e Bastos Tigre compuseram a marchinha “Chopp em Garrafa” que, cantada por Orlando Silva, publicitou fortemente este produto.

Em 1937, a Brahma Chopp era a principal marca da Cia., ao lado de 29 tipos de cerveja e 16 tipos de refrigerante.

Em 1943, com extrato forte e encorpado, foi lançada a Brahma Extra e os anúncios da época definiam bem suas características:

“Extra no sabor...
Extra na qualidade...
Extra nos ingredientes...
Cerveja Brahma Extra,
em garrafas ou ½ garrafas.”

- Para além do lançamento de novos produtos, a política de aquisições mantinha-se bastante ativa.

Em 1946, a Cervejaria Brahma compra do maior grupo cervejeiro do Rio Grande do Sul, a Bopp, Sassen, Ritter e Cia. Ltda, também conhecida por Cervejaria Continental, que mais tarde se viria a tornar na filial Rio Grande do Sul.
Esta fábrica foi, entretanto, descontinuada (1998).

Em 1954, a empresa celebrou o seus 50 Anos, tomando como base o ano de 1904, data em que a firma se tornou na Companhia Cervejaria Brahma.

- Nesse curto espaço de tempo, a empresa tinha se tornado numa das maiores do Brasil, com 6 fábricas e 1 maltaria em laboração.
Para continuar a expandir-se, tornava-se urgente a elaboração de um plano de distribuição que abrangesse as áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos.
Para isso, a Brahma comprou pequenas empresas e criou filiais.

Em 1960, no município de Agudos, São Paulo, a antiga Companhia Paulista de Cervejas Vienenses transforma-se na Filial Agudos, que mais tarde passou a fabricar a “cerveja em lata”.

Em 1962, é inaugurada a Filial do Nordeste, na cidade do Cabo - Pernambuco.

- Sendo a Brahma uma empresa de capital 100% nacional e sempre preocupada em manter o padrão de qualidade dos seus produtos e a participação no desenvolvimento do país, tornava-se óbvio que a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico não podiam ficar de fora dos seus planos.

Em 1965, devido ao crescimento, era preciso pensar na distribuição de seus produtos. Assim, inicia-se o trabalho das primeiras revendas da Companhia Cervejaria Brahma constituída, na maioria, por antigos funcionários da Cia.

Em 1967, caráter experimental, é lançada a Brahma Chopp em “embalagem mirim de 300 ml”, apelidada de “Brahminha”.

Em 1968, é inaugurada, no estado do Rio Grande do Sul, a Estação Experimental de Cevada para testes de novas variedades de “cevada cervejeira”, adaptadas ao clima e solo da região.

Os anos 1970, são marcados pela contínua expansão da companhia e por algumas alterações na forma de apresentar os produtos, marcaram a expansão da Cia. ao associar-se à indústria Fratelli Vita, a Cia. integra 03 marcas de bebida sem álcool à sua linha de produtos:
- a famosa Sukita, o Guaraná Fratelli e a Gasosa Limão.

Em 1971, através da Cervejaria Astra S.A., a companhia concretiza uma forte aliança para a fabricação e distribuição dos seus produtos no Norte e Nordeste do Brasil.
A Astra tinha sido criada um ano antes pela firma J. Macêdo & Cia, em Fortaleza - CE, produzindo então uma cerveja de marca própria.
Ainda nesse ano, a J. Macêdo adquire o controle acionário da Cervejaria Miranda Corrêa, de Manaus – AM.

- É também nesse ano que chega ao mercado a garrafa “personalizada”, de vidro incolor com o nome do produto gravado no vidro.

Em 1972, a Filial Agudos lança a “embalagem em lata” para as cervejas Brahma Chopp e Brahma Extra.

Em 1974, além de ter se associado a 06 grandes grupos de cerveja e refrigerantes, a Cia. tinha 09 fábricas, 01 maltaria e 01 plantação experimental de cevada.

Em 1976, a Cia. continuava se expandindo e a “embalagem de vidro” de 1 litro para refrigerantes.

Em 1977, lança seus refrigerantes nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1978, outra novidade, veio com o lançamento da “garrafa personalizada em vidro” de 1 litro na cor âmbar.

Em 1978, foi criado o primeiro Curso de Cervejeiro Prático da América Latina, devido ao período de grande avanço tecnológico em que havia ingressado.

Nos anos 1980, período em que a Brahma apostou forte no mercado de refrigerantes.

Em 1980, com a exportação da Brahma Beer (Brahma Chopp), a revista “The Washingtonian” a elege como a melhor cerveja importada nos EUA.

- Ainda nesse mesmo, entre outras realizações, foi iniciada a construção da fábrica associada Arosuco - Aromas, Sucos e Concentrados S.A. no Rio de Janeiro e lançado o refrigerante “Limão Brahma” em todo o Brasil, em garrafa verde personalizada.

- Para aumentar a sua participação no mercado cervejeiro, a empresa adquire o controle acionário das Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A.

- Além da cerveja Skol, Chopp Claro Skol, da cerveja em lata Ouro Fino (destinada à exportação) e da histórica cerveja Caracu, a companhia deu continuidade à sua linha de produtos, elaborados em 7 fábricas espalhadas por todo o Brasil.

- No início daquele ano, a Brahma adquiriu as cotas da Brascan Labatt, detentora da marca Skol, passando a se chamar Brahma Administração, Investimentos e Participações Ltda.

Em 1982, pioneira como de costume, a Cia. Lança a “Brahma Light”, a primeira cerveja de baixa fermentação e baixo teor alcoólico.

Em 1983, concorrendo com mais de 972 trabalhos internacionais e 14 brasileiros em Nova Iorque, a “Brahma Light” recebeu o prêmio “Clio Award”, o mais importante no mundo publicitário.

Em 1983, com relação ao mercado de exportações, é lançada a “Brahma Beer” em Washington e Filadélfia, nos EUA.

Em fevereiro de 1984, para atender às necessidades de seus consumidores, a Cia. lança a cerveja “Malt 90” nas embalagens de garrafas retornáveis de 300 e 600ml e também em lata. Malt 90 é uma cerveja clara tipo “Pilsen”, de médio teor alcoólico, sabor suave e de excelente sabor.

Em 1984, era preciso também fortalecer-se no mercado de refrigerantes. Assim, também é firmado acordo com a Pepsi Co International para fabricação, comercialização e distribuição do refrigerante Pepsi Cola no Rio de Janeiro, além de operar 03 fábricas no Rio Grande do Sul. Atualmente este acordo não vigora.

Em 1985, a internacionalização da marca, e, sua grande aceitação no mercado interno, fez com que o jornal alemão: -“Frankfurter Allgemeine Zeitung” destaca a Companhia Cervejaria Brahma como a “7ª empresa de cerveja do mundo”, concorrendo com mais 90 países.

- Este reconhecimento econômico surgiu a par do reconhecimento científico, obtido após a inauguração de uma moderna cervejaria piloto para o desenvolvimento de novos produtos, no laboratório da Filial Rio.

Em 1986, a Brahma Beer Brasilian Pilsener é lançada a em lata na cidade de Tóquio.
- Também nesse ano são ampliadas as capacidades de produção de cervejas e refrigerantes em diversas unidades fabris em todo o país.

Em 1987, com o crescimento e progresso da Cia., é inaugurada uma moderna cervejaria piloto para o desenvolvimento de produtos, no laboratório da Filial Rio de Janeiro.

- Ainda em 1987 é adquirida a Fábrica de Refrigerantes Refinco, que passa a se chamar Refrigerantes Brahma do Rio de Janeiro, e uma nova linha visual é criada para os refrigerantes Brahma.

Em 1988, a embalagem de garrafa retornável de 1 Litro e também a one way de 250ml são lançadas, em todo Brasil, para toda linha de refrigerante Brahma, introduzindo também a tampinha de rosca na Pepsi Cola, Sukita, Guaraná Brahma e Limão Brahma.

Em 1988, outra importante realização foi a inauguração de mais uma fábrica de cerveja, a Cebrasp, em Jacareí, São Paulo.

Em 1989, - Acompanhando a evolução do mercado e preocupada com o meio ambiente, a Brahma lançou igualmente o “Projecto Brahma para Reciclagem”, introduzindo então a embalagem em “lata de alumínio” para a Brahma Chopp, e também a “embalagem descartável de 300ml” para a Malt 90.

- Para a linha de refrigerantes, foi lançada a “embalagem retornável de 1,25L” e garrafa “plástica descartável PET”.

Em 27 de outubro de 1989, o Grupo Garantia adquire o controle acionário da Companhia Cervejaria Brahma e a partir daí, são iniciadas as construções de novas fábricas, como por exemplo a da Cervejaria Equatorial, em São Luís, Maranhão, inaugurada 2 anos depois.

- A entrada na última década do século XX, fez-se, pois, com excelentes perspectivas no futuro e com um espírito cada vez mais empreendedor.

Em 1991, institui-se o Serviço ao Consumidor Brahma, junto com o Código de Defesa do Consumidor, ambos visando garantir apoio e satisfação aos clientes.

Em 1992, inicia-se o esforço de exportação da Brahma Chopp para a Argentina onde, ao final do primeiro ano, se torna a cerveja nº 1 entre as importadas.
- Como conseqüência, torna-se necessário ampliar algumas fábricas, o que acontece com a Cebrasp.

Em 1994, é um ano de mudanças e conquistas. A Administração Central da companhia sai do Rio de Janeiro e instala-se em São Paulo, cidade onde ainda hoje se encontra.

- Relativamente às conquistas, temos a incorporação da Companhia Anonima Cervecera Nacional, da Venezuela, no portifólio da empresa, passando aí a produzir-se a Brahma Chopp.
São inauguradas igualmente mais duas filiais: - a Filial Santa Catarina, em Lages e a Fábrica de Luján, na Argentina.
Este desenvolvimento chama a atenção da empresa norte-americana Miller Brewing Company, que constatou que o mercado cervejeiro estava em crescimento, especialmente na América do Sul.

Em 1995, uma joint venture (acordo) com a Brahma para distribuir a Miller Genuine Draft. Neste acordo, havia a possibilidade da Brahma fabricar a cerveja no Brasil para competir no mercado interno.

Em julho de 1996, é exatamente o que acontece, a Miller Genuine Draft passa a ser fabricada pela Cebrasp e distribuída pela Rede Exclusiva Brahma.

- A partir desse ano, o fone: - 0800 foi divulgado em todas as embalagens dos produtos e o consumidor também pôde optar pelo atendimento via carta e, desde Junho, via Internet.
- A Companhia Brahma, foi a primeira empresa de bebidas a oferecer esse serviço via Internet ao consumidor mantendo, inclusive, contacto com consumidores de outros países.
- As perguntas e sugestões dos consumidores geraram algumas mudanças de processos e contribuíram para o desenvolvimento de novas embalagens como a “Malzbier long neck”.

- Reforçando o seu caráter moderno, a empresa lança no mercado as novas embalagens long neck e lata com 355ml, já que esse é o padrão internacional de embalagens descartáveis.

- Para dar continuidade a essa modernidade e atender às necessidades do consumidor, a Malzbier Brahma, lançada em 1945, sofre uma modificação visual no seu rótulo e também entra no mercado com a embalagem long neck na versão 355ml.

Em 1996, é inaugurada a Filial Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande - RJ. Trata-se da maior fábrica de cerveja da América Latina, com capacidade de produção de 12 milhões de hectolitros por ano.

- É igualmente iniciada a construção de mais 2 unidades fabris: - uma em Viamão - Rio Grande do Sul e outra correspondente à Cervejaria Águas Claras, no município de Estância, Aracaju.
O aumento da produção permite também um incremento nas exportações.

Em 1998, a Brahma Chopp passou a ser exportada para a Europa, utilizando como porta de entrada a França.

- Influência deste último país, ou não, o fato é que a chegada do novo milênio é comemorada com a introdução de uma Brahma Chopp em embalagem especial, muito similar a uma garrafa de champanhe.

Em 1999, a Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma anunciavam a criação da Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV), resultante da fusão entre ambas.
Estava assim criado um gigante econômico mundial.

Em 2006, surge o Chopp Brahma Black. Trata-se de um chopp estilo “Lager”, escuro, com adição de nitrogênio, o que torna a bebida mais leve e com uma espuma muito mais estável e cremosa.

Antarctica

Anúncio

 Anúncio 1907

Em 1885, foi fundada a Antarctica que inicialmente era um abatedouro de suínos, de propriedade de Joaquim Salles junto com outros sócios, localizada no bairro no bairro de Água Branca, na cidade de São Paulo.

- A empresa possuía uma fábrica de gelo com capacidade ociosa e isso despertou o interesse do cervejeiro alemão Louis Bücher, que desde 1868 possuía uma pequena cervejaria.

Em 1888, os dois empresários se associaram, e criou-se a primeira fábrica de cerveja do país com tecnologia de baixa fermentação, com uma capacidade de produção de 6 mil litros diários.

Em março de 1889, a Antarctica teve seu primeiro anúncio publicado no então jornal “A Província de São Paulo” (atual Estado de São Paulo):

“Cerveja Antarctica em garrafa e em barril - encontra-se à venda no depósito da fábrica à Rua Boa Vista, 50”.

Em 1889, sob a perspectiva do contexto histórico, o Brasil passou da fase Monárquica para a República.
Nesta época o Brasil efetivamente iniciava seu processo de industrialização.

Em 17 de janeiro de 1890, o Decreto nº. 164 regulamentou e deu novas liberdades à existência das Sociedades Anônimas.

Em 1890, a Antarctica aumenta o seu quadro de funcionários para 200 e a sua capacidade de produção passa a ser de 40 mil hectolitros/ano.

Em 09 de fevereiro de 1891, foi oficialmente fundada a “Companhia Antarctica Paulista” como sociedade anônima, com 61 acionistas.

Em 15 de maio de 1891, o decreto n°. 217, firmado pelo presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca autorizou a Companhia Antarctica Paulista a funcionar com os estatutos apresentados dentro da legislação vigente na época.

Inicialmente a empresa não tinha um foco muito claro de negócios, atuando na fabricação de cerveja e refrigerantes, assim como na fabricação de banhas e presuntos, fábrica de gelo e manutenção de câmaras frias para estocagem de alimento.

- Entre os acionistas estavam João Carlos Antonio Zerrenner, alemão e Adam Ditrik Von Bülow, dinamarquês, ambos naturalizados brasileiros e proprietários da empresa Zerrenner, Bülow e Cia., exportadora e corretora de café.
Eles importaram equipamentos da Alemanha para modernizar a produção de cerveja e os financiaram para a Antarctica.

Em 1893, houve uma desvalorização da moeda e a Antarctica esteve por decretar a falência, quando Zerrenner e Bülow decidiram trocar seu crédito por um aumento de participação na empresa, tornando-se desta forma acionistas majoritários e assumindo o controle da empresa.

A sob a direção da Zerrener, Bülow & Cia. a empresa foi reorganizada e focou-se na fabricação de cerveja e refrigerantes.
A partir de então recuperou-se e passou a crescer rapidamente.

Em 1904, adquire o controle acionário da Cervejaria Bavária, na Moóca, que pertencia a Henrique Stupakoff & Cia.
Neste local em 1920, passou a se situar a sede do Grupo Antarctica.

Década 1930

- Após os primeiros anos de alguma indefinição e de contínuas mudanças, a firma estabilizou, tornando-se numa das maiores empresas brasileiras do sector das bebidas.

Em 15 de agosto de 1911, os negócios da empresa expandiram rapidamente, foi fundada a “primeira filial”, em Ribeirão Preto/SP.

Em 1920, a Antarctica vendeu a “baixo preço” o terreno de 150 mil metros quadrados onde hoje está o Palmeiras, em troca de um contrato perpétuo de venda dos produtos da companhia.

Nota:
Ironicamente, hoje em dia só se vende produtos da Coca-Cola, dentro das dependencias do clube e no Parque Antarctica.

Em 1923, morre Adam Von Bülow deixando 5 filhos como herdeiros, dos quais dois vendem ações da companhia ao sócio Zerrenner, que se torna majoritário.

- O filho primogênito Carl Adolph Von Bülow passa a representar a Família dos Von Bülow na direção da empresa.

1924

A parir de 1930, Antarctica e Brahma passaram a eliminar quase todas concorrentes e dividiam a liderança da produção de cerveja no Brasil.

Frota de entrega - 1930

Em 1933, morre João Carlos Antonio Zerrenner sem deixar herdeiros e seu testamento pedia que seus bens fossem enviados à Alemanha.

- O testamento foi anulado e os bens passaram para a esposa Helene. Esta faleceu em 1936 sem deixar herdeiros no Brasil e os bens de passaram para a Fundação Antonio e Helena Zerrenner.

- O testamenteiro Walter Belian se torna administrador da Antarctica mantendo um “gentlement agreement” na administração da empresa junto com a Família Bülow, que foi rompido em 1942 após a morte de Carl Adolph Von Bülow.

- Seguiu-se então uma longa disputa pelo controle da companhia, a filha de Adam Ditrik Von Bülow Andrea de Morgan Snell que tinha guardado suas ações nomeou seu marido Luis de Morgan Snell como presidente do grupo atè 1952.
Em 1975, morreu Walter Belian.

Em 1939, houve um fato curioso, quando Ademar de Barros, interventor federal do Estado Novo de Getúlio Vargas ocupou militarmente a Antarctica e prendeu seus diretores, por considerar que a empresa era “uma propriedade de alemães”. Posteriormente, o próprio Getúlio Vargas interveio, desculpando-se junto à empresa pelo mal entendido.

Em 1940, os proprietários da Companhia Antárctica Paulista, Antonio e Helena Zerrener, alemães de nascença, faleceram e não deixaram herdeiros.

- A companhia passou então por diversas mãos, até ser comprada por vários investidores e se tornar na Companhia Antarctica Paulista – Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos, com fábricas em Bom Retiro (Cerveja Progresso e cerveja preta) e na Mooca (cervejas claras e conexos).

- Esta reformulação da empresa permitiu-lhe crescer e ficar mais forte, lançando-se então numa sucessão de aquisições, sendo talvez a de maior destaque a da Cervejaria Adriática, instalada em Ponta Grossa - PR.
Esta companhia, pertencente à Família Thielen, de origem alemã, com destaque na indústria cervejeira, principalmente através da cerveja “Original”, produzida, quase como a conhecemos ainda hoje, desde 1930.

- O desenvolvimento da Antarctica passou também pela constituição de uma maltaria própria, em Jaguaré, São Paulo, e por mais uma aquisição, nomeadamente o antigo prédio da Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, em Campinas - SP, que passou a servir de depósito à fábrica adjacente. Infelizmente, esse prédio encontra-se vazio e abandonado desde 1989.

Somente em 1944, a Fundação Brasileira conseguiu incorporar ao seu patrimônio os bens deixados pela viúva do casal Zerrener, que contavam 58,74% do capital social.

- A partir desta data, a empresa voltou-se à expansão da produção, importando maquinários da empresa americana Geo J. Meyer Mfg.

Em 1960, a Antarctica celebrou 75 Anos de história possuindo, com capacidade de produção de 3,9 milhões de hectolitros/ano, número que engloba cervejas e refrigerantes.

- À medida que as vendas iam crescendo, também aumentava o número de empresas concorrentes.

Em 1961 a Antarctica adquiriu a Cervejaria Bohemia, produtora da excelente e muito antiga do Brasil, a cerveja “Bohemia” e também do “Guaraná Petrópolis”, grande concorrente do “Guaraná Antarctica”.
Para eliminar esse foco de competição, a Antarctica adquiriu o controle acionário da Cervejaria Bohemia, marca essa que ainda hoje faz parte do portefolio da AmBev.

Em 1972, com as constantes aquisições, a Antarctica tinha-se tornado num gigante industrial, sempre atento a novas oportunidades de mercado e a tendências de consumo.
Pelo caminho, outras empresas iam ficando sob a sua alçada, como:
- Polar, próspera empresa do estado do Rio Grande do Sul,
- Cerman,
- Cervejaria Catarinense (que se instalou em Joinville, em 1938),
- Companhia Cervejaria Paulista, esta firma, de grandes tradições e instalada em Ribeirão Preto desde 1911, iniciou uma tradição nesta cidade, local onde abririam inúmeras choperias, entra as quais a muito famosa “Pingüim”, ao lado do Theatro Pedro II.
- De fato, não é por acaso que Ribeirão Preto é denominado a “Capital do Chope”.

Em 1973, foi caracterizado por um conjunto de medidas postas em prática pela diretoria da Empresa, tendo em  vista a descentralização das atividades industriais e comerciais do complexo empresarial Antarctica.

- Nesse ano foram constituídas empresas com personalidade jurídica própria, em vários Estados brasileiros, a saber:
a) Companhia Sulina de Bebidas Antarctica, com sede em  Joinville, Estado de  Santa Catarina, que passou a operar a partir de abril de 1973, com a incorporação das unidades de Ponta Grossa e Curitiba;
b) Cervejaria Antarctica Niger S/A, de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, resultante da fusão, no mesmo ano, da Cervejaria Antarctica de Ribeirão Preto S/A, com a Cervejaria Níger S/A;
c) Indústria de Bebidas Antarctica do Rio de Janeiro S/A, resultante da Fusão da Cervejaria Antarctica da Guanabara Ltda, com a Companhia Cervejaria Bohemia, de Petrópolis.

A década de 1970 é feita em grande, com mais uma mão cheia de aquisições e inaugurações:
- Cervejaria Pérola de Caxias do Sul – RS,
- Companhia Itacolomy de Pirapora - MG.

Por Curiosidade:
- Refira-se que a produção da cervejaria em Pirapora foi estrategicamente transferida e centralizada, em 1998/99, na cidade de Jacarepaguá - RJ.

Em 1973, são também constituídas novas filiais em Goiânia - GO, Montenegro - RS, Rio de Janeiro - RJ e Viana – ES.

- Nos anos seguintes são inauguradas as filiais no Rio Grande do Sul e Teresina.

- O desenvolvimento exponencial da firma foi também acompanhado por um crescente interesse no campo científico e tecnológico. Para isso, a Antarctica decidiu ampliar a sua maltaria, situada em São Paulo, adquirindo, ao mesmo tempo, uma área de 14,32 hectares em Paulo de Frontin - PR, destinada à pesquisa e experimentação agrícolas com a cevada cervejeira.

- Assegurada que estava a sua estabilidade e representatividade em território brasileiro, importava agora abraçar novos desafios e explorar outros mercados.

Em 1979, a Antarctica começa a exportar cerveja para EUA, Europa e Ásia.

Os anos 1980, foram dedicados à internacionalização da companhia, iniciando-se então a exportação de produtos da Antarctica para a Europa, Ásia e Estados Unidos.

- Curiosamente, o produto que acabou por ter mais sucesso foi o “Guaraná”, já que as cervejas da marca tiveram algumas dificuldades em se impor nos mercados mencionados.

Em 1980, a comercialização de produtos para outros países, obrigou a um aumento na produção de bebidas, não sendo de estranhar o valor de 16,4 milhões de hectolitros/ano.

- Para conseguir igualar a procura, foi necesssário a compra de mais fábricas e a abertura de novas filiais.

Em 1980, é adquirido a Cervejaria Serramalte, com as suas fábricas de Getúlio Vargas e Feliz - RS.
Esta companhia, fundada em 1953, tinha como origem a Cervejaria Ruschel, fundada por Victor Ruschel tendo, posteriormente, passado a designar-se por Cervejaria Polka, até chegar ao nome de Cervejaria e Maltaria da Serra Ltda. (Serramalte).
Ao longo dos anos, apresentou uma evolução extraordinária, cotando-se mesmo como uma das maiores da região e do estado e uma das principais do ramo no país.
Do início das suas atividades até 1957, a indústria funcionou apenas com o sector da maltaria, sendo que a venda da sua produção se limitava às regiões Central e Norte do país, enquanto era construída e montada a cervejaria.
A 24 de Junho de 1957, foi lançada a primeira cerveja “Serramalte”, produto que ainda hoje é vendido pela AmBev.
Todavia, a compra das fábricas da Serramalte continuava a ser insuficiente.

Em 1985, se inicia a construção de uma Fábrica da Antarctica em João Pessoa - PB, que começa a laborar três anos mais tarde, altura em que é também inaugurada a Fábrica de Cervejas Antarctica no Rio de Janeiro, com capacidade de produção de 3,5 milhões de hectolitros/ano.

O número de filiais não para de crescer, algumas:
- Filial Jaguariúna - SP,
- Filial Canoas - RS,
- Filial Cuiabá - MT, enfim, muitas e espalhadas um pouco por todo o Brasil, num total de 25.

Em 1988, a Antarctica comemorou já o seu 100 Anos, tendo lançado para o efeito uma garrafa comemorativa.

A última década do século XX, é aproveitada pela Antarctica para renovar a sua gama de produtos, começando pelo lançamento da “Kronenbier”, uma das primeiras cervejas sem álcool do mercado brasileiro.

- Muitas outras surgem, novas ou apenas renovadas:
- a Antarctica Bock, a Polar, a Polar Pilsen, a Bavária Premium, a Antarctica Pilsen Extra em long neck, a Antarctica Pilsen em long neck com rótulo metalizado e ainda a Bavária Pilsen em garrafa 600ml descartável e em lata.

Em 1994, adquire a Cervecera Nacional, na Venezuela.

- Há finalmente que destacar o acordo entre a companhia e a gigante cervejeira norte-americana Anheuser-Busch no sentido de ser constituída a Budweiser Brasil, que tinha como objetivo a distribuição da cerveja “Budweiser” nos postos de revenda da Antarctica e, em troca, a venda do “Guaraná Antarctica” nos Estados Unidos.

Em 2000, a Antarctica fundiu-se com a Brahma, formando a AmBev, que se torna a quinta maior cervejaria do mundo.

Em 30 de março de 2000, o CADE aprova a fusão da Antarctica e Brahma.
Para que a fusão fosse aprovada, foi necessário vender:
- a marca da cerveja “Bavária”, além das fábricas de Ribeirão Preto/SP, Getúlio Vargas (RS), Camaçari/BA, Cuiabá/MT e Manaus/AM que foram vendidas para a cervejaria canadense Molson.

Os produtos da Antarctica:

1912: lançada a Soda Limonada Antarctica.
1921: lançado o Guaraná Antarctica.
1935: Os famosos pingüins de Antarctica passaram a integrar o seu rótulo, acompanhados de uma estrela dourada.
1979: Passou a ser exportada para os Estados Unidos, Europa e Ásia.
2001: Novas alterações nos seus rótulos: o rótulo retangular atravessado por uma faixa azul - que lhe rendeu este apelido - mudou com a introdução da cara que se conhece hoje, mas sempre mantendo seu símbolo maior, os pingüins.

 Década 1940



Companhia Antarctica Paulista e o  
Parque Antactica

- O Jardim Botânico da Luz (primitivo nome do Jardim da Luz ou Parque da Luz), que começou a ser construído em 1799 e foi inaugurado em 1825, até aos últimos trinta anos do século XIX, não havia, em São Paulo, outros parques ou jardins públicos.

 
- Os primeiros parques apareceram quando governava São Paulo João Teodoro Xavier (1872-1875).
São do seu tempo o Jardim da Ilha dos Amores, o do barranco do Carmo, a remodelação do Largo Sete de Abril (Praça da República), a reforma do Jardim da Luz.
Depois, foram construídos:
- Em 1879, o do Largo do Teatro;
- Em 1886; o do Pátio do Colégio;
- Em 1887, o do Largo de São Bento;
- Em 1897, o do Largo dos Guaianases (atual praça Princesa Isabel).

- Com o desenvolvimento vertiginoso de São Paulo, mais acentuado nos primórdios do século XX, surgiu a necessidade de dotá-la de outros parques e jardins. A partir de então - diz o cronista - que a cidade pôde contar com parques, como o do Anhangabaú e o da Várzea do Carmo, nas imediações do centro, e com o PARQUE ANTARCTICA e o do Museu do Ipiranga, nos arrabaldes.

- O Parque Antarctica ficava no distrito da Água Branca, e ocupava parte da área de vinte alqueires que, em 1891, a Companhia Antarctica Paulista, fundada, naquele ano, por um grupo de homens empreendedores, havia adquirido, para a instalação da sua grande fábrica de cerveja. 


- A existência do Parque Antarctica está diretamente ligada à  fundação da Companhia Antarctica Paulista, arrojada iniciativa industrial cujas instalações se localizavam no bairro da Água Branca.
Para que se tenha idéia do que representava esse empreendimento, cumpre lembrar que a indústria cervejeira, de então, se concentrava essencialmente no Velho Mundo. Matéria prima, garrafas, rótulos, máquinas, tudo, enfim, de que necessitava a recém fundada fábrica, tinha que ser adquirido na Europa.
Mas a Companhia Antarctica Paulista, dirigida por homens de escola, cheios de perseverança e de confiança no futuro de São Paulo e do Brasil, venceu todos os impasses, e atravessou diversas fases de crescente progresso, salientando-se a do ano de 1904, quando passou, para o seu acervo, a fábrica de cerveja Bavária, situada no distrito da Mooca – São Paulo.

- Ao lado das suas instalações, na Água Branca, a Companhia Antarctica Paulista reservou uma área destinada ao público.
Havia, ali, árvores frondosas em grande quantidade, formando áreas, ou então, bosques; pavilhões artísticos, lembrando a terra de maior difusão da cerveja; lagos artificiais; pistas para esportes; carrossel para as crianças; coretos, onde bandas musicais executavam retretas, aos domingos e feriados; restaurante etc.
Tudo havia no Parque Antarctica, para que o logradouro se tornasse, como de fato se tornou, um dos mais concorridos da Capital.


- O Parque Antarctica, tanto pela sua excelente organização, como pelas várias atrações que oferecia, era muito freqüentado principalmente aos domingos e feriados, o que chamava a atenção dos viajantes ilustres que por São Paulo passavam.

Um deles, o francês Pierre Denis em seu livro “O Brasil no século XX”, publicado em 1908, assim se reporta:

- Aos domingos, uma grande multidão procurava esse jardim público.

Outro escritor, Paul Walle, numa das páginas de “Au pays de l'or rouge”, também se referiu ao Parque Antarctica, elogiando a iniciativa de que resultou a sua criação.

- Um interessante cartaz, litógrafado e publicado na época, pela Companhia Antarctica Paulista, sob o título PARQUE ANTARCTICA - GRANDE RECREIO PAULISTA, apresentava sugestivos aspectos do logradouro: a fábrica de cerveja, adjacente; o bosque, para pique-niques; o concorrido bar (reproduzido na gravura acima); o restaurante; os pavilhões artísticos; o stand de tiro ao alvo; o campo de esportes; o lago; o hipódromo mecânico; o parque infantil; o cinematógrafo etc.
Oferecendo tais atrativos, o Parque Antarctica, dos primórdios do século XX, ficou indelevelmente marcado na lembrança dos inúmeros paulistanos, que, nas luminosas tardes de domingo, para ali acorreram, há busca de divertimentos sadios e agradáveis.

Outras Cervejarias

- Demais empresas que, ontem ou hoje, ajudaram a moldar o mercado de cervejas deste país. Deste modo temos:

Belco

- A Cervejaria Belco foi fundada em 1983 em Botucatu - SP. A empresa foi instalada onde antes funcionava a Belgium Co., uma cooperativa de produção que reunia os remanescentes da colonização belga na região. A formulação do nome veio naturalmente, com a junção das sílabas iniciais da cooperativa. A primeira unidade de produção tinha capacidade para produzir 3600 hectolitros/ano, comercializados em barris de madeira na forma de chopp. Em 1988, a fábrica mudou-se para São Manuel, onde ainda hoje se situa, tendo aberto, entretanto, uma segunda fábrica em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Actualmente, a cerveja é já exportada para os Estados Unidos, Europa e Ásia. No mercado, encontram-se as marcas Chopp Belco, Belco Pilsen, Tauber, Malzbier Belco, Mãe Preta e Belco Sem Álcool.

Cerpa

- A cerveja Cerpa nasceu em 1966 pelas mãos da Cerpasa ou Cervejaria Paraense como também é conhecida. A fábrica ficou instalada junto das margens da Baía do Guajará, em Belém - PA, numa área de 157.633 m2. Apesar da forte concorrência de produtos como a Brahma e a Antarctica, a Cerpa conseguiu granjear um bom prestígio a nível interno, independentemente das vendas nunca terem realmente disparado. Procurando diferenciar-se das suas rivais pela qualidade do produto e inovação, a Cerpa apresentou, em 1996, o processo Draft Beer, no qual a cerveja não passa pelo tradicional sistema de pasteurização, mas antes por uns complexos filtros de celulose e descarga térmica. Actualmente, a Cerpa é líder no Estado do Pará e produz a Pilsen Draft Beer e a Export Draft Beer (Cerpinha).

Cervejaria Malta

- A história desta cervejaria começa em 1956, com a escolha da cidade de Assis - SP para instalação da fábrica. O local foi escolhido pela presença de uma mina de água, cujas características minerais eram perfeitas para a produção de refrigerantes. Naquela época, com o nome inicial de Indústria e Comércio de Bebidas Cristalina Ltda, a empresa foi ganhando a preferência dos consumidores. Em 1960, ainda fabricando somente refrigerantes, a distribuição já atingia as cidades mais próximas. Procurando sempre expandir a área de venda dos seus produtos, a companhia organizou um quadro de distribuidores nas cidades da região, como Presidente Prudente, Marília, Bauru, Tupã e Londrina, a fim de ampliar a comercialização dos produtos Cristalina. Essa medida triplicou as vendas da empresa no período de um ano. Mantendo o crescimento constante com acções de merchandising e promoções, rapidamente se chegou à marca de 30.000 litros produzidos por dia em 1980. Em 1984, com o lançamento comercial do Chopp Malta (3600 litros/mês), iniciava-se uma nova fase da empresa. O começo da década de 90 é marcado pela estreia da nova Malta. No período seguinte, deve-se destacar o constante avanço tecnológico da firma, acompanhado pela ampliação da linha de produtos. Em 1996, a denominação social da companhia foi alterada para a actual Cervejaria Malta Ltda. Presentemente, a Cervejaria Malta comercializa: a Malta Pilsen, Malta Malzbier, Malta Golden e o Chopp Malta.

Cervejaria Petrópolis

- Decorria o ano de 1993 quando um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia Br 040 - Km 51. Aproveitando o clima ameno da região serrana, a existência de água de qualidade excepcional e fazendo uso dos excelentes conhecimentos  de um mestre cervejeiro e de matéria-prima importada de alta qualidade, é lançada em 1994 a cerveja Itaipava, cuja primeira aparição decorreu no Shopping Vilarejo, tendo tal festa contado com a presença de muitas pessoas da sociedade Petropolitana. A Itaipava começou a ser comercializada ainda nesse ano e em 1998 viria a aparecer com um novo rótulo, mais moderno e identificativo. Curiosamente, ainda em 98 a cervejaria é vendida a um novo grupo de investidores, que aposta na aquisição de novas máquinas e na expansão da fábrica. Surge igualmente um novo produto que teve logo boa aceitação no mercado brasileiro, a cerveja Crystal. Com o aumento da demanda e a preocupação em atender aos diversos paladares, a Cervejaria Petrópolis ampliou em meados de 2004, a sua lista de produtos, lançando a Petra, uma cerveja escura Premium (produzida em Petrópolis), além de ampliar as linhas das marcas Itaipava e Crystal com as long neck nas versões Pilsen, Premium e Malzbier e também versões em chope claro e escuro. A Petrópolis também inovou ao adoptar o selo higiénico, que é uma folha fina de alumínio que cobre a parte superior da lata e que tem de ser retirada para permitir a abertura da mesma.

Cintra

- Em 1997, o grupo empresarial de origem portuguesa Cintra, lança-se no mercado de cervejas brasileiro. Com actuação em áreas tão diferentes como o petróleo, imobiliária, energias renováveis ou águas minerais,  a companhia viu uma hipótese de negócio a partir da aquisição de uma fábrica de cerveja situada em Mogi-Mirim - SP, antes pertença da Kaiser. Com uma capacidade de produção de perto de 150 milhões de litros de cerveja por ano só na unidade de Mogi-Mirim, o grupo Cintra prevê continuar a crescer no Brasil, não só através do lançamento de novos produtos mas também apostando no aumento da capacidade de produção das actuais fábricas. A conquista do mercado é feita através da Cintra Pilsen, Cintra Escura, Cintra Mulata e Chopp claro e escuro.

Colônia/INAB

- Inicialmente designada por Cervejaria Sul Brasileira, a INAB (Indústria Nacional de Bebidas) é uma empresa recente no mercado de bebidas brasileiro, apresentando, no entanto, um forte crescimento e expansão. Fundada em 1994 por iniciativa de Jaime Gatto e Saul Brandalise Jr., a empresa de Toledo - PR elabora vários produtos, sendo o de maior destaque a cerveja Colônia Pilsen. Para além desta, produz também a Sambadoro, uma cerveja Premium destinada à exportação, a Colônia Malzbier, a Colônia Negra (uma cerveja escura tipo stout, lançada em 2004), a Colônia Low Carb, a Colônia Extra Lager e o Chopp Colônia. Um dos produtos mais inovadores desta firma é a Donna's Beer. Esta cerveja, especialmente vocacionada para o público feminino, possui aroma e sabor delicados, suaves e refrescantes, com uma sensação levemente frutada no paladar final. As garrafas são envolvidas por um rótulo sleeve (sistema de rotulagem plástica) importado de França, em tons de prata e vermelho, com detalhes em flores que se destacam quando expostos à luz negra.

Conti

- O ano de 2001 assistiu à concretização de uma ambiciosa parceria entre a Krones, a maior fornecedora de máquinas do mundo para o segmento das bebidas, e a Casa di Conti, fabricante do tradicional vermute Contini. O resultado desse acordo de colaboração foi o surgimento da Cervejaria Conti, que ainda durante o primeiro ano iniciou a produção da cerveja Conti. A fábrica, com uma capacidade de produção de 300 mil hectolitros/ano, produz actualmente a Conti Bier, a Conti Malzbier e o Chopp Conti.

Eisenbahn/Cervejaria Sudbrack

- A Sudbrack, de Blumenau - SC, é uma empresa bastante recente no mercado de cervejas brasileiro. Criada em 2002, surgiu devido ao descontentamento de alguns empresários do sector pela forma como estava a evoluir o mercado de cervejas do país. De facto, cada vez mais se faz chopp e cervejas do tipo pilsen, esquecendo-se os outros tipos tradicionais de cerveja originários da Europa. Apostando num experiente mestre cervejeiro e seguindo a Reinheitsgebot, a Lei Alemã da Pureza, criaram a Eisenbahn que pode, hoje em dia, ser degustada sob muitas formas: Dunkel, Kolsch, Pale Ale, Pilsen, Pilsen Orgânica, Weihnachts Ale, Weizenbier, Weizenbock, Rauchbier, Bierlikor e, claro, Chopp. Admitamos que tal variedade é muito difícil, senão mesmo impossível, de encontrar em qualquer outra empresa cervejeira brasileira.

Frevo

- A empresa Frevo Brasil Indústrias de Bebidas, sedeada em Recife - PE, decidiu entrar no mercado das cervejas no início do novo milénio, lançando, para isso, a cerveja Frevo Pilsen em Julho de 2003. Tal representou um investimento de 20 milhões de reais e coincidiu com o sexto aniversário desta companhia. A área de distribuição desta cerveja pernambucana incidiu, inicialmente, na região do Nordeste, sendo que a empresa esperava conseguir controlar 10% desse mercado no final do  primeiro ano. Estes objectivos ambiciosos não foram totalmente atingidos pelo que, em Dezembro de 2005, a Frevo apareceu no mercado com uma nova fórmula, pronta a agradar ao gosto do consumidor brasileiro.

Gabel’s

A Gabels orgulha-se em ser a primeira cerveja barbante artesanal especial do Estado de  Minas Gerais fundada em 1898. Haviam outras cervejas no estado de Minas Gerais, mas feitas a partir só do milho. Como contam os historiadores.

A Gabel’s era conhecida como cerveja-barbante isto porque na época ainda não eram utilizadas tampinhas para fechar as garrafas, e sim, rolhas que precisavam ser amarradas com barbante e coladas com breu.

A História do Meu Trisavô que teve a Segunda Fábrica de Cerveja de Belo Horizonte

Em 1898, o imigrante italiano Fioravante Eugênio Armani chega ao Brasil.
O imigrante italiano Fioravante Eugênio Armani, nascido em 1862 na província de Trento, Itália, filho do Italiano Domenico Armani e Antonia Raymond.

Em 1898, chegou ao Brasil, após morar por 3 anos na Argentina na cidade de Juarez. Fioravante dominava sete idiomas e se mudou para Belo Horizonte – MG com o objetivo de ser intérprete da colônia de imigrantes alemães que veio para ajudar na construção da capital mineira.
Casado com Melânia Pensini, nascida em Milão, Itália, teve quatro filhos.

Pode-se falar que Melânia era a timoneira da família, pois, além de cuidar da casa e dos filhos, tocava a fábrica de cerveja e de soda limonada do bairro Santa Efigênia em Belo Horizonte (localizada na rua Niquelina, esquina com rua Frutal).
Fioravante e o sócio que era seu cunhado Amadeu Pensini passavam a semana fora cuidando da unidade localizada em Honório Bicalho, distrito de Nova Lima, responsável pelo fornecimento de cerveja Gabels artesanal a partir de maltes selecionados aos ingleses da Faria Gold Mining e da Saint Jonh Del Rey Mining.

A Gabels era conhecida como cerveja-barbante isto porque na época ainda não eram utilizadas tampinhas para fechar as garrafas, e sim, rolhas que precisavam ser amarradas com garfo que é (Gabels em Alemão) com barbante e coladas com breu.

A morte pré-matura de Melânia, aos 33 anos, levou a Fioravante a fechar a unidade de Honório Bicalho que ia muito bem e a tocar o negócio só em Belo Horizonte

Nota:
- Em Cosmópolis, interior de São Paulo teve uma das primeiras fabricas de cerveja do pais cervejaria barbante do imigrante italiano Juseppe Morelli que anos depois deixou de fabricar cerveja e montou um Olaria Tijolos Morelli, que ainda existe em construções antigas da cidade.


Fonte: http://historianovalima.no.comunidades.net/a-historia-de-honorio-bicalho

Germânia

- Apesar do nome idêntico, não se deve confundir esta cervejaria com uma que existiu no início do século XX e que entretanto desapareceu. A actual Germânia foi fundada em 1991 na cidade de Vinhedo - SP. Após um início difícil, a contratação de um mestre cervejeiro e o investimento no desenvolvimento da fábrica fez com que a empresa se tornasse conhecida, especialmente na venda de chopp. Resultado: hoje a Germânia responde por 10% do mercado de chopp de São Paulo e prepara-se para obter a mesma performance longe da região Sudeste. Para além do chopp, a Germânia comercializa também a cerveja Pilsen e a Escura.

Guitt's/Refrigerantes Convenção

- A Guitt's, criada em 2001 pelos Refrigerantes Convenção, é uma nova aposta desta empresa e resulta num investimento que permitiu criar na cervejaria uma capacidade instalada suficiente para produzir 300 mil hectolitros anuais. Localizada em Caieiras - SP, a firma produz a Guitt's Pilsen e a Guitt's Malzbier. E porquê Convenção? Em 18 de abril de 1873, um encontro denominado “Convenção de Itu”, reuniu um grupo de paulistas partidários do derrube do regime monárquico. Eram, na sua maioria, fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e beneficiários dos negócios da grande lavoura cafeeira. Neste encontro foram propostos novos princípios para a organização do país e lançadas as bases do movimento republicano. Foi este grande marco histórico que inspirou a criação da marca Convenção.

Kaiser

– Tudo começou em 1980, ano em que Luiz Otávio Possas Gonçalves, um dos principais accionistas do grupo Gonçalves-Guarany, proprietário, desde 1947, de duas grandes engarrafadoras de Coca-Cola no estado de Minas Gerais, passou a perder gradualmente a sua participação no mercado de refrigerantes. De facto, as duas maiores marcas líderes do mercado de cervejas praticavam um tipo de vendas em que quase obrigavam o comerciante a comprar guaraná e soda à empresa que também lhe vendia cerveja. Para tornear esse problema, Luiz Gonçalves optou por passar a fabricar, ele próprio, cerveja. Arriscando todo o capital de que dispunha para construir uma nova cervejaria em Divinópolis - MG, a Kaiser rapidamente conseguiu colocar a sua primeira garrafa no mercado, a 2 de Abril de 1982. O nome Kaiser foi escolhido devido ao seu significado em alemão (‘Imperador’), por ser uma palavra de pronunciação fácil e por associar à imagem da marca a tradição dos antigos cervejeiros alemães. O rápido sucesso que a empresa teve em Minas Gerais possibilitou a expansão da estrutura com novas fábricas em Mogi-Mirim – SP e Nova Iguaçu – RJ. No final de 1983, a Kaiser já distribuía para os grandes mercados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nessa mesma época, a tradicional cervejaria holandesa Heineken, uma das maiores exportadoras de cerveja do mundo, passou a dar assistência técnica à Kaiser. Em 1984, a Coca-Cola Internacional entrou na sociedade, ao comprar 10% da cervejaria, convencida que o mercado brasileiro apresentava características incomparáveis ao resto do mundo. Em 1986, a marca Kaiser já estava em Goiás, na região de Brasília e Mato Grosso. Depois, em Setembro de 87, foi criada uma nova unidade em São Paulo, na cidade de Jacareí, o que reforçou o abastecimento na região. O crescimento da companhia fez-se também através de aquisições e lançamento de novos produtos, como aconteceu com a compra da marca Xingú, da Cervejaria Independente Lda., de Toledo – PR e o aparecimento de uma nova marca de cerveja pilsen baptizada de Santa Cerva. Em 2002 viria a ocorrer uma grande alteração no capital social da empresa, já que a canadiana Molson Inc. adquiriu a companhia por US$ 765 milhões. A operação envolveu a aquisição das Cervejarias Kaiser Brasil S.A, Cervejarias Kaiser Pacatuba S.A., Cervejarias Kaiser Nordeste S.A. e Cervejarias Kaiser Goiás S.A., com a transferência de 100% das acções da Bavaria Ltda., ficando somente a denominação Cervejarias Kaiser Brasil S.A. Apenas 4 anos depois a Kaiser viria a ser novamente comprada, desta vez pela mexicana Femsa que adquiriu 68% do capital da empresa, continuando 15% com a Molson e 17% com a Heineken. Hoje, a Kaiser possui 10 fábricas, gera cerca de 2300 empregos directos e 620 indirectos. A estratégia de expansão da empresa continua forte e activa, com lançamentos de produtos como a Kaiser Gold (uma cerveja que já existia no Sul e que agora passou a ser vendida também em São Paulo), a Santa Cerva Malzbier e a Bavaria Premium em lata, uma das mais antigas cervejas do Brasil. Para além disso, novas unidades foram surgindo, como sejam as de Araraquara - SP, Feira de Santana - BA, Ponta Grossa - PR e Gravataí - RS.

Krill

- A Cervejaria Krill, fundada em 1987, está localizada na Estância Hidromineral de Socorro - SP, a 140 Km da capital paulista, povoação famosa em todo o país pelas suas riquezas naturais e pela abundância de fontes de água mineral. A privilegiada região em que a empresa se localiza é conhecida como "Circuito das Águas" e atrai, todo o ano, milhares de turistas que procuram descanso e contacto com a natureza. Em 1994, a cerveja Krill começou a ser produzida de uma forma quase artesanal, isto apesar da história da empresa se ter iniciado bastante antes, mais precisamente na década de 50 do século passado. Da produção de bebidas como  licores e conhaques, rapidamente se passou à elaboração de refrigerantes, nomeadamente o Guaraná Mantovani ou Indião, como é conhecido na região. Esta bebida depressa se tornou líder do mercado regional, sendo um sucesso absoluto entre os habitantes locais e os turistas e visitantes do "circuito das águas". No início dos anos 80, ainda sob o comando dos Mantovani, a empresa foi vendida a um grupo de empresários paulistas. O início da produção de cerveja resultou do facto desses empresários terem sentido a necessidade de lançar um novo produto no mercado. A Krill teve então algum sucesso e, com ele, tornou-se evidente a necessidade de se efectuarem mais investimentos. No início de 1996, a empresa adquiriu uma linha de produção ainda mais moderna, munida de centrais computorizadas. Mais recentemente foi lançada a Malzbier nas versões garrafa de 600 ml e long neck. A empresa comercializa também o Chopp Krill.

Kilsen

- A história da cerveja Kilsen começa a 3 de Julho de 1984, com a aquisição de uma pequena engarrafadora de aguardente na cidade de Chapecó - SC. A perseverança e tenacidade dos novos proprietários fizeram com que a fábrica rapidamente atingisse a sua capacidade máxima de produção, pelo que se tornou necessário ampliar as instalações e mesmo deslocalizá-las. Em Novembro de 1987, a empresa transferiu-se para novas instalações, tendo por objectivo a criação de uma rede distribuidora capaz de satisfazer todo o mercado brasileiro e mesmo alguns países do Mercosul. Actualmente, a companhia produz a Kilsen Pilsen, a Kilsen Chopp, a Kilsen Malzbier e a Kilsen Extra.

Lecker/Worldbev

- A Worldbev (antes conhecida por Fornel e Cia.) está presente no mercado de bebidas há mais de 40 anos (bebidas Boite Show), elaborando produtos tão diversificados como sejam os refrigerantes, cervejas, vinhos, chopps, destilados, entre outros. Actualmente, a empresa está instalada numa área de 100.000 metros quadrados, na cidade de Capivari, estado de São Paulo. Tendo-se dotado dos mais modernos e sofisticados equipamentos para elaboração e engarrafamento dos seus produtos, a companhia comercializa, hoje em dia, várias marcas de cerveja, a saber: Lecker Pilsen, Piva, Prosit, Lecker Malzbier e Lecker Munique.

Lokal/Cervejaria Teresópolis

- A Cervejaria Teresópolis, uma divisão industrial da tradicional Bebidas Comary, empresa líder de mercado em compostos alcoólicos, apostou, no início de 2003, no lançamento da cerveja Lokal Bier (que quer dizer "cerveja da nossa terra"), após investir cerca de 40 milhões de dólares. Gerando 480 empregos directos e indirectos, a Cervejaria Teresópolis tem potencial somente na 1ª fase para produzir mais de 10,8 milhões de garrafas de 600ml por mês, com perspectiva de ampliar para mais de 24 milhões/mês na 2ª fase (já em andamento). Actualmente, a empresa possui uma rede de 60 distribuidores, estando presente em mais de 250 mil postos de venda e em cinco estados diferentes: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e São Paulo. Do seu portefolio fazem parte a Ale, a Bock, a Dortmunder, a Ice, a Malzbier, a Munchen, a Weissbier, a Porter, a Stout e a Pilsen

Schincariol

- A história da Schincariol começa em 1939, na cidade paulista de Itu. Fundada por Primo Schincariol, a pequena e simples fábrica limitava-se a produzir refrigerantes, como a famosa Itubaína com sabor a tutti-frutti. Durante muitos anos a empresa manteve-se a um nível regional, só se destacando a partir de 1989, altura em que começou a produzir a sua primeira cerveja, tipo pilsen, que foi logo um sucesso em termos comerciais. Hoje, a Schincariol tem 7 fábricas, que produzem mais de 2,1 biliões de litros de cerveja por ano. A sua linha de produtos é formada por cervejas, chopp, refrigerantes e água mineral e estes são distribuídos em todo o território brasileiro, para além de vários países do Mercosul, Ásia e Europa. Em 2003, a empresa lançou a All Beer, uma marca própria dos supermercados Carrefour, resultante de intensas negociações entre as duas firmas. A gama de cervejas da Schincariol inclui a Nova Schin, a Primus, a Glacial e a NS2. A sua última unidade industrial localiza-se em Igrejinha - RS e resulta de um investimento de R$ 170 milhões. A planta vai produzir 150 milhões de litros de cerveja e 50 milhões de litros de refrigerante e água mineral por ano, com geração de 300 empregos directos e 2,4 mil indirectos.

Act.: Durante 2007/2008, a Schincariol comprou as microcervejarias Nobel, Devassa, Baden-Baden e Eisenbahn. Eis uma breve história sobre a Indústria de Bebidas Igarassu (IBI), fabricante da cerveja Nobel:

A Indústria de Bebidas Igarassu (IBI) iniciou as suas operações em Setembro de 2006, na cidade de Igarassu, situada a cerca de 30 km de Recife. A cidade foi escolhida por possuir um lençol freático com uma das águas mais puras do Brasil, o que possibilita a produção de uma cerveja com muito qualidade.A Nobel começou a ser vendida em Outubro de 2006 e rapidamente se tornou num sucesso em Recife. Os consumidores receberam a novidade de braços abertos e, em apenas nove meses, a cerveja já havia conquistado 6,4% de participação de mercado na cidade. Um desempenho excepcional, que poucas vezes foi visto na história do disputado mercado de cervejas. Em 2007, o Grupo Schincariol comprou a IBI e a marca Nobel. Foi assim que a marca se expandiu para outras praças no Nordeste, como Maceió e Salvador. Este processo de expansão ganhou mais força com a comercialização de Nobel no interior do Estado da Bahia, em Aracaju (SE), Natal (RN) e João Pessoa (PB). Em Abril e Maio do mesmo ano, a Nobel também começou a ser comercializada em Fortaleza (CE), Teresina (PI) e em São Luís (MA), onde a cerveja só foi vendida em supermercados e hipermercados. Em São Paulo, na capital e em algumas cidades do interior, a Nobel pode ser encontrada na rede Pão de Açúcar.

Spoller/INBEB

- A Spoller é uma empresa que iniciou as suas actividades em Ourinhos - SP, local onde produz a tradicional cachaça Oncinha. Em 1997 a companhia passou também a produzir a cerveja Spoller e, numa tentativa de aumentar a capacidade de produção, mudou-se em 2004 para a cidade de Londrina - PR, adoptando a empresa uma nova designação comercial: INBEB - Industrial Norte Paranaense de Bebidas, Lda. A firma comercializa as cervejas Spoller Pilsen e Spoller Malzbier.

E eis-nos na altura de regressarmos à história bem recente da AMBEV e da INBEV. Por motivos cronológicos, falemos então da primeira. A Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV) resultou da fusão das históricas: - Companhia Antarctica Paulista e Companhia Cervejaria Brahma.
Após longos meses de negociações, as empresas chegaram a um acordo, criando, assim, a 5ª maior empresa de bebidas do mundo. Esta nova empresa possuía, no seu leque de marcas, produtos tão famosos como a Brahma, a Antarctica, a Skol, a Bohemia e ainda outras marcas como a Kronenbier, a Caracu, a Carlsberg, a Miller, a Polar e a Serramalte. A única designação que alienaram foi a Bavária, vendida ao gigante canadiano Molson que, entretanto, adquiriu o grupo Kaiser. Apesar desta junção, os produtos mantiveram a sua autonomia e diferentes ritmos de desenvolvimento. Por exemplo, logo no ano 2000 a Antarctica aproveita para mudar de visual, apresentando uma nova cor, um novo rótulo e uma nova campanha na comunicação social, cujo slogan era: "Mudou ou não mudou?". Do lado da Brahma, apareceram as embalagens termossensíveis que indicavam se a cerveja estava gelada e, portanto, no ponto exacto para ser bebida.

Mas não foi apenas na área das cervejas que a AMBEV apostou forte. Através de aquisições e fortes campanhas publicitárias lançou novos produtos em mercados pouco tradicionais, como foi o caso do grande investimento que fez em Portugal e Porto Rico por altura da introdução nesses países do Guaraná Antarctica. Aliou-se igualmente a empresas importantes, como a argentina Quilmes, a peruana Embotelladora Rivera ou a equatoriana Cerveceria SurAmericana, facto que lhe permitiu aceder com mais facilidade a alguns países da América do Sul e Central. Chegou mesmo a comprar as uruguaias Salus e Cympai (produtora das marcas Nortea e Prinz). A nível interno, foram apresentados três novos produtos: a Skol Beats, a Bohemia escura e a Bohemia Weiss.

Ainda o mercado não tinha absorvido por completo a junção da Brahma com a Antarctica, já outro terramoto comercial se adivinhava: a união entre a AMBEV e a Interbrew. Tal viria a ser anunciado em 2004, originando a criação da INBEV, uma empresa com mais de 200 marcas no seu portefolio, entre as quais se encontram as bem conhecidas Beck's, Brahma, Stella Artois e Leffe. Empregando cerca de 85.000 pessoas e estando presente em 32 países, a INBEV é actualmente a maior empresa cervejeira do mundo, vendendo cerca de 202 milhões de hectolitros de cerveja e 31,5 milhões de hectolitros de refrigerantes só em 2004. A Interbrew era uma empresa de raízes belgas, formada pela junção da flamenga Stella Artois com a Piedboeuf da região da Valónia. O seu carácter regional só desapareceu quando adquiriu a canadiana Labatt, uma companhia que, à altura, era practicamente do mesmo tamanho que a Interbrew. A partir daí, através de fusões e aquisições, tornou-se na maior companhia de cervejas do mundo, à frente de gigantes como a SABMiller, a Anheuser-Busch e a Heineken.

Já sob a nova gerência, é introduzida, ainda em 2004, a cerveja Serrana, com uma receita inédita, elaborada a partir de várias fórmulas datadas do início do século XX e que foram encontradas na fábrica da cervejaria Antarctica durante a catalogação do Projecto Memória Viva da empresa. Para além desta, surgem também a Bohemia Royal Ale, a Brahma Liber e a Skol big-neck, em garrafa de 50cl e com tampa de rosca.

Resta-nos deixar uma última palavra para a cerveja que é líder incontestada do mercado brasileiro: - a Skol.
Curiosamente, a ideia de formar a Skol surgiu na Europa, em 1964, a partir de um grupo formado por seis cervejarias entre as quais se incluia a "Sociedade Central de Cervejas", de Portugal. Inicialmente, a Skol associou-se ao Grupo S (Scarpa), que era detentor de 4 cervejarias: a Rio Claro (Caracu), a Santista, a Cayru e a Londrina. Essa união originou a Indústrias Reunidas Skol/Caracu, S.A., que viria a lançar a cerveja Skol Pilsen. Em 1970, a Skol é adquirida pela BRASCAN, grupo formado por empresários brasileiros e canadianos. A estrutura accionista só viria a ser alterada em 1980, ano em que a Brahma compra a empresa, juntando às suas marcas a Skol, a Caracu e a Ouro Fino. Sempre na vanguarda da tecnologia, a Skol foi a primeira cerveja em lata do Brasil a ser comercializada em folha de flandres, para além de ter inovado com embalagens descartáveis de vidro e tampas de abertura fácil. Por outro lado, novas versões vão surgindo, como sejam a Skol Bock, a Skol Ice e a Skol Fest (cerveja em lata de 5 litros, acompanhada de bomba e bolsa térmica), mantendo-se igualmente a aposta na Caracu (relançada em lata em 1998). É também firmado um acordo com a Carlsberg, o que permite à Skol distribuir esta marca no Brasil. A última grande novidade desta empresa foi o lançamento, em 2002, da Skol Beats, uma cerveja refrescante e de aspecto moderno e, mais recentemente, a Skol Lemon, uma cerveja com um ligeiro sabor a limão.

O mercado de cervejas brasileiro tem sofrido fortes convulsões nos últimos anos, quer com a junção da Brahma e da Antarctica no grupo AMBEV, quer com a posterior fusão entre esta e a belga Interbrew, que deu origem a um dos maiores grupos cervejeiros do mundo: a INBEV. Para além desta situação, um outro fenómeno tem ganho particular destaque neste mercado tão competitivo: a expansão das microcervejarias. Após o aparecimento da primeira, que muitos consideram ser a Bavarian Park de Curitiba, surgem, por ano, entre 4 a 6 novas marcas, elaboradas tendo em vista a qualidade do produto e a satisfação do consumidor. Com cervejas que fogem do padrão comum, nomeadamente o tipo pilsen, tão querido das grandes cervejeiras brasileiras, estas pequenas explorações estão, a pouco e pouco, a conquistar o paladar do povo brasileiro. Para estas microcervejarias, a criatividade não tem limites, não sendo por isso de estranhar o surgimento de cervejas com sabor a fruta, chocolate ou tequila. Tal facto já se reflectiu nas grandes empresas, obrigadas a criar novos produtos que acompanhem essas tendências. Foi o caso do lançamento de uma série de cerveja preta especial da marca Bohemia, com garrafa personalizada e numerada. Deste modo, importa também ficar a conhecer um pouco das mais importantes microcervejarias brasileiras. Por questões de espaço, não nos é possível falar de todas, nem descrevê-las ao pormenor como muitas mereceriam. Fica apenas um pequeno apontamento sobre aquelas que nos parecem mais relevantes. A saber:

Alles Bier

- A fábrica da Alles Bier foi fundada em Curitiba decorria o ano de 1986. Esta pequena cervejaria, idealizada por alemães que vivem no Brasil, produz, ainda hoje, as suas cervejas sem recorrer à junção de quaisquer aditivos, resultando num produto fresco e sem pasteurização. Em Curitiba estão centralizadas as fases de cozimento, fervura e fermentação, garantindo assim higiene, homogeneidade de fabricação e controlo de qualidade. Cerca de 90% da produção é consumida na Alles Bier, a cervejaria/botequim/discoteca que apoia este projecto. Situado em Campinas, o espaço possui 1800 metros quadrados onde se concentra, para além do grande balcão que circunda a mini-fábrica de cerveja, a pista de dança, o restaurante e uma completa infra-estrutura para eventos especiais. Tudo isto aliado à qualidade da cerveja produzida artesanalmente.

Ashby

- A Cervejaria Ashby foi criada em 1993 pela família com o mesmo nome. Localizada em Amparo - SP, cidade que pertence ao Circuito das Águas, a empresa beneficia das óptimas condições locais e da excelente água mineral aí existente para produzir chopp e cerveja de alto gabarito. O objectivo maior da cervejaria sempre foi o de elaborar produtos de qualidade superior, pois os seus donos consideravam que o país ainda não possuía a cultura das cervejarias gourmet europeias. A sua primeira cerveja foi produzida em 1995 e desde então vem apostando fortemente no segmento do chopp personalizado. A empresa, onde pontifica o mestre cervejeiro Scott Ashby, comercializa o chopp Pilsener, a California Cooler (um produto inovador igualmente conhecido como chopp de vinho), o chopp Porter (chopp escuro), o chopp Weiss, o Hops Pilsen e o Hops Escuro, sendo estes dois últimos, basicamente, chopp engarrafado, ideais para viagens ou para consumir em casa. Leia a entrevista que fizemos à Ashby clicando aqui ou veja a newsletter da companhia.

Belts Beer

- Esta microcervejaria de Goiânia produz chopp artesanalmente, feito a partir de técnicas especiais que dispensam o uso de quaisquer produtos químicos, conservantes ou estabilizantes de espuma. A sua fermentação é feita a uma temperatura abaixo dos 12 graus, enquanto a das grandes fábricas é processada, em geral, entre os 16 e os 17 graus. Apesar de possuir o mesmo teor alcoólico da cerveja industrializada (4,5%), o chopp natural é isento de corantes e o fermento permanece vivo no líquido, garantindo a reposição do complexo B no consumidor e neutralizando qualquer indisposição estomacal. Além de atender o movimento da casa com 60% da produção de 10 mil litros de chopes mensais, a Belts Beer também comercializa a sua bebida para uso doméstico, através da venda de barris de chopp.

Bierland

- Quando começou a produzir, em 2003, a capacidade instalada da Bierland era de 20 mil litros/mês, tendo sido posteriormente ampliada para 60 mil litros/mês após a compra de novos equipamentos de produção e extracção do chope. Abrangendo inicialmente a zona de Santa Catarina, a distribuição da Bierland espera alargar o seu campo de actuação através do lançamento de novos projectos, nomeadamente o envasamento dos seus produtos, o que permitirá uma venda mais fácil por todo o Brasil. Nesta cervejaria, a qualidade do chope é assegurada pelo mestre cervejeiro Ilceu Dimer, que trabalha no ramo desde 1977. Relativamente aos produtos que comercializa, a Bierland apresenta três variedades: o Chope Pilsen (teor alcoólico de 4,8%), o Chope Bock (é uma variação de uma lager, de coloração escura e de teor alcoólico de 5,8%) e o Chope Weizenbier (naturalmente turvo, é produzido com malte de cevada e de trigo).

Borck

- A cerveja Borck foi lançada em 1996 na cidade de Timbó - SC, fruto da vontade de Brunhard Borck em criar uma pequena firma onde se pudesse elaborar cervejas de qualidade e de modo artesanal, como é habitual na Europa. No dia 25 de Agosto de 1996, sai dos tanques da companhia a primeira cerveja, elaborada sob a direcção do mestre cervejeiro húngaro Zoltan Yhaz. Actualmente, a Borck já é distribuída nas cidades de Jaraguá do Sul, Balneário de Camboriú, Blumenau, Canoinhas, Lages, Indaial, Pomerode e Rio do Sul, para além de Timbó, claro. Produzindo cerca de 20 mil litros por mês, a Borck comercializa os chopes Pilsen e Malzbier.

Cervejaria Abadessa

- Após morar 13 anos em Munique, o epicentro cervejeiro da Alemanha, e trabalhar na Cervejaria Spaten Brauerei, detentora da marca Franziskaner Weissbier entre outras, Herbert Schumacher regressou ao Brasil em 1999, com o objectivo de criar um espaço onde as pessoas pudessem desenvolver o gosto pela cultura cervejeira alemã. Tal sonho viria a tornar-se realidade em 2005, ano em que juntamente com os irmãos Rosenbach e um grupo de investidores da Baviera liderados por Gunther Warter, fundou a Cervejaria RSW – Abadessa. O início das actividades fabris aconteceu a 2 de Abril de 2006, com a produção de 750 litros de Festbier no município de Pareci Novo/Vale do Cai - Rio Grande do Sul. Presentemente, produzem as cervejas Abadessa Export, Slava Pils, Abadessa Helles, Dunkles Nektar, Abadessa Weizenbier, Frankonia Rauchbier, Abadessa Festbier e Emigrator Bock/D-Bock.

Cervejaria Baden-Baden

- Esta microcervejaria produz, possivelmente, algumas das melhores cervejas do Brasil. Desenvolvidas por dois Carlos Hauser (pai e filho), as cervejas são o complemento perfeito para uma deliciosa refeição, tipicamente alemã, servida na choperia Baden-Baden. Localizada em Campos do Jordão, a cervejaria que lhe está associada produz inúmeras cervejas de qualidade, como a Red Ale (estilo Barley Wine; 7,5% ABV), a Cristal (estilo Pilsen; 3,8% ABV), a Golden (estilo Ale; 3,8% ABV), a Stout (6,5% ABV), a Bock (5.5% ABV) e a 20 Anos (cerveja estilo Bitter Ale e comemorativa dos 20 anos da choperia Baden-Baden). Para além destas, existem igualmente duas cervejas sazonais: a Celebration Inverno (estilo Doppelbock; 8,2% ABV) e a Celebration Verão (estilo Weiss; 5,5% ABV). Infelizmente, o espaço é pouco para descrever todas as qualidades das cervejas atrás mencionadas, algo facilmente constatável pelo reconhecimento e prémios internacionais que algumas delas já obtiveram. O único conselho que deixamos é: se realmente gosta de cerveja, experimente uma Baden-Baden! Actualização: em Janeiro de 2007, a Schincariol comprou a Baden-Baden.

Cervejaria Bierbaum

- Bierbaum ou "Árvore de Cerveja" é o nome de um dos sócios desta companhia, formada pelos austríacos Josef Suppan e Karl Bierbaum e família. Adeptos do conceito europeu de se produzir cervejas artesanais e diferenciadas, em ambientes em que o público possa visualizar o processo de fabricação, decidiram inaugurar em 2004, na cidade de Treze Tílias - Santa Catarina, uma microcervejaria anexa ao restaurante Edelweiss. De início, a capacidade de produção era de 10 mil litros/mês, com opção de três sabores: chopp pilsen, frutado e escuro. A empresa, além de servir o chopp no local, diretamente dos tanques da cervejaria a uma temperatura de -1º C, disponibiliza também o produto em barris de 10, 15, 30 e 50 lts. Como nome comercial, os donos escolheram "Edelbier", que traduzido para português significa "Cerveja Nobre". Foto do meu amigo e mestre-cervejeiro Evandro Zanini e do Marcelo comemorando a chegada da Bierbaum a Ribeirão Preto-SP.

Cervejaria Canoinhense

- Tudo começou na estrada Itapocu em Corupá - SC, local escolhido por João Otto W. Loeffeland para instalar uma pequena cervejaria. Tendo chegado ao Brasil em 1897, procedente da Alemanha, Otto casou-se já no país e, nessa altura, decidiu mudar o sobrenome para Loeffler.  Em 1924, Loeffler instala-se em Canoinhas e adquire a Cervejaria Canoinhense (fundada em 1908 por Luis Kaesemodel), que é provavelmente a cervejaria artesanal mais antiga do Brasil. Aí passa a produzir a cerveja escura de alta fermentação com a marca Nó-de-Pinho. Sobre a direcção do actual dono e mestre-cervejeiro, Rupprecht Loeffler, a Cervejaria de Canoinhas - SC produz cerveja e chope artesanais baseados numa receita que está na família há 5 gerações, seguindo a Reinheitsgebot - Lei da Pureza Alemã. Os tonéis de carvalho onde as cervejas maturam foram trazidos da Alemanha e têm mais de um século. A produção é de cerca de 1500 garrafas por mês. As suas principais marcas são a escura Nó de Pinho, a clara Jahu e a Mocinha. Todas possuem um teor alcoólico a rondar os 3%. Junto à fábrica fica o bar que é tão antigo quanto a cervejaria, estando decorado com animais empalhados.

Leia mais sobre a Cervejaria Canoinhense nessa notícia que saiu no jornal A Notícia. (Actualizado a 30/09/2010).

Cervejaria Cevada Pura

- Fruto do espírito empreendedor de dois jovens do interior do estado de São Paulo - Carlos Alberto Colombo e Alexandre Augusto Peres Moraes, a Cevada Pura teve o seu início no ano de 1998, altura em que estes dois amigos formaram uma sociedade com o objectivo de produzir chopp de qualidade. Tendo escolhido Piracicaba como local para instalarem a fábrica, teriam de aguardar até Setembro de 2001 até que esta estivesse pronta a laborar. Actualmente, a empresa vende chopp em barris de 15 a 50 litros, podendo estes conter as variedades Pilsen Cevada Pura (teor alcoólico de 3,8% e cor opaca devido a não ser filtrada), Chopp de Trigo (cor alaranjada e teor alcoólico próximo dos 5,5%) e Chopp Escuro (cerveja tipo stout, com teor alcoólico entre os 6% e os 7%).

Cervejaria Cidade Imperial

- Localizada em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, esta cervejaria produz o exclusivo Chopp Premium, fabricado utilizando processos idênticos aos que são ainda usados nas microcervejarias alemãs. Aproveitando a excelente água que existe em Petrópolis, reconhecida como uma das melhores do país, e fazendo uso de uma fórmula trazida por imigrantes alemães que obedece rigorosamente à Lei da Pureza da Cerveja Alemã, o chopp Imperial apresenta um excelente sabor e não recorre ao uso de conservantes. Existente nas versões escura e clara, o chopp pode ser adquirido em barris de 10, 30 ou 50 litros. Pode também experimentar a versão âmbar, resultante da mistura da cerveja escura com a clara.

Cervejaria Colorado

- A Cervejaria Colorado, do carioca Marcelo Carneiro da Rocha, é um bom exemplo da forte aposta que alguns empresários estão a fazer no segmento das microcervejarias. Há quase dez anos, montou a sua própria empresa na “Capital do Chope”  (leia-se Ribeirão Preto), onde produz três tipos de chopes Premium: a Weissbier (de trigo, não filtrado), o tradicional Pilsen e o elaborado Índia Pale Ale, este último já classificado pelo guru da cerveja, Michael Jackson. Os chopes Premium da Cervejaria Colorado são elaborados com a mais pura água do Aquífero Guarani. A fórmula de sucesso leva ainda malte seleccionado, lúpulo checo, fermento especial e uma grande dose de criatividade no processo de elaboração. As cervejas Colorado podem ser encontradas em vários locais de Ribeirão Preto, em Sertãozinho (Bar do Pedrão), Angra dos Reis (Hotel Portobello e Hotel do Frade), Campos Jordão (Hops Bar) e São Paulo (Restaurante Arábia, Bar 13, Nyc Nyc, Terraço Paulista e Finnegan's Pub).

Cervejaria da Ilha

- Situada em Florianópolis - Santa Catarina, esta microcervejaria produz o Chopp Ilhéu, que surge em três estilos diferentes: pilsen, stout e red ale. Curiosamente, a água utilizada para fabricar a cerveja é captada num  lençol freático que passa por baixo da fábrica! Para além disso, os tanques de fermentação e cozimento foram fabricados no próprio local, o que transmite uma característica especial a esta cervejaria.

Cervejaria Estância Alto da Serra

- Esta nova aposta do empresário Elói Carlone, dono da Estância Alto da Serra, espaço que é uma referência em shows country e sertanejo, fica localizada em Itaim - SP. A cervejaria tem capacidade para receber 2 mil pessoas e a sua arquitectura rústica reproduz o animado cenário de um saloon com 5 ambientes: o piso de entrada, a 'mezzanine', a cachaçaria, a loja e a pista de dança. Para além dos inúmeros espectáculos, é também um bom local para jantar e para experimentar os chopps Estância, nomeadamente o Premium, o Black, o Menta, o Groselha e o Vinho.

Cervejaria Fellice

- A Cervejaria Fellice foi inaugurada a 10 de Junho de 2002, sendo a primeira e, até ao momento, única cervejaria artesanal de Manaus. No seu interior, a Fellice tem capacidade para 400 pessoas sentadas, distribuídas em 6 ambientes diferentes: 'Mezzanine' externo, 'Mezzanine' Interno, Sala Vip, Térreo externo, Salão principal e Adega. Nestes locais pode-se apreciar 4 tipos diferentes de cerveja: a Pilsen - o estilo mais tradicional no Brasil; a Ale - de alta fermentação; a cerveja Escura - produzida com um malte que lhe oferece esta cor e a Weizen - cerveja clara de trigo de alta fermentação e naturalmente turva. As cervejas foram desenvolvidas pelo mestre cervejeiro André Nothaf e seguem os mais rigorosos padrões de qualidade e higiene, mantendo a Lei de Pureza Alemã.

Cervejaria Heimat

- A Heimat foi fundada em 2005 na cidade de Indaial, na região do Médio Vale de Santa Catarina, conhecido como Vale Europeu, devido à forte presença de imigrantes de origem alemã. Os proprietários são Georg Sigmar Nuber e a sua irmã Elisabeth Nuber, descendentes de alemães da cidade de Lindau. A receita da cerveja foi resgatada pelo dono da Heimat à história dos seus familiares, que já faziam cerveja nos porões das suas casas medievais. Heimat significa "terra natal", homenagem aos avós de Georg Nuber. Saiba mais sobre a Heimat aqui.

Cervejaria Imperial

- As portas da Imperial foram abertas em Outubro de 2003, no mesmo endereço que abrigou por muitos anos o Zillerthal, no conhecido Largo de Moema, São Paulo. O espaço da cervejaria é acolhedor e a decoração é inspirada no Brasil Imperial. O prédio de dois andares é recheado de raridades que compõem o Museu da Cerveja, com peças que pertenceram à antiga fábrica da Bohemia, fundada em 1853, em Petrópolis - RJ e à Companhia Antarctica Paulista, entre outras. Produzindo chopp claro e escuro, elaborados em colaboração com a AMBEV, a casa serve também pratos típicos alemães, petiscos, massas e saladas. Destaque para a feijoada em buffet, servida aos almoços de Sábado.

Cervejaria Independente/Palma Louca Pils

- A Cervejaria Independente de Toledo - PR não é propriamente uma microcervejaria, apesar do seu tamanho não ser comparável a uma Brahma ou Kaiser. A sua especificidade reside no facto de apostar fortemente no mercado da exportação. Tal apetência pelo exterior iniciou-se com a venda nos Estados Unidos e França da Xingu Black Beer (1988), uma cerveja preta, forte, que já ganhou a medalha de ouro do Beverage Testing Institute de Chicago. Mais recentemente (1998) a firma lançou a Palma Louca Pilsen, um produto que apela à imagem exótica que o Brasil transmite para os outros países. Trata-se de uma cerveja tipo lager, muito refrescante e suave, bem ao gosto de países com climas quentes.

Cervejaria Mistura Clássica

- Localizada em Volta Redonda - RJ, esta microcervejaria produz chopp próprio, distribuindo-o por cidades próximas da sua sede, nomeadamente Barra Mansa, Valença e Resende. A cerveja é elaborada sem corantes e estabilizantes e as receitas seguem o enunciado pela Lei da Pureza Alemã - a Reinheitsgebot. Na sua fórmula utilizam apenas elementos naturais como água purificada, malte, lúpulo e fermento. No bar da fábrica da Mistura Clássica, para além dos petiscos e vários pratos de carne ou marisco, é possível experimentar o Chopp Pilsen, o Chopp Premium, o Chopp Extra, o Chopp Ale Amber, o Chopp Stout Café (mistura bastante curiosa entre chopp e um toque de café) e o Chopp Pilsen Frambor (cerveja Pilsen com aroma natural de framboesa).

Cervejaria Munique

- Com mais de 20 anos de história, a cervejaria Munique foi pioneira neste segmento, ao instalar-se dentro de um shopping center, em São Paulo. Desde a sua inauguração em 1984, a condução dos destinos da companhia ficou a cargo de Arno van Enck, que tem no seu currículo, entre outros, a gestão do conhecido restaurante Recreio Holandês, que esteve instalado num tradicional bairro Alemão de São Paulo entre 1930 e 1983. Para além de várias marcas de cerveja estrangeiras, aqui também é possível apreciar o chopp Munique, produto exclusivo e fabricado na cidade de Vinhedo, a 70 Km de São Paulo. A partir deste último, é possível fazer várias misturas, entre as quais se destacam a Choco Beer (chopp claro com licor de cacau), a Beerberry (chopp claro com groselha), a Blu Beer (chopp claro com Curaçao) e a Royal Beer (chopp claro com licor de cassis).

Cervejaria Paulista

- Com dois estabelecimentos distintos, um em Guarulhos e outro em Tatuapé, a Paulista, apesar do nome, não produz chopp próprio, antes vendendo o da Brahma. No entanto, este merece um tratamento especial, saindo de torneiras douradas e podendo ser misturado, para quem preferir, com uma dose de groselha, licor de menta ou até de tequilla. De resto, muita música, dança e animação.

Cervejaria Premium/Fass

- Pertença do grupo Aralco (Araçatuba Álcool S/A),  a Cervejaria Premium resultou do investimento de 68 milhões de reais, necessários para a produção da Fass (barril, em alemão): cerveja leve, tipo pilsen e com graduação alcoólica de 4,8%. A primeira unidade, localizada em Frutal-MG, tem potencial para produzir mais de 100 milhões de litros de cerveja por ano. A escolha da cidade no Triângulo Mineiro foi motivada por dois aspectos fundamentais: a qualidade da água e a localização estratégica para a distribuição do produto, que inicialmente teve a sua comercialização feita em quatro Estados: Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Na primeira fase de produção, a Cervejaria Premium estima colocar no mercado cerca de 35 milhões de litros/ano, podendo estender esta capacidade até chegar aos tais 100 milhões de litros, dependendo da aceitação do produto nos diferentes mercados em que vai actuar.

Cervejaria Universitária

- Estabelecida em Barão Geraldo - SP desde 2002, a Universitária já conquistou a região de Campinas com a sua cerveja artesanal de alta qualidade. Com uma produção de 25 mil litros de cerveja, a empresa do mestre cervejeiro Reynaldo Fogagnolli (ex-Brahma) tem duas lojas de fábrica em Valinhos e Vinhedo, para além das fábricas em Barão Geraldo, Americana e Itu. Todas as cervejas da Universitária são feitas sem corantes ou aditivos, seguindo a Reinheitsgebot ou Lei de Pureza da Baviera, de 1516, podendo ser degustadas em quatro estilos diferentes: a Pilsen Clássica, a Amber (cerveja de alta fermentação, elaborada com maltes especiais que lhe conferem a cor), a Porter (escura e de alta fermentação, com graduação alcoólica de 7% vol.) e a Hefeweizen (turva e de alta fermentação).

Cervejaria Zanni

- Em 1975, José Eugénio, um então jovem empreendedor, tornou-se revendedor de cerveja em Maringá, dando início a um longa carreira de 30 anos no mercado cervejeiro. Em Londrina, nos anos 70, criou a revenda Belon, que comercializava os produtos Skol e em 1994 adquiriu o parque fabril de refrigerantes da Brahma, em Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina), tendo aí instalado a Indústria de Bebidas Zanni, onde começou a produzir o refrigerante ''Guaratuba''. Actualmente, a Cerveja Zanni é feita numa das fábricas mais modernas da América Latina, estando a comercialização a cargo do grupo Allston Brew. A Zanni é do tipo pilsen, suave e com baixo teor alcoólico. Uma das suas principais características reside no "blend do malte feito com cevada importada", ingrediente desenvolvido para compor a cerveja Zanni e que lhe garante assim um sabor exclusivo.

Chopp do Fritz

- Formado como mestre-cervejeiro pela Universidade de Berlim, Jörg Schwabe, 52 anos, trabalhou para grandes empresas cervejeiras durante 22 anos. Em 1993, já com capacidade financeira suficiente para criar a sua própria marca, apresentou o Chopp do Fritz, localizado em Sumaré. Hoje, a Cervejaria Chopp do Fritz tem uma produção mensal satisfatória, mas os directores da empresa têm a perspectiva de dobrar os números actuais (cerca de 100 mil litros por mês). A cervejaria trabalha com quatro tipos diferentes de chopp. São eles: o Klar (chopp claro tipo pilsen, de baixa fermentação); a Koelsch (reserva especial, chope de alta fermentação e não filtrado); a Dunkel (chopp escuro de baixa fermentação) e o Natur (chopp pilsen de baixa fermentação e não filtrado), que são distribuídos nas choperias Beppo e Mitto, de Americana, assim como numa dezena de estabelecimentos de Campinas e regiões adjacentes.

DaDo Bier

- A DaDo Bier é um mix de restaurante, bar, música ao vivo, festas e, claro, cerveja. Situada em Porto Alegre, a empresa chegou a ter uma fábrica no Rio de Janeiro, com capacidade para 60 mil litros mensais. No início de 2001 a DaDo já tinha encerrado as actividades de uma outra microcervejaria em São Paulo (que reunia uma pequena unidade de produção, restaurante, bar e boate no mesmo local), aberta em 1996. Em 2000 também arrendou uma operação semelhante situada no Rio  de Janeiro, a funcionar desde 1998, permanecendo apenas com a produção de cerveja. O objectivo passa por concentrar todas as operações em Porto Alegre. A cerveja artesanal DaDo Bier é produzida sem nenhum aditivo químico ou cereal não maltado, utilizando apenas lúpulo, malte, fermento e água. É uma cerveja aromática, com teor médio de amargo e volume alcóolico que varia entre os 3,5 e os 4%.

Devassa

- A Devassa, dos sócios Cello Macedo, Marcelo do Rio, Joca Muller e Tito Lívio Macedo, é uma cerveja produzida numa unidade própria de mil metros quadrados, instalada na zona portuária do Rio de Janeiro, que contou com investimentos da ordem dos 1,5 milhões de reais e que surgiu no ano 2000. A produção mensal da fábrica é de 70 mil litros, dos quais 16 mil são engarrafados. A expectativa é chegar a 360 mil litros/mês, a capacidade máxima de produção. Além do Rio de Janeiro, a Devassa já tem um ponto de venda em São Paulo e oito em Londres, onde tem tido uma aceitação excepcional, com direito a citação no Sunday Times, que a apontou como a bebida mais badalada do Rio de Janeiro! A cerveja é produzida em três estilos diferentes: a Devassa Loura, do género Pilsen, com características clássicas, mas com sabor mais apurado que uma Lager comum; a Devassa Ruiva ou Ale, uma cerveja mais encorpada, desenvolvida especialmente para o clima brasileiro, daí ter sido baptizada como Tropical Ale; e a Devassa Negra ou Dark Lager somente na versão chope.

Act.: Em 2007, a cervejaria Devassa foi comprada pela Schincariol por 30 milhões de reais. Com um facturamento anual de 12 milhões de reais, a rede Devassa, com 13 bares no Rio de Janeiro e em São Paulo e uma fábrica no Rio, tornou-se rapidamente numa das marcas mais conhecidas de cerveja e chope artesanal no Brasil.

Fábrica do Chopp

- Fundada pelos irmãos René e Ricardo Davanço Fontes, a Fábrica do Chopp localiza-se na na Rua Paulo Franco, 267, Vila Leopoldina - São Paulo. Aí, num espaço com 600 metros quadrados, é produzido o Chopp Imperatriz, a marca própria da empresa. Foram investidos R$ 1 milhão na microcervejaria para produzir 25 mil litros de chope por mês, sendo que a elaboração das receitas ficou a cargo do mestre cervejeiro Michael Walter Trommer. O Chopp Imperatriz é produzido com maltes, lúpulos e leveduras importados, sem conservantes ou aromatizantes. A água é oriunda da região serrana de Lindóia. A microcervejeira conta ainda com um espaço reservado para a degustação, destinado a pessoas que queiram experimentar a qualidade do produto e ainda aprender mais sobre o processo de fabricação, acompanhados pelo mestre cervejeiro. Actualmente, a Fábrica do Chopp produz a Imperatriz Black Beer, a Imperatriz Pilsen, a Imperatriz Porter e a Imperatriz Red Ale.

Factory Beer

- A Cervejaria Factory Beer surgiu após a reformulação do projecto inicial da discoteca Factory Club que, em Outubro de 1998, lhe viu ser adicionado um espaço onde se produzia cerveja artesanal de qualidade. Situada na região do Grande Porto Alegre, mais precisamente em São Leopoldo, a empresa produz actualmente a Pilsen Natural (de coloração dourada, mas de aparência turva por não passar pelo processo de filtragem), a Pilsen Cristal (também de coloração dourada, esta cerveja passa pelo processo de filtragem, deixando a cerveja cristalina) e a WeekBeer (feita a partir da Pilsen Cristal, são empregadas essências/aromas naturais, como chocolate, pitanga, jasmim, entre outros sabores, o que lhe dá características distintas).

Falke Bier

- A história desta companhia começou em 1988, ano em que são fabricadas as primeiras 260 garrafas - 2 kits de cerveja caseira, por Marco Antonio Falcone, no sítio da família, próximo da cidade de Belo Horizonte. A marca inicial era "Cirvizia Aquila" e a produção destinava-se essencialmente a amigos e familiares. O verdaderio arranque dá-se em 2000, altura em que Falcone viaja pela Europa e pelo Brasil, visitando várias microcervejarias e estudando métodos de produção. Após vários testes, construção do edifício-sede e aquisição de máquinas e do 'know-how" necessário, o primeiro chopp Falke Bier viria a ser comercializado no dia 28 de Junho de 2004, no bar "Mercearia Lili". A empresa produz actualmente o Chopp Falke Bier Pilsen, o Chopp Falke Bier Ouro Preto e o Chopp Falke Bier Red Baron, produtos que podem ser saboreados em vários locais como o Café Kahlua, o Botequim do Pinguim ou o Café Pasárgada. Há ainda que destacar a Falke Tripel Monasterium, uma cerveja exclusiva, ao estilo Belgian Triple. Na sua composição entram maltes de cevada, trigo e aveia e ainda sementes de coentros e cascas de laranja. É refermentada na garrafa e envasada em garrafas estilo champanhe, com tampas de rolha. Os copos também são muito bonitos (de cristal e gravados a ouro) e produzidos propositadamente para esta cerveja.

Hamburg Bier

- Localizada em Novo Hamburgo - RS, a Cervejaria Hamburg Bier oferece chopp preto e branco, produzido artesanalmente na cidade de Teutônia. Inaugurada em 2003, esta microcervejaria tem restaurante, pub, mesas de bilhar e outras atracções, nomeadamente espectáculos ao vivo e diversas festas temáticas. Na área das refeições, destaque para o buffet de panquecas, pratos típicos alemães, massas e pizzas.

Haus Bier

- A microcervejaria Haus Bier foi fundada em 1998 na cidade de Vilhena - RO. Idealizada por Hermes Balcon, um paranaense de origem alemã, e com a ajuda do seu primo Orlando Hanemann, um mestre cervejeiro com 32 anos de experiência na Brahma, a cervejaria pretendia trazer para o norte do Brasil o típico ambiente de uma microcervejaria artesanal alemã, local onde o cliente pode degustar a cerveja directamente no local de produção. O sucesso foi imediato e a Haus produz hoje cerca de 80.000 litros de cerveja por mês. Aliás, rapidamente a notícia da qualidade da Haus se espalhou, facto que originou o aparecimento de inúmeros interessados em produzir cerveja nos mesmos moldes. Assim, no ano 2000, por força da insistência dos empresários interessados em produzir cerveja gastronómica “Haus Bier”, surgiu a necessidade de se constituir uma empresa (Indústria Metalúrgica) para fabricação de equipamentos para montagem de Microcervejarias Gastronómicas dentro do padrão cervejeiro Europeu. Nasce então a “Rondinox-Haus Bier Ind. e Com. de Microcervejaria Ltda-EPP". No restaurante da Haus Bier é possível degustar o Chopp Lager, Chopp Cristal, Chopp Escuro, Chopp com menta e Chopp com caramelo. (Actualizado a 17/10/2007).

Klaus Bier/Cervejaria Donauer

- O "Chopp Alemão" - Klaus Bier é produzido e envasado na Cervejaria Donauer, em Foz do Iguaçu - Paraná. Fruto do investimento do alemão Albert Donauer, a fábrica surgiu da vontade deste mestre cervejeiro em montar o seu próprio negócio, após ter trabalhado para diversas empresas de cerveja brasileiras. Actualmente, a firma produz o Chopp Pilsen (baixa fermentação; 4,8% ABV), o Chopp Premium (baixa fermentação, cor escura e 4,8% ABV) e o Chopp Wein Bier. Este último é bastante característico, pois recebe 25% de vinho puro de uva na sua fase de maturação, o que dá origem a um produto de coloração rosada, bem frutado, com sabor a uva e levemente adocicado, tendo um teor alcoólico próximo dos 6%. A área de distribuição do chopp centra-se maioritariamente à volta de Florianópolis.

Krug Bier

- A Krug Bier, microcervejaria de Belo Horizonte - Minas Gerais, produz chopp de forma artesanal, utilizando tecnologia e 'know how' de origem austríaca, mais propriamente da Grieskirchner, uma cervejaria com quase 300 anos de tradição. Inaugurada em 1997, a companhia apostou no mestre cervejeiro Arnaldo Ribeiro para elaborar e controlar a qualidade das cervejas da casa. E essa (boa) qualidade foi certamente conseguida, já que hoje os chopes Krug Bier, claro e escuro, são Premium, eleitos e premiados por um júri internacional altamente qualificado, no 1º Concurso Brasileiro de Cervejas Especiais, realizado pela ABMIC e Miller Freeman na Fispal 2000. Para produzir os seus chopes (Krug e Cristal - claros,  Âmber - escuro e Weizenbier - malte de trigo), a microcervejaria segue rigorosamente a Lei de Pureza da Baviera, na qual somente os componentes clássicos são utilizados na produção: água, malte, lúpulo e fermento, sem a adição de outros cereais não maltados.

Leviana

- Lançada pela rede carioca de botequins Manoel & Juaquim, a cerveja Leviana conta com um rótulo desenhado pelo cartonista Miguel Paiva, sendo que o seu desenvolvimento se deveu a André Nothaft, ex-Devassa. Na sede da companhia, situada em Engenho de Dentro, bairro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, pode-se experimentar o chopp cremoso ou a Leviana Premium em garrafa.

Lupus Bier

- No dia 17 de Dezembro de 2002, foi inaugurada a primeira microcervejaria do Ceará, localizada na Rua dos Tabajaras - Praia de Iracema, em Fortaleza. O empreendimento, com capacidade para 500 pessoas sentadas, é um estabelecimento com buffet, churrascaria, pizzaria e massas preparadas na hora. Na microcervejaria Lupus Bier, são produzidas cervejas do tipo pilsener e escura, para além das cervejas com frutas (morango, abacaxi, maçã, canela e caju), que podem ser degustadas nas 11 mesas de confraria que aí se encontram instaladas. As cervejas frutadas foram desenvolvidas no próprio estabelecimento pelo responsável químico e cervejeiro Evandro J. Zanini. Actualmente, a capacidade de produção instalada ronda os 40 mil litros/mês e o espaço é já um ponto de atracção tanto para locais como para turistas.

OPA Bier

- A Opabier é uma cerveja produzida de forma artesanal, em Joinville, que segue a Lei Alemã da Pureza de 1516. A sua elaboração é supervisionada pelo cervejeiro Elmar, pessoa com largos anos de experiência da AMBEV e da cervejaria artesanal Heimat. Com uma capacidade inicial de produção perto dos 8 mil litros mensais, a companhia produz um chope suave e refrescante. O nome OPA foi sugerido por ser um cumprimento típico da região e por, em alemão, significar avô, o que apela à tradição. Para além do mais, é uma expressão simples de memorizar. Leia a entrevista que fizemos à OPA Bier, clicando aqui.

Pils

- Em 2002, a empresa DINHO Bebidas lançou a Cerveja Pils, um produto com perfil popular e que opta por oferecer um bom sabor a preços competitivos. Actuando no segmento das bebidas há alguns anos, nomeadamente através da produção de aguardentes e outras bebidas destiladas e na distribuição de cerveja, foi com naturalidade que a companhia decidiu passar a fabricar a sua própria cerveja. Inicialmente distribuída na região de Curitiba, a Pils já pode ser encontrada em diversas cidades do Paraná e de Santa Catarina, através de distribuidores e revendedores. Para além do chopp, a Pils pode ser comprada em garrafa ou lata e em dois estilos diferentes: a Pilsen e a Malzbier.

Schmitt Bier

- As cervejas Schmitt são produzidas artesanalmente na cidade gaúcha de Porto Alegre. A história da cervejaria começou há mais de 20 anos, quando Gustavo dal Ri, sócio da empresa, começou a elaborar cervejas na sua própria casa. Essa produção baseava-se na receita exclusiva de uma vizinha sua, descendente de alemães. A partir dessa época, o então candidato a mestre cervejeiro dedicou todos os seus esforços em pesquisas para aperfeiçoar os seus produtos, formando-se, entretanto, em engenharia química e viajando pela Europa e Estados Unidos para adquirir mais conhecimentos acerca da nobre arte de fazer cerveja. Hoje em dia, a companhia produz a Schmitt Ale, a Schmitt Barley Wine (com 8,5% ABV) e a La Brunette (com teor alcoólico de 4,5%).

Schornstein

- Nas vésperas do Campeonato do Mundo de Futebol - Alemanha 2006, abriu uma nova opção na cidade de Pomerode - RS, mais concretamente a cervejaria Schornstein. O bar em anexo oferece aos clientes quatro opções do líquido precioso, todas elas de baixa fermentação: o Pilsen Natural (não filtrado), o Pilsen Cristal e o Pommern-Bier (do tipo Pale Ale) e a Schorn-Bier (bock, com um sabor levemente adocicado). Os três primeiros têm teor alcoólico a rondar os 4,5% e o último, um pouco mais alto, 7,5%, sendo este uma bela opção para enfrentar o inverno da região. No cardápio, para acompanhar as bebidas, existem quatro tipos de tábuas de frios, três tipos de sanduíches (pão francês, preto e baguete), tiras de Eisbein com cebola assada, Filet Mignon, Picanha, Rosbife, para além das típicas salsichas (cozidas na cerveja e servidas com mostarda amarela e escura).

Stadt Bier

- Extremamente recente e moderna (2004), a Stadt Bier é a primeira microcervejaria de Brasília. O edifício que alberga a cervejaria fica situado no Sector de Indústrias Gráficas e dentro dele o consumidor pode vislumbrar todo o processo de fabricação da cerveja que vai beber. Um enorme balcão divide o espaço: de um lado, ficam os imensos tanques de aço, que podem produzir até setenta mil litros da bebida; do outro, mesas e cadeiras para atender até 150 pessoas. O grande destaque em termos de cerveja vai para os chopes da casa, vendidos em três estilos diferentes: o Schwartz (escuro, de puro malte, sem conservantes ou estabilizantes), o Kristal (claro, produzido apenas com água, malte e lúpulo; cor dourada e aparência límpida) e o Stadt (aparência turva, decorrente da não filtração). Para além destes, é também possível experimentar algumas cervejas estrangeiras, excelentes para acompanhar uma picanha ou um hambúrguer.

Zehn Bier

- Quando a família Zen decidiu criar uma fábrica, em Brusque - SC, destinada à produção de cerveja artesanal, um dos filhos do Sr. Hylário, mentor do projecto, escreveu “Zehn” numa folha de papel. Era o sobrenome da família, mais o H do pai. E significa dez em alemão. Inaugurada em 2003 e com uma capacidade de produção a rondar os 50 mil litros mensais, a Zehn elabora, hoje em dia, os chopes ZeHn Bier Pilsen e Porter. Mais recentemente a firma passou também a disponibilizar o chope em garrafas de 600ml. O chope é engarrafado sem pasteurizar, fazendo com que a validade da bebida seja apenas de 30 dias. A produção inicial vai ser de 100 caixas semanais de 24 garrafas de 600ml. Leia a entrevista que fizemos à Zehn, clicando aqui.

Nesta 5ª Parte da História da Cerveja no Brasil, iremos falar daquelas pequenas companhias produtoras de cerveja de grande qualidade, em geral conhecidas por microcervejarias. Muitas das empresas aqui listadas produzem cerveja e chopp de grande qualidade, apesar da sua divulgação ser apenas local ou regional. É um texto que, por isso, vai estar em constante evolução, motivo pelo qual contamos com a ajuda de todos os visitantes do Cervejas Do Mundo para nos ajudarem a mantê-lo actualizado. Por razões óbvias a ordenação vai ser feita pelas iniciais de cada tópico, em vez da ordem cronológica que temos adoptado até aqui.

Bruder Bier

- Fundada em 2005, na cidade de Lauro de Freitas - Bahia, a Brüder Bier surgiu da iniciativa de dois irmãos austríacos radicados no Brasil, mestres-cervejeiros com formação na renomada Universidade Técnica de Munique, Weihenstephan – Alemanha. Após acumularem mais de 30 anos de experiência ao trabalharem para as maiores companhias cervejeiras do Brasil e não só, acabaram por conseguir realizar o sonho, em parceria com a Egisa, de montar uma fábrica própria. O chopp Brüder Bier segue os mesmos padrões de qualidade estabelecidos pela Lei de Pureza de 1516, contendo na sua formulação apenas lúpulo, malte, fermento e água. Por não possuir nenhum aditivo químico ou cereal não maltado, a Brüder Bier é comercializada apenas na forma de chopp, em barris de 30 e 50 litros. (Nota: desde meados de 2006 que o site da Bruder Bier tem estado em baixo. Para além do mais, a informação na internet é escassa e tem vindo a diminuir ao longo deste último ano. Será que a Bruder Bier ainda existe? Se tiver alguma informação que ajude a esclarecer esta situação, contacte-nos).

Cerveja Backer

- Tudo começou com o sucesso do chopp Backer, lançado na inauguração da churrascaria Porcão de Belo Horizonte. A grande aceitação que a receita do chopp artesanal teve, levou à produção da cerveja Backer, a primeira cerveja artesanal do estado de Minas, originária da Serra do Curral. Aposta dos irmãos Halim e Munir Khalil, a companhia chegaria ao mercado mineiro em Outubro de 2005. Para além do chopp Backer claro e escuro, a companhia produz também a cerveja Trigo (de alta fermentação e paladar suave, apresenta notas de cravo e aromas frutados), a cerveja Pilsen, a cerveja Brown (coloração escura proveniente da torrefacção dos maltes; baixa fermentação) e a cerveja Pale Ale (alta fermentação, ruiva, encorpada e de amargo pronunciado).

Cerveja Bonanza

- Produzida pela Montecarlo Indústria de Bebidas, Ltda, de Flores da Cunha - RS, a Bonanza é um produto recente de uma empresa que baseia o seu negócio essencialmente em refrigerantes, sejam eles sumos ou colas. A Bonanza é uma cerveja tipo Pilsen e que segue o conceito da firma: "Viva Bonanza - O sabor da vida!".

Cerveja Buena

- A marca de refrigerantes Pakera, fabricante do guaraná Tobi e do refrigerante Grapete, colocou no mercado do estado do Rio de Janeiro, em meados de 2004, a cerveja Buena. "Fica na Buena" é o conceito que a MG (empresa publicitária) desenvolveu para lançar o produto, um dos mais novos concorrentes na "guerra" das cervejas. Marcelo Gorodicht, o mentor do projecto, planeia alargar a distribuição da marca a todo o país, dependendo da aceitação que esta tiver no Rio de Janeiro.

Cerveja Diabólica

- É de Curitiba a nova cerveja Diabólica, cerveja artesanal que teve o seu lançamento oficial no dia 21 de Fevereiro de 2009 na Cervejaria da Vila - bar da capital paranaense dedicado à cultura da cerveja. Para essa festa foram feitas apenas 350 garrafas da Diabólica. Criada por cinco curitibanos que desejam resgatar as tradições das cervejas antigas, estamos falando de uma IPA (India Pale Ale) que leva sete tipos diferentes de malte e utiliza o “Dry Hopping”, isto é, a adição de lúpulo ao final do processo de fermentação. Ela é refermentada na garrafa e a sua coloração é avermelhada, com aromas de frutas cítricas e amargor persistent. O publicitário e um dos criadores da Diabólica, Rafael Higino desenvolveu um rótulo vermelho, destacando os 6,66 % de teor alcoólico da cerveja. Até ao momento, a Diabólica pode ser encontrada em poucos e exclusivos lugares, entre eles a Cervejaria da Vila e o Armazém da Serra, ambos em Curitiba (PR), sendo comercializada aproximadamente a R$13,00 por garrafa de 600 ml. Diante dessa produção limitadíssima, a sugestão é acompanhar de perto o site da companhia: www.cervejadiabolica.com.br (Última actualização: 18/05/2009).

Cervejaria Artesanal

- Localizada na região de Capim Branco - MG, a cerca de 56 Km de Belo Horizonte, esta microcervejaria, que se parece com uma casa de chope tipicamente alemã, produz o Chopp Cristal Artesanal (chopp pilsen, delicado, suave e de baixo teor alcoólico - entre 3,5 e 4,5% ABV), o Chopp Premium Artesanal (também chopp pilsen mas produzido com matérias-primas seleccionadas), para além dos barris de chopp (10, 15 e 30 litros), tudo supervisionado pelo mestre-cervejeiro Evandro J. Zanini, pessoa com vários anos de experiência quer em cervejarias quer em microcervejarias. Com uma produção inicial próxima dos 12 mil litros mensais e que poderá ser aumentada até um máximo de 340 mil litros/mês, a Artesanal já está presente no restaurante Engenho, próximo da fábrica e ainda em São Geraldo e Sto. Antônio (Última actualização: 11/09/2007).

Cervejaria Barley

- A produção da cerveja Barley começou como um hobby no já distante ano de 1992. Feita artesanalmente, esta cerveja continuou a ser produzida esporadicamente, para consumo próprio, até 2002, ano em que foi fundada a Micro Cervejaria Barley Ltda. A partir dessa data, iniciou-se a comercialização desta marca sendo que, actualmente, a companhia produz o Chopp não filtrado (natural), o Chopp filtrado e o Chopp Bock (apenas no Inverno). A Barley pode ser vendida em barris de 5, 10, 15, 20 30 e 50 litros, para além das garrafas long neck. Adoptando o slogan "Quem prova... não esquece" a Barley centra a sua distribuição no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Tal é natural, visto que é elaborada no município de Capela de Santana - RS. São já várias as localidades onde se pode degustar a Barley e onde existem revendedores, nomeadamente Porto Alegre, Caxias do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Rio Pardo, Venâncio Aires, entre outras.

Cervejaria Bierlim

- A Bierlim fica localizada em Limeira - SP. Para além de organizar eventos e churrascadas, a Bierlim também se destaca por produzir o seu próprio chopp, nas variedades Claro, Escuro, In Natura e de frutas (abacaxi e pêssego). O lema da companhia é: Bierlim, o Chopp Absoluto (Última actualização: 26/10/2007).

Cervejaria Bruge

- A Cervejaria Bruge está localizada em Águas de Lindóia, interior de São Paulo, local conhecido pelo seu microclima e pela qualidade da água. Produz as cervejas Bruge Ale e a Bruge Stout, ambas em garrafas de 500ml. A Ale é uma cerveja de alta fermentação, não filtrada, leve e com uma graduação alcoólica da 4%. Por seu turno a Stout foge um pouco ao típico deste estilo, já que a percentagem de álcool não ultrapassa os 3,2%. O fabricante/fornecedor desta bebida é a empresa Coelho e Arantes Ltda. e pode ser adquirida nas lojas online da Costibebidas ou da Imigrantesbebidas.

Cervejaria do Gordo

- No final de 2007 é lançada a Cerveja do Gordo, marca associada à casa de shows Cervejaria do Gordo, localizada junto à Rodovia Presidente Dutra, Km. 57, Lorena - São Paulo. Aberta já há alguns anos, a casa decidiu passar a produzir o seu próprio chopp, instalando uma pequena fábrica dentro da cervejaria (até aí comercializavam outras marcas). A Cerveja do Gordo é um produto puro, sem aditivos, cuja produção é supervisionada pelo mestre-cervejeiro Celso Ehtnig, cervejeiro experiente e com formação alemã. “A Cerveja mais gostosa e divertida do planeta” é um chopp tipo pilsen que, inicialmente, será apenas comercializado dentro da própria Cervejaria do Gordo (Última actualização: 18/11/2008).

Cervejaria Farol

- Inaugurada em 2003, na cidade de Canela - RS, a Farol é fruto do investimento de um alemão, de Estugarda, que trouxe para o Brasil uma receita ancestral e que respeita a Lei da Pureza Bávara. É possível visitar os tanques onde se fabrica a cerveja, bem como subir a uma torre de 39 metros donde se pode obter uma excelente vista panorâmica de toda a região.

Cervejaria Riopretana

- Inaugurada durante 2005, a Riopretana é uma aposta dos sócios Sérgio Francisco, Elisa Mariano e Volmir Gava. Com sede em S. José do Rio Preto - SP, a companhia produz três tipos de cerveja: a pilsen, cerveja clara, de fórmula alemã e com baixo teor alcoólico; a amber, avermelhada e de origem belga; a porter, cerveja escura, de origem inglesa e com um teor alcoólico mais elevado. Todos os produtos têm a supervisão do cervejeiro Reynaldo Fogagnolli Jr.

Cervejaria Whitehead

- A Whitehead nasceu em Porto Alegre mas está hoje localizada em Eldorado do Sul - RS. Iniciada como hobby pelos amigos Alexandre Carminati, João Carlos Kerber e José Otávio Kerber, a produção de cerveja artesanal só se tornou em algo mais sério a partir de Maio de 2007, altura em que, de uma forma ainda reduzida, se iniciou a produção comercial das cervejas Whitehead. O nome escolhido lembra a "head" de uma cerveja (espuma) assim como remete para a imagem daqueles tradicionais cervejeiros que já possuem os cabelos grisalhos.  Os três proprietários são responsáveis por todo o processo de fabricação e distribuição da cerveja, com uma produção actualmente limitada de 3 mil litros por mês. São fabricados quatro tipos de cerveja: Pale Ale (clara), Porter (com aroma de chocolate, café e malte torrado, amarga e com notas cítricas no gosto), Irish Ale (avermelhada) e Witbier (clara enaturalmente turva, com trigo na fórmula), em estilos inglês e belga, caracterizadas por serem fortes, encorpadas e aromáticas, tendo um foco diferente das grandes empresas do sector. De facto, a comercialização do produto tem sido feita basicamente para grupos das relações pessoais dos empreendedores e também para eventos realizados em clubes.

Chopp Germana

- A Germana, fabricante mineira de cachaça com 25 anos de tradição, lançou o seu Chopp Germana no dia 27 de Maio de 2009, no Alambique Cachaçaria.  A empresa investiu, inicialmente, 700 mil reais no desenvolvimento e fabricação do produto. O Chopp Germana é leve, claro artesanal e não pasteurizado, seguindo a preferência dos brasileiros, consumidores de chopes mais leves, sobretudo do tipo pilsen. Ele também terá versão escura, por meio da novidade do pingo beer, uma espécie de caramelo que se pinga na bebida tornando-a mais escura e adocicada. A bebida está disponível para comercialização em restaurantes, bares, choperias, festas e consumidor final por meio de serviço delivery. A estratégia de distribuição do produto está em expansão e levará a marca para os principais centros do país com reduzido custo operacional, e qualidade de produto e prestação de serviço. A Cachaça Germana e o Chopp Germana fazem parte da União Agropecuária Importação e Exportação de Bebidas Ltda (Uniagro). A produção do chopp está sendo realizada inicialmente no interior de São Paulo. Em breve, o processamento também será realizado na Fazenda Vista Alegre, município de Nova União (MG), mesmo local onde é produzida a Cachaça Germana.

Donau Bier

- A Donau Bier é uma microcervejaria de Colônia Cachoeira - PR, que iniciou a sua produção em 2004. Fabrica chopp artesanal, 100% natural, contendo apenas água, lúpulo, malte e fermento cervejeiro, com uma percentagem alcoólica de 4,5%. Fundada por descendentes de imigrantes jugoslavos, nomeadamente por Johann Reinerth e pelo seu filho Harry Reinerth, a companhia pretende produzir o melhor chopp da região, motivo pelo qual só utiliza os melhores ingredientes: lúpulo da Alemanha, fermento da Croácia e malte da Cooperativa Agrária da região.

Front Bier

- Inaugurada em 2003, a Front Bier é a primeira microcervejaria da fronteira gaúcha. Aposta dos irmãos Pedro Henrique, Rodrigo e Fábio Escosteguy, a cervejaria resulta de um investimento inicial de 700 mil reais e conta com maquinaria bem moderna, capaz de produzir 20 mil litros de chopp por mês. Fica localizada em Sant'Ana do Livramento - RS.

Grupo Imperial

- Iniciando-se no mercado das cervejas através da Mulata, o Grupo Imperial, de Trindade - GO, habitual fabricante de refrigerantes, continuou, durante o ano de 2006, a alargar a sua oferta através do lançamento da Imperial, uma cerveja pilsen dourada, que será distribuída em Goiás, Tocantins, Maranhão, Amapá, Pará, Piauí e Distrito Federal. A expectativa, segundo o director de marketing do grupo, Fernando Pinheiro, é fazer com que o produto chegue a todo território nacional. O investimento na nova cerveja foi de R$ 400 mil. Já a Mulata tinha resultado de um forte impulso financeiro, cifrado em R$ 10 milhões em equipamentos e instalação da infra-estrutura, mais R$ 1 milhão em marketing. A Mulata é uma cerveja tipo Pilsen, elaborada com uma combinação exclusiva de maltes pilsen e lúpulos importados da Europa, que resultam numa cerveja leve, saborosa e refrescante, com uma espuma cremosa e a sua cor mulata característica.

Konigs Bier

- A Probier Cervejaria produz chope com a marca Konigs Bier em Jaguará do Sul-SC e tem como lema "Das Bier von Hier" (A Cerveja Daqui). A produção da Königs Bier é 100% artesanal e respeita a Lei de Pureza da Cerveja (Reinheitsgebot). Baptizada de Königs Bier (Cerveja do Rei), a marca é uma homenagem às sociedades de tiro da região de Jaraguá do Sul, em especial aos Reis - que preservam as competições, desfiles e bailes trazidas pelos colonizadores alemães à cidade. A fórmula de composição do chope apresenta apenas água, malte de cevada, lúpulo e fermento e dispensa o uso de componentes químicos e conservantes. A capacidade da empresa é actualmente de 10.000lts/mês, produzindo apenas o chope tipo Pilsen. Para saberem mais sobre a companhia, podem visitar o site da Konigs Bier ou fazer o download (em formato pdf) de um excelente artigo que saiu na Noticenter. (Última actualização: 28/07/2008).

Original Bier - A microcervejaria Original Bier, produzida em Pelotas - RS, foi fundada por Valter Poetsch, em 2000. A Original Bier é uma cerveja com uma fórmula inovadora, sendo elaborada de acordo com a Lei de Pureza (Reinheistgebot) do estado da Baviera, Alemanha, de 1516. Com produção de 14000 litros por mês, a empresa encontra-se instalada no prédio da antiga Fábrica de Fiação e Tecidos da cidade.

Strauss Bier

- A Strauss Bier afirma-se como a primeira microcervejaria do Sul do Estado de Santa Catarina, localizada em Criciúma – SC e fruto do empreendedorismo dos sócios António Carlos da Silva, António Mazzurana e Adriano José da Silva, coadjuvados pelo mestre-cervejeiro Miguel Ramos. Foi fundada em Novembro de 2006, iniciando a sua produção em Maio de 2007, com capacidade para 20.000 litros/mês. Actualmente, a empresa atende todo o sul de Santa Catarina e o Norte do Rio Grande do Sul e possui uma capacidada já a rondar os 100 mil litros por mês. A Strauss Bier disponibiliza o Chopp em barris de 20, 30 e 50 litros Chopeira e gás no sistema leva e traz do Disk Chopp Strauss Bier. A produção centra-se em 4 tipos de chopp: Pilsen, Pilsen Premiun, Red Alle e Escuro. O chopp da companhia pode ser degustado em locais como o Estádio Heriberto Hulse do E.C. Criciúma, a ChoPPana Happy Hour, o Máximos Café, a Trattoria Nona Maria, entre outros. (Última actualização: 13/04/2009).

Legislação

Pela legislação brasileira, além das denominações tradicionais, a cerveja pode ser também denominada “Export” e “Lager” (características semelhantes a Pilsen).

- Além dessas denominações as cervejas são classificadas em 5 itens:

1) Pela Fermentação: alta e baixa.
2) Extrato Primitivo: Fraca - 7 a 11% Comum - 11 a 12,5% Extra - 12,5 a 14% Forte - acima de 14%.
3) Cor: Clara - menos de 15 EBC; Escura - 15 ou mais unidades EBC.
4) Teor Alcoólico: Sem álcool - menos de 0,5% p.p. Baixo - 0,5 a 2 % p.p. Médio - 2 a 4,5 % p.p. Alto - 4,5 a 7 % p.p.
5) Teor de Extrato (final): Baixo - até 2 %. Médio - 2 a 7%. Alto - mais de 7%.

Referências:

A história da cerveja no Brasil é fruto de pesquisa e leitura de uma história nem sempre escrita e que normalmente se confunde, com o passar do tempo, pela absorção de umas cervejarias pelas outras, trocas de razão social, a perda da história.

Aos grandes pesquisadores.

Textos adaptados:
- Algumas informações aqui contidas, utilizou como base o site Cervisiafilia:
   http://cervisiafilia.criarumblog.com/
- Wikipédia, História da Cerveja,
- História da Cerveja no Brasil p/ Carlos Alberto Tavares Coutinho, com a colaboração de Carlos Alberto Silva e Quintella e Márcio Maso Panzani